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Resenha: Paramore em São Paulo (30/07)

Banda mostra amadurecimento e empolga fãs por duas horas em São Paulo.

Resenha: Paramore em São Paulo (30/07)

Resenha: Paramore em São Paulo (30/07)

O show do Paramore foi fantástico!
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Em 2011, quando veio ao Brasil pela segunda vez, o Paramore tinha acabado de sofrer a tão comentada perda de seus dois integrantes: os irmãos Josh e Zac Farro. Era evidente que a banda e os próprios fãs se perguntavam como isso afetaria seu futuro. Afinal, Josh era, ao lado de Hayley Williams, um dos principais letristas do Paramore.

Ao invés de aceitar a derrota, cancelar seus shows e se reestruturar, o Paramore tomou a atitude mais arriscada, e provavelmente a que garantiu o futuro da banda: seguiu em frente. Chamaram novos músicos e trouxeram sua turnê ao país em Fevereiro.

A expectativa era grande e o que Hayley, Jeremy Davis e Taylor York mostraram é que estavam dispostos manter a banda em pé.

De lá pra cá se passaram apenas dois anos, mas a mudança na banda é visível. O último disco do trio, Paramore, mostra um amadurecimento pessoal e musical, fato esse que transparece na atual turnê.

Depois das bem sucedidas apresentações no Rio De Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, o grupo chegou a São Paulo com o público ganho. Mas ao invés de se aproveitar disso, utilizaram todos os seus esforços para que ninguém ficasse parado durante todo o show.

Pouco antes de o trio subir ao palco porém, o grupo paulistano Summer fez uma breve apresentação, de cerca de meia hora, que serviu para aquecer o público. Fazendo covers de blink-182, Raimundos e Charlie Brown Jr., sobrou até espaço para uma música dedicada a Hayley, antes de encerrarem o show às 21h.

Mais meia hora de espera até que, pontualmente, as 21h30, Hayley Williams subiu ao palco, acompanhada de Taylor York e seu ukulele, dando inicio ao show com “Interlude: Moving On”, música do último álbum que chamou bastante atenção por ter uma pegada bem diferente do que estamos acostumados a ouvir do grupo.

Resenha: Paramore em São Paulo (30/07)

Em seguida, é hora de preencher o palco com o resto dos músicos para continuar com “Misery Bussines”, música que levou a banda ao sucesso mundial, e que está do álbum Riot!, de 2007. Mas foi apenas na terceira música, “For A Pessimist, I’m Pretty Optimistc”, que o público engatou de vez, fazendo dessa uma das mais empolgantes da noite.

Uma breve introdução de Hayley veio a seguir – “Para aqueles que não sabem, nós somos o Paramore” – e o show continuou com “Decode”. Durante a maior parte apresentação ocorria um breve silêncio entre uma música e outra, o que não foi o caso nessa hora. As luzes baixaram e um suave coral indicava uma faixa mais leve, quando de repente uma paulada de bateria deu início a “Now”, primeiro single de Paramore, e responsável pelo brilhante “retorno” da banda.

Como já é de praxe nessa turnê, “Renegade” começou com Hayley cantando a capella acompanhada do público, para depois seguir com toda a banda. Quando veio “Pressure” o público demonstrava alguns sinais de cansaço, enquanto Hayley se esforçava para por todos pra cima. Algo que não foi difícil de fazer já que logo veio “Ain’t It Fun” que de acordo com a própria vocalista “é uma das favoritas do novo disco”. A já tradicional dancinha da cantora, a pegada divertida da música e o refrão, fizeram com que todos se animassem novamente. Ela não mentiu ao dizer que essa é uma das favoritas da banda, visto que todos pareciam muito empolgados durante a sua execução e sua versão ao vivo mostrou que  “Ain’t It Fun” é uma das melhores músicas do Paramore.

A surpresa veio quando o grupo começou a tocar “The Only Exception”, que o público fez questão de cantar junto, do começo ao fim. Era visível o quanto Williams estava feliz com a colaboração da plateia.

Com o show chegando na metade foi a hora de ouvir “Let The Flames Begin”, hora em que os músicos ousaram alguns solos de bateria e guitarra e vimos Jeremy se soltar de vez no palco. Em “Fast In My Car” foi a vez de Taylor chamar a atenção, usando uma baqueta para tirar som de sua guitarra.

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Em mais uma conversa com o público, Hayley fala dos altos e baixos da banda e confessa que tiveram mais baixos do que altos. “Mas se nós conseguimos, vocês também conseguirão fazer o que quiserem”. Ela dá o recado antes de começar “Ignorance”, primeiro single de Brand New Eyes – disco lançado pouco antes do período em que os Farro deixavam a banda.

Mais uma vez púbico e banda se empolgaram quando chegou a vez de “Looking Up”, seguida de “Whoa” e “Anklebiters” que, como já é de costume, teve a participação de fãs sortudos que subiram ao palco para cantar junto. Mantendo um dos momentos de maior empolgação do show, a banda mandou “That’s What You Get” e encerrou com “Still Into You”, que ganhou um belo visual por conta das bexigas jogadas na plateia. A banda então sai do palco aos gritos de “Paramore”.

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Enquanto aguardavam pelo bis, os fãs começaram a cantar o refrão de “Last Hope”, também do álbum Paramore, na esperança de que a banda tocasse a faixa (não inclusa em nenhum setlist até agora). Mas nem os pedidos adiantaram e quando eles retornaram foi outra do disco, “Proof”, que a banda apresentou, antes de encerrar de vez a noite com “Brick By Boring Brick”.

Aquela banda preocupada e insegura em relação ao seu futuro que se apresentou aqui em 2011 não chegou nem perto do Paramore confiante e muito melhor que, durante duas horas, conseguiu mostrar para todos os presentes que esse é só o começo.

Fotos: XYZ Live