Chegamos ao fim de 2013 e é hora de listar aqueles que foram os melhores álbuns lançados no Brasil nesse ano.
Sejam independentes ou por gravadoras, os discos aqui listados mostram que a música nacional vai bem, obrigado, e que do rock ao rap passando pelo pop e o indie, há boas opções para praticamente todos os gostos.
Já tínhamos listado os melhores EP do ano e agora você pode conferir quais são os 32 melhores discos nacionais de 2013.
Divirta-se! Ouça! Conheça!
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32 – Apanhador Só
Antes Que Tu Conte Outra
A cultuada banda gaúcha Apanhador Só, confirmada para o Lollapalooza Brasil 2014, lançou um novo disco recheado de experimentações e elementos somados ao violão e à poesia.
Antes Que Tu Conte Outra não é um disco fácil, mas é daqueles que melhora a cada ouvida.
31 – Cícero
Sábado
Todos estavam esperando o novo disco de Cícero após o espetacular disco de estreia, Canções de Apartamento, e apesar de Sábado não ter agradado tanto quanto seu antecessor, ainda pegou o coração de muita gente com seu clima mais escuro, visto logo na capa do trabalho.
https://www.youtube.com/watch?v=_OHwWnyGVYc
30 – Bixiga 70
Bixiga 70
Guitarra, baixo, bateria, percussão, sax, trombone, trompete.
O Bixiga 70 é um grupo que mostra diversos elementos diferentes da sonoridade brasileira em canções cheias de ritmos e belos arranjos dançantes.
Em 2013 o grupo lançou um novo álbum homônimo e suas nove músicas apontam que há muita coisa boa a ser mostrada pelo Bixiga 70.
29 – Scalene
Real / Surreal
A banda brasiliense Scalene passou por uma enorme transformação no seu line-up quando mudou de um quinteto com vocal feminino para um quarteto com vocais masculinos.
De lá pra cá lançou o disco duplo Real / Surreal e conquistou diversos fãs pelo país com um trabalho que mescla muito bem elementos de bandas como Queens Of The Stone Age ao grunge de nomes como Alice In Chains sem parecer uma cópia.
Com um trabalho gráfico muito bonito tanto na arte do disco quanto nos vídeos de divulgação, o Scalene tem um grande futuro pela frente e Real / Surreal é prova disso.
28 – Mustache & Os Apaches
Mustache & Os Apaches
A “banda de rua” saiu das ruas, foi para o estúdio e gravou um disco homônimo que mostra toda a sua irreverência e mistura de sons que a torna nome único no país.
Com o uso de sons diferentes vindos de instrumentos como washboard e viola, o Mustache & Os Apaches foi um dos grandes destaques do ano e o disco coroou a performance da banda.
27 – Filipe Catto
Entre Cabelos, Olhos e Furacões
Filipe Catto é um dos grandes nomes da nova música popular brasileira e em 2013 resolveu lançar o CD/DVD ao vivo Entre Cabelos, Olhos e Furacões para mostrar ao grande público todo o poder de sua voz e energia de seus shows que vêm conquistando novo público para o cara a cada cidade que ele passa.
O disco cumpriu seu papel e merece ser conferido.
26 – Vitor Ramil
Foi No Mês Que Vem
O músico gaúcho Vitor Ramil reuniu um time de estrelas como Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Kleiton e Kledir, Jorge Drexler e Pedro Aznar para participar do disco duplo Foi No Mês Que Vem, que traz 32 canções já lançadas em seus trabalhos anteriores.
MPB bela e direta, com alguns dos nomes mais interessantes do país.
25 – Baleia
Quebra Azul
“Bonitinho” e “fofo” são palavras usadas com frequência para descrever o som da banda Baleia, que em 2013 lançou o disco Quebra Azul e mostrou que suas qualidades vão muito além.
Oito grandes canções e muito cuidado com o projeto gráfico e de divulgação fazem com que o disco tenha colocado a banda, até então desconhecida, no mapa.
24 – Castello Branco
Serviço
Lucas Castello Branco foi criador e vocalista de uma das bandas mais queridas e elogiadas da cena carioca, R.Sigma, que encerrou suas atividades em 2012. Desde então, o músico passou a focar em um novo ciclo e, no dia 29 de Setembro deste ano, apresentou seu primeiro trabalho solo.
Serviço, conforme foi intitulada a obra, é um álbum harmonioso e cativante, no qual transparece a pureza e a honestidade do artista de 26 anos através do que ele sente, toca, canta, reflete sobre, ama e expressa espiritualmente em suas canções.
