Música

<b>Dave Grohl</b> fala sobre o novo álbum do <b>Foo Fighters</b>

O frontman da banda concedeu entrevista à <b>Q Magazine</b> e falou sobre as gravações do álbum, sobre o documentário e os shows do <b>Foo Fighters</b> em 2011.

Dave Grohl fala sobre o álbum do Foo Fighters

O Foo Fighters está gravando um novo disco e o TMDQA! já falou sobre isso. A produção está por conta do Butch Vig e terá participações do Krist Novoselic e Bob Mould. E o Dave Grohl falou sobre isso e mais um pouco em um entrevista concedida à Q Magazine. Abaixo você pode conferir uma prévia dessa conversa com a revista postado no FooArchive.com.

Q Magazine: Nós não temos ouvido nada do Foo FIghters desde os dois shows no Wembley Stadium em 2008. O que vocês andam fazendo?

Dave Grohl: O último álbum, “Echoes, Silence, Patience & Grace”, foi uma grande experiência para a banda pois nós finalmente conseguimos algo que queríamos muito que era tocar em estádios e ser a banda principal de vários festivais pelo mundo. Havia uma demanda para a banda que não tínhamos visto antes e nem estávamos esperando. Quando nós tocamos esses shows em Wembley assim que demos boa noite eu olhei e pensei: “Eu não posso imaginar algo maior e melhor que isso”. Então eu senti que era hora de para um tempo. Não necessariamente recuar, mas apenas se afastar um pouco. Porque era algo tão bom e não queríamos perder aquilo.

Q M: Vocês estão gravando o novo álbum do Foo Fighters com o Butch Vig, produtor do “Nevermind”…

D G: Você sabe, voltar a fazer um álbum com um produtor que você já trabalho antes não é como voltar a transar com uma namorada que você teve à 20 anos atrás. Isso pode ser muito bom ou um desastre total. Mas eu acho perfeitamente natural e totalmente confortável e ele é a mesma pessoa que ele era há 20 anos. Ele usa perfume agora. Acho que essa é a única diferença.

Q M: No lugar de vocês gravarem no estúdio de vocês, o 606 Studio em Los Angeles, vocês estão gravando na sua garagem…

D G: Eu vou te dizer exatamente o que aconteceu. Tudo aconteceu no meu quarto de hotel em Perth, Austrália, na turnê do Them Crooked Vultures. Eu estava sentado escrevendo uma nova música e pensei: “OK, nós deveríamos fazer um documentário sobre a gravação desse disco e documentar a história da banda também. Ao invés de gravar o álbum no estúdio mais caro com os melhores equipamentos eu vou chamar o Butch e voltaremos a trabalhar como há 20 anos e tirar a poeira dos gravadores de fita e colocá-los em minha garagem”. Eu literalmente tirei a minivan da garagem, tiramos o gravador, colocamos uma bateria e configuramos os microfones. Nós revestimos a porta da garagem para que os vizinhos não chamassem os policias.

Q M: Krist Novoselic toca baixo e acordeão em uma das músicas. O quanto vocês se falaram desde o fim do Nirvana?

D G: Nós sempre estivemos em contato. Uma das coisas do Nirvana é que não importa quanto tempo se passou, quando vocês se vêem vocês imediatamente estão ligados por isso, pelas coisas boas e coisas ruins. Quando eu vejo Krist, eu o abraço para celebramos nossas vidas, mas eu também o abraço para consolá-lo, você sabe. Há uma música chamada “I Should Have Know” que eu achei que seria ótimo que ele tocasse com seu baixo e com o acordeão. É provavelmente a canção mais sombria do álbum.

Q M: Você ainda falou que esse disco será o mais pesado do Foo Fighters…

D G: Sim, será. Há uma música chamada “A Matter Of Time” que é uma das melodias mais doce que eu já escrevi mas é a que tem um dos riffs mais pesado. Há também uma música chamada “White Limo” que tem um dos riffs mais louco. Ela faz você querer arrombar um carro e roubar o som dele. Outra música se chama “These Days” que eu acho que pode ser a melhor música que eu já escrevi. Nós também estamos com o Bob Mould do Husker Du cantando em uma canção comigo chamada “Dear Rosemary”. Ela soa como se eu e o Bob tivéssemos escrito uma música para o Husker Du 20 anos atrás e o Foo Fighters está fazendo um cover dela.

Q M: E o documentário vai ter um lançamento cinematográfico?

D G: Sim. Quando eu pensei em fazer o documentário, eu não queria me vangloriar pensando: “Ah, sim, as pessoas vão se reunir nos cinemas para vê-lo”. Eu apenas pensei que seria legal capturar a história e isso se transformou como uma bola de neve. Nós nunca fizemos muitos vídeos quando o Foo Fighters fazia suas gravações mas agora eu tenho uma câmera no meu rosto as 6 horas da manhã.

Q M: Vocês vão tocar dois grandes shows no Milton Keynes Bowl em julho de 2011. Fora isso, quais são os outros planos para o próximo ano?

D G: Todas as baterias está recarregadas e nós queremos sair com os peneus fritando. Nós queremos fazer o máximo que pudermos. Nós estamos sentido falta disso. Eu estou sentindo falta de cantar no Foo Fighters. Eu estou sentindo falta de estar na borda do palco e olhar para milhares de pessoas cantando “The Pretender” ou “Best Of You” ou “Everlong” ou qualquer outra. Você sabe o que eu espero para 2011? Shows mais longos. Eu quero tocar por três horas.