Milo Aukerman deu uma entrevista para o blog Medicinal Relevance For You. O vocalista do Descendents começou a começou a conversa falando como foi difícil ter que deixar a banda para se dedicar a sua carreira de bioquímico, porém hoje ele se sente feliz por poder conciliar suas duas paixões.
“O primeiro hiatus (1983-1984) foi crucial para a minha decisão de sempre ter uma vida fora da música. Eu descobri durante esta época que eu realmente era tão apaixonado pela ciência quanto pela música. Foi início de uma briga interna que existe até hoje”.
Ao ser questionado como se sente por ser influência para várias bandas e ídolo de várias pessoas, Milo diz que é uma mistura de animação, gratidão e espanto. “Animação porque é uma amostra do poder da música, que inspira gerações e gerações. Gratidão porque nunca imaginei que as pessoas teriam uma forte ligação com a nossa música. E espanto porque eu nunca soube como e porque isto simplesmente aconteceu”.
O vocalista disse que não pretende parar sua carreira como bioquímico, e nem o Descendents tem planos de sair em tours, apenas shows ocasionais como vai acontecer na Austrália em Dezembro. “Estou limitado por causa do tempo que posso ficar longe do trabalho. Não esperem por longas tours, mas apenas alguns shows simples aqui e ali”, explica Milo.
Durante toda a entrevista, ele citou bastante a cena Hardcore nos anos 80 e o espírito do “faça-você-mesmo”. Ao ser perguntado se realmente a cena era divertida como todos os outros músicos comentam, Milo diz: “Claro. Isto foi antes das grandes gravadoras tirar toda a diversão disto. Havia muita ingenuidade para uma cena, as bandas tocavam apenas para estar próximo aos amigos, para se expor, mas nunca com o pensamento de estar no Top 40 da Billboard ou coisa parecida. A falta de expectativa de ter um sucesso comercial, significava que as bandas podiam experimentar mais e cada banda tinha um som diferente de qualquer outra”.
Milo diz estar feliz com a volta dos LPs e com a ideia da loja Best Buy em converter metade do catalogo de discos para vinil. “Eu tenho muitos discos de Punk em vinil, e parece que está é a hora de ligar a vitrola. Eu não sou um audiófilo, mas não tenho duvidas que o som é melhor no vinil”.
Confira a entrevista na íntegra, em inglês, aqui.