23 – The Baudelaires
Charlie
A banda paraense The Baudelaires optou pelo financiamento coletivo para conseguir gravar seu disco, Charlie, e não apenas teve êxito em atingir a meta estabelecida como também em gravar grandes canções de rock que flutuam entre o power pop, o brit pop e o rock alternativo dos Anos 90.
Isso tudo sem contar a mais do que simpática capa do trabalho.
22 – Boogarins
As Plantas Que Curam
Aqui no Brasil o Boogarins lançou As Plantas Que Curam como um EP, mas na gringa ele saiu como um disco de 10 faixas e ganhou uma resenha generosa no famigerado site de música Pitchfork.
A resenha teve o efeito de chamar a atenção de nós, brasileiros, para o grupo, e o som do álbum fez com que a atenção virasse reconhecimento, já que o trabalho que envolve rock psicodélico, pop e rock clássico se mostra como um dos grandes lançamentos nacionais do ano.
21 – Trio Eterno
Suíte Pistache
Trio Eterno é um projeto de Felipe S., do Mombojó com André Édipo (Bonsucesso Samba Clube) e Missionário José, e lançou em 2013 seu disco de estreia, Suíte Pistache.
Com participações de outros integrantes do Mombojó, Dengue (Nação Zumbi), Júlio Epifany (Stella Viva) e Domenico Lancelloti, entre outros, o disco é sólido o suficiente para não parecer que trata-se de um projeto paralelo e que suas músicas foram compostas e trabalhadas desde 2011 até esse ano.
20 – Tiago Iorc
Zeski
O brasileiro Tiago Iorc teve uma tarefa bastante árdua em seu novo disco de estúdio, Zeski: compor e cantar em Português.
Conhecido em várias partes do mundo e com uma carreira de dar inveja em países como a Coreia do Sul, Tiago contou com a ajuda de pessoas como SILVA e Maria Gadú, com quem canta a cover de “Música Inédita”, da banda Cidadão Quem, no álbum.
Quanto a compor em nossa língua, Iorc mostrou que tem talento e foi aprovado com louvor nas músicas que transformaram o disco em um dos melhores do ano.
19 – Bruno Souto
Estado de Nuvem
É preciso ter coragem para deixar de lado as certezas e se arriscar em terrenos desconhecidos. Depois de 10 anos como vocalista e principal compositor da banda Volver, o pernambucano Bruno Souto lançou o excelente Estado de Nuvem, seu primeiro álbum solo.
O disco, que conta com participações especiais de Fabio Góes, Guizado, Regis Damasceno e das cantoras Luz Marina e Julia Valiengo, é emotivo, vulnerável e direto ao mesmo tempo. Canções como as incríveis “Dentro”, “Eu e o Verão” e “Antes de Ser” mostram toda a identidade de Bruno e servem como argumentos irrefutáveis para que ele tome seu lugar na mesa de bar na qual só os melhores compositores do país são convidados a sentar.
18 – O Rappa
Nunca Tem Fim
Fazia meia década que O Rappa, um dos grupos mais experientes e conhecidos do país, não lançava um trabalho de inéditas.
Aproveitando a Internet e as novas tecnologias disponíveis hoje em dia, o grupo fez um trabalho forte de divulgação de Nunca Tem Fim, novo álbum, e mostrou mais uma vez que sabe muito bem como misturar rock, reggae, hip hop e dub através das 10 faixas do álbum.
O disco, lançado em LP duplo pela Polysom, ainda conta com a participação do rapper Edi Rock.
17 – Selvagens À Procura de Lei
Selvagens À Procura de Lei
O Selvagens À Procura de Lei, de Fortaleza, é há algum tempo um dos grandes nomes do underground do país e em 2013 teve a chance de lançar um disco por uma grande gravadora, a Universal Music.
Com canções potentes e marcantes como “Mucambo Cafundó” e “Despedida”, o álbum traz grandes sons aliados à “Brasileiro”, música de protesto que ganhou clipe e foi divulgada durante as manifestações nas ruas do meio do ano.
Fique de olho no SAPDL, essa banda só deve crescer.
16 – Maglore
Vamos Pra Rua
Em seu segundo álbum de estúdio, sucessor de Veroz (de 2011), O quarteto baiano Maglore não desapontou e surpreendeu nas 11 canções que fazem parte de Vamos Pra Rua, lançado de maneira independente.
Com produção assinada por Tadeu Mascarenhas e apresentando diversas participações especiais, incluindo as de Carlinhos Brown e Wado, o segundo disco cheio do grupo é alegre, colorido, com ritmos bem brasileiros e recheado de letras que falam sobre a cultura de Salvador.
