Já anunciamos a vinda dessa banda que vem se destacando no cenário do metal pesado para o Brasil. Em sua turnê sul-americana, a banda passará por Colômbia, Chile, Uruguai e Argentina, além do nosso país, que encerrará sua estadia nesse continente.
Confira abaixo as respostas do atencioso guitarrista Mikael ‘Routa’ Karlbom e fique com mais vontade ainda de assisti-los ao vivo:
TMDQA – Vocês estão vindo para uma turnê sul americana e já devem conhecer a reputação e intensidade dos fans de metal do Brasil. O que vocês esperam do show em São Paulo? Há alguma surpresa para esse show?
Routa – Sim, temos ouvido rumores de que os fãs de metal no Brasil são realmente apaixonados pela música e vão a loucura nos shows. Mas cabe a você dizer, se os rumores são verdadeiros ou não, hehe.
Estamos realmente ansiosos para isso, tocar na América do Sul é algo que queria fazer há muito tempo.
Em nossos shows, você nunca sabe o que vai acontecer, geralmente há sempre algumas surpresas.
TMDQA – O som do Finntroll mistura elementos de black metal com uma sonoridade finlandesa. Como aconteceu a criação desse estilo? Foi muito difícil até chegarem na atual sonoridade?
Routa – Para nós, isso veio naturalmente. Não estava em nossos planos misturar black metal com elementos do folclore escandinavo ou coisa parecida. Nós só fizemos algumas canções que achamos certas e o som Finntroll
nasceu, hehe. Claro que isso evoluiu em 14 anos e agora, quando fazemos material novo, é algo que precisamos pensar. Para encontrar algo novo para a nossa música, mas não esquecendo o som do Finntroll.
TMDQA – Vocês costumam fazer pesquisas musicais? Há a possibilidade de encontrarmos outros estilos de música aliados ao som do Finntroll no futuro?
Routa – Como eu disse, nós sempre tentamos nos esforçar um pouco mais com nossas músicas, então você nunca sabe como é que vai soar. Mas isso também não significa que nós sentamos e discutimos como devemos misturar o nosso som com esse ou aquele tipo de música. Nós pensamos que tudo tem que vir naturalmente.
TMDQA – Vocês se consideram uma banda de black metal em termos conceituais? Qual seria o conceito por trás das letras do Finntroll?
Routa – Bem, eu diria que não. Temos bastante coisa nossa acontecendo aqui e nós não iríamos queimar igrejas ou qualquer outra coisa. O que todos nós individualmente pensamos sobre o cristianismo, na minha opinião, é o conceito próprio de cada um e não deve ser misturada com a música. As letras do Finntroll abordam mais temas como lendas e contos escritos para se ajustar ao estilo Finntroll.
TMDQA – A escolha do idioma Sueco não dificulta na divulgação do trabalho? Porque permanecem cantando nesse idioma? No Brasil, as bandas de metal costumam cantar em inglês, ignorando quase na totalidade a língua natal.
Routa – Bem, a Finlândia é um país bi-langual, então nós temos duas línguas oficiais. Finlandesa e sueca. Katla (Jan ‘Katla’ Jämsen, antigo vocalista da banda) sentiu em sua época e continua sentindo muito mais confortável escrever letras em sueco. Já fomos questionados muitas vezes a respeito do porque nós não cantarmos em inglês, já que isso nos tornaria mais comerciais e de mais fácil abordagem. Mas isso não é para nós. Finntroll é banda que canta em sueco, se você não gosta disso, então não nos escute, mas se você gosta, junte-se a família. Mas não há possibilidade de começarmos a cantar em inglês.
TMDQA – Falem nos um pouco sobre suas raízes musicais, quais seus álbuns prediletos e o que vcs tem ouvido ultimamente.
Routa – Na verdade, eu, pessoalmente, tenho ouvido o Spotify-radio. Metal, Punk, rock, eletrônico e, porque não, todos os sons das décadas 70’s, 80’s 90’s e 2000. Então isso é uma área bastante ampla da música para ouvir, hehe. Acho que todos os tipos de música são bons, nunca se sabe de onde a inspiração pode bater em você.
TMDQA – Com a era do Mp3, todos agora tem acesso rápido a muitos trabalhos musicais que antes permaneciam no underground. Qual é o formato musical predileto de vocês, CD, Digital ou Vinil? Os álbuns do Finntroll também podem ser encontrados em vinil?
Routa – Sim, alguns dos álbuns Finntroll podem ser encontrados em vinil, não me lembro quais agora. Eu gostaria de dizer que o meu favorito é o vinil, uma vez que ele soa tão bem, mas tenho que admitir que os formatos digitais hoje são muito bons e também que eles são tão fáceis e portáteis.
TMDQA – Seus clipes são uma outra forma de arte que produzem. Geralmente, o conceito desses clipes é inventado por vocês mesmos ou é fruto do trabalho de produtores?
Routa – Bem, temos feito todos os vídeos musicais nós mesmos, com exceção do “Solsagan” (veja o vídeo logo abaixo), que não nos deixou satisfeitos. Os caras que fizeram isso realmente não colocaram qualquer de nossas idéias lá vídeo, e para dizer a verdade, eles foderam com o trabalho. Sim, ele parece bom, mas está faltando o espírito e as idéias do Finntroll… por isso, os próximas serão, definitivamente, serem feitos por nós novamente, hehe.
TMDQA – Muito obrigado, o Tenho Mais Discos Que Amigos fica muito feliz em entrevistar uma banda tão importante para o metal atual. Deixo aqui um espaço livre para comentarem o que desejarem.
Routa – Tudo bem, obrigado por fazer isso! Eu espero ver um monte de fans de Metal Brasileiros enquanto estivermos aí! Vamos fazer o 08 de maio uma noite para não ser esquecida!