15 – Karol Conká
Batuk Freak
Karol Conká apareceu há uns dois ou três anos com músicas disponibilizadas na Internet e logo tornou-se uma das grandes promessas da música brasileira, sendo bastante comparada à cantora/rapper M.I.A.
Em seu disco de estreia, Batuk Freak, lançado pela Deck, ela mostra que a atenção é merecida, mistura diversos estilos da música mundial e brasileira e lembra sim a icônica, M.I.A., mas coloca um toque pessoal marcante o suficiente para fazer com que o álbum não soe como uma cópia.
14 – Os Mutantes
Fool Metal Jack
Com a maioria das músicas em Inglês, Fool Metal Jack levou Os Mutantes para uma viagem pelo passado, onde Sérgio Dias resgatou o experimentalismo e a psicodelia da banda em canções que fazem referências a diversos elementos dos anos 60 e 70 incluindo as tão consumidas drogas.
Fool Metal Jack é um disco competente o suficiente para fazer você esquecer que a formação atual da banda não está nem perto da original.
13 – Móveis Coloniais de Acaju
De Lá Até Aqui
Em 2013 o Móveis Coloniais de Acaju, uma das bandas que mais trabalha no Brasil, lançou seu terceiro disco de estúdio, o primeiro por uma grande gravadora e mostrou que está melhor do que nunca.
Com um disco recheado de influências dos anos 60 e 70, Beatles e soul music, o álbum tornou-se um baita parceiro para o show do grupo, conhecido pelo clima de festa e diversão que proporciona por onde passa.
12 – Camarones Orquestra Guitarrística
O Curioso Caso da Música Invisível
A divertida banda potiguar Camarones Orquestra Guitarrística, uma das principais da cena instrumental brasileira da atualidade, surgiu em Maio deste ano com seu terceiro e mais elaborado disco de estúdio, O Curioso Caso da Música Invisível, que serviu para atrair mais ouvintes.
O registro, sucessor de Espionagem Industrial, apresenta novos elementos sonoros, como percussão indígena e naipe de metais, e mostra o grupo liderado pelo casal Anderson Foca e Ana Morena fazendo não apenas seu animado rock dançante, mas também apostando muito bem em suas influências no ska, dub e reggae em faixas como “Gloom” e “O Sapo“. Sem dúvidas, o melhor e mais diversificado álbum da banda até agora.
http://www.youtube.com/watch?v=mjpe_H-G1HQ
11 – Hellbenders
Brand New Fear
2014 será o ano do Hellbenders e ele já começou em 2013.
A banda de stoner metal de Goiânia irá tocar no cultuado festival SXSW, em Austin no Texas, e lançou esse ano o disco Brand New Fear, que vem acompanhado de uma bela arte de capa e pedradas que serão muito bem trabalhadas no ano que vem com vídeos e turnês.
Discão para servir de cartão de visitas para uma banda que você deve conhecer.
10 – Nevilton
Sacode!
Divertido, alternativo, roqueiro e muitas vezes mainstream, o segundo disco do trio de Umuarama, no Paraná, traz uma série de grandes canções que fariam felizes, ao mesmo tempo, fãs de nomes como Weezer, Nando Reis e Franz Ferdinand.
O disco foi um dos indicados ao melhor álbum de rock brasileiro no Grammy Latino de 2013.
http://www.youtube.com/watch?v=tfgCe1zjJSM
9 – Vespas Mandarinas
Animal Nacional
Outro álbum indicado ao Grammy Latino foi Animal Nacional, disco de estreia do supergrupo Vespas Mandarinas.
Com integrantes e ex-integrantes de nomes como Forgotten Boys, Banzé! e Sugar Kane, o quarteto lançou um disco competente que traz grandes sons tanto de Chuck Hipolitho quanto de Thadeu Meneghini e versões que encorpam o trabalho.
Ao excursionar com o disco a banda tem cultivado uma série de novos fãs em seus shows e tornou-se um dos maiores nomes do chamado “rock nacional” em 2013, a ponto de serem convidados para tocarem no Lollapalooza Brasil de 2014.
8 – The Baggios
Sina
O duo de blues rock brasileiro fez bonito em seu novo disco de estúdio desde a capa de Sina até o seu conteúdo, que revela uma banda amadurecida e pronta para fazer barulho pelo país inteiro, como já começou durante extensa turnê no final de 2013.
7 – Vanguart
Muito Mais Que O Amor
O Vanguart, banda brasileira que mais se aproxima do famigerado folk que tomou conta do mundo nos últimos anos com nomes como Mumford & Sons e The Lumineers, fez bonito com seu novo disco de estúdio, Muito Mais Que O Amor.
Com direito a lançamento em vinil, cuidado com a arte gráfica e música em novela da Globo, o álbum é belo, contagiante, pop e alternativo ao mesmo tempo, e grande responsável pela volta do grupo às estradas do Brasil em 2013.
6 – Japanese Bondage
Mellow Punishment
Japanese Bondage é um dos projetos mais divertidos e surpreendentes da música nacional. Formado em São Paulo, em 2010, o quarteto que mescla stoner rock, grunge e punk simples e agrada bastante fãs de bandas como Queens of the Stone Age e Nirvana lançou em 2011 um bem recebido EP homônimo e que preparou o público para receber neste ano seu primeiro disco cheio, Mellow Punishment.
Composto por 10 faixas potentes e “crocantes” produzidas por Paulo Penov e pela própria banda, o registro mostra o grupo mais enérgico e ao mesmo tempo mais denso em suas canções, que apresentam vocais bem arranjados e marcantes de Pedro Gesualdi, o mesmo que divide as guitarras com Bruno Bonemer; linhas de baixos desenhadas por Francisco Borelli e bateria espancada por Johnny Queiroz.
5 – Wado
Vazio Tropical
Wado é um dos grandes nomes da “nova MPB” e lançou um novo disco em 2013 chamado Vazio Tropical, que contou com a produção de Marcelo Camelo (Los Hermanos) e além da sua participação também teve nomes como Cícero e Momo como convidados.
O próprio músico disse que “o álbum traz as suas canções com a roupa de Marcelo Camelo”, o que acabou levando a sonoridade do músico para uma direção bastante diferente e considerada “arrastada” por muita gente.
Por aqui, gostamos muito do resultado final e achamos que o disco merece espaço no Top 5 dos melhores de 2013.
http://www.youtube.com/watch?v=VsUbRKf5FHU
4 – Rodrigo Amarante
Cavalo
Se Marcelo Camelo esteve presente no disco de Wado, outro hermano também aparece por aqui, mas na sua estreia como artista solo.
Rodrigo Amarante lançou Cavalo em 2013 e mostrou uma melancolia muito particular aliada a arranjos e vocais que são só dele, tudo construído nos últimos anos onde o músico se associou a nomes como Devendra Banhart e passou boa parte do seu tempo nos Estados Unidos.
Belo e com uma ocasional pedida para dançar, Cavalo assusta pela “capa sem capa” ultra-mega-hipster, mas é acessível, gostoso e, por que não, surpreendente.
3 – Clarice Falcão
Monomania
Esqueça o Porta dos Fundos, o hype, a febre do YouTube.
Em seu disco de estreia, a cantora e compositora Clarice Falcão pode e deve ser ouvida e compreendida como um dos grandes nomes da nossa MPB/folk.
Com músicas minimalistas e que, em sua maioria tiram sarro de relacionamentos frustrados com letras inteligentes como há muito tempo não se via, Monomania colocou Clarice no mapa e foi muito além da curiosidade em ouvir o trabalho por ser “da menina do Porta Dos Fundos.”
O topo da parada no iTunes na semana do lançamento e o show da simpática cantora que nasceu no Recife no Planeta Terra, onde praticamente todos os fãs cantavam as músicas junto, são marcas que só reforçam como ela tem talento para aliar música ao humor e à tragédia sem se tornar uma caricatura.
2 – Emicida
O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui
Parece mentira, mas 2013 marcou o lançamento do primeiro disco de estúdio do rapper Emicida, que já tinha ficado conhecido no país todo há algum tempo com suas mixtapes e singles.
Repleto de participações especiais, O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui mostra que o cara sabe o que faz e já se consolidou como um dos maiores nomes do país no estilo antes mesmo do full length.
A presença de nomes como Pitty, Tulipa Ruiz, Rael e Wilson Das Neves só abrilhanta ainda mais o álbum.
1 – Talma & Gadelha
Maiô
E é da prolífica cena musical de Natal, no Rio Grande do Norte, que vem o melhor disco do ano: Maiô, de Talma & Gadelha.
O projeto é liderado por Simona Talma e Luiz Gadelha nos vocais e ainda traz os mais do que talentosos Henrique Geladeira e Cris Botarelli / Emmily Barreto, dupla do Far From Alaska.
Belo, roqueiro, alternativo, pop e aliado aos ótimos vocais de Simona Talma, assim como às letras das canções, Maiô é como um retrato da cena potiguar que não tem preconceitos, aceita todos os estilos e, principalmente, os estimula. Uma verdadeira aula de como a música e os músicos jamais devem se preocupar com a palavra “limite.”
Discão com D maiúsculo e o nosso favorito de 2013.
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