2013 foi um ano um tanto quanto atípico.
Se em anos recentes tivemos uma quantidade considerável de discos que foram unanimidades no mundo todo, independente do gosto musical, esse ano vimos que alguns poucos nomes foram considerados como essenciais por público e crítica, o que fez com que as listas de final de ano apresentassem centenas de nomes e posições diferentes por aí.
Reunimos toda a equipe do Tenho Mais Discos Que Amigos!, ponderamos a opinião de todos e chegamos até a nossa lista final com os 50 melhores discos internacionais lançados em 2013.
Veja, ouça, conheça, discuta!
Clique nos botões “Anterior” e “Próximo” ou navegue pelas setas do teclado.
50 – Placebo
Loud Like Love
O Placebo lançou seu primeiro disco desde 2009 e voltou com uma série de grandes sons de rock alternativo e a voz característica de Brian Molko, o que são sempre bem-vindos.
Não fossem as letras um tanto quanto rasas e até mesmo ignoradas por muita gente, o disco estaria ainda em uma melhor posição.
49 – White Lies
Big TV
O White Lies lançou o terceiro disco da carreira, mantendo marcas como lançar um álbum a cada 2 anos e todos com dez faixas.
Big TV, porém, traz dois interlúdios e uma tentativa de utilizar elementos já conhecidos e explorados pelo grupo mas de uma forma que novos sons, texturas e ambientes sejam criados como um baita de um pano de fundo para a voz marcante de Harry McVeigh.
48 – The Night Marchers
Allez Allez
Lá no começo do ano, em Janeiro, foi lançado Allez! Allez!, trabalho do The Night Marchers, mais um projeto do incansável John Reis (Rocket From The Crypt, Drive Like Jehu, Hot Snakes).
São 12 faixas de “rock’n’roll frenético de protesto” que não apenas mataram a saudade de quem é fã dos riffs e da voz de Reis mas como conquistaram novos fãs para o projeto.
47 – Alkaline Trio
My Shame Is True
O Alkaline Trio é daquelas bandas que pouco mudou seu som ao longo da carreira.
Ainda assim, o trio de Chicago chegou ao oitavo disco de estúdio com muita coisa pra mostrar e mais uma série de letras sobre relacionamentos nada convencionais cantadas por Matt Skiba e Dan Andriano.
O clipe de “I Wanna Be A Warhol”, um dos melhores singles lançados pela banda nos últimos anos, tem a participação de Milla Jovovich.
46 – AFI
Burials
O nono disco de estúdio do AFI veio como uma grata surpresa após o grupo ter dado um tempo nas atividades e trouxe mais uma série de canções muito bem esculpidas pela banda através de guitarras pesadas, elementos eletrônicos e o vocalista Davey Havok, que carimba as músicas com a sua voz.
A banda que está na estrada desde 1991 mostra que atingiu um alto nível de maturidade musical com o álbum e seu show, que poderá ser visto em 2014 no Lollapalooza Brasil.
45 – Arcade Fire
Reflektor
O Arcade Fire fez a maior campanha de divulgação de um álbum em 2013 para Reflektor.
Tocou no edifício da Capitol, foi a, literalmente, dezenas de programas de televisão pelo mundo todo, fez shows surpresas e intervenções nas ruas.
O disco foi ouvido e vendeu muito bem, mas está longe de ser tão bom quanto o antecessor, The Suburbs, que levou nada mais nada menos do que o Grammy de Melhor Álbum do Ano quando foi lançado.
Ainda assim, Reflektor traz grandes e belos sons como a faixa título, “Afterlife” e “Awful Sound”, que fazem com que a audição do álbum duplo seja prazerosa e a inclusão na lista de melhores do ano, justificada.
44 – Bad Religion
True North
O Bad Religion lançou seu primeiro disco de estúdio em 1982 e de lá pra cá nunca mais deixou o posto de um dos nomes mais importantes do punk rock mundial.
Em 2013, algumas décadas depois, eles mostraram que o reconhecimento ainda é totalmente justificável com o décimo sexto álbum da banda, True North, e uma série de porradas que irão te fazer tanto balançar a cabeça em frente ao computador quanto pensar a respeito das suas letras.
43 – Crusades
Perhaps You Deliver This Judgement With Greater Fear Than I Receive It
Crusades é uma banda que passa explicitamente a sua mensagem desde o seu nome, o título de seu disco e também a sua capa.
A banda que se denomina “anti-cristã” lançou esse ano o álbum Perhaps You Deliver This Judgement With Greater Fear Than I Receive It e pode assustar os desavisados, que pela imagem acima imaginaria uma banda de black metal ou algo do tipo.
Acontece que o som do Crusades mistura elementos do punk rock e do hardcore com o folk e é um baita sopro de ar para quem está interessado em coisas novas.
Deixando toda a estética e posicionamento de lado, musicalmente é um álbum que surpreende.
42 – Vampire Weekend
Modern Vampires Of The City
O Vampire Weekend ficou conhecido por uma fusão de diferentes elementos em seu indie rock bastante peculiar. Em seus discos anteriores, por exemplo, a influência de batidas africanas era bastante evidente.
Acontece que em Modern Vampires Of The City a banda resolveu fazer seu trabalho mais direto, mais centrado e mais “sério”, e agradou bastante.
Desde a capa até as letras, Modern é um trabalho para ouvir e prestar atenção, ao contrário dos dois primeiros discos da banda, com os quais você poderia dançar até a noite acabar.
41 – Depeche Mode
Delta Machine
Desde 1980, quando foi formado, o Depeche Mode raramente erra, tanto que virou influência de dezenas de grandes nomes da música que vão do heavy metal ao eletrônico.
Em Delta Machine não é diferente e a banda explora mundos completamente sombrios e complicados em suas letras através de grandes músicas, sintetizadores, theremin, pianos e baixos.
40 – M.I.A.
Matangi
A cantora M.I.A. voltou com tudo em 2013 e deixou isso bem claro com o novo álbum Matangi, onde sua mistura barulhenta de punk, pop, reggae e hip-hop funciona muito bem.
Com letras sempre muito críticas que abordam desde temas como a religião até a sua polêmica participação no Super Bowl, quando fez um gesto obsceno para a câmera, M.I.A. se consolida de vez como um dos poucos nomes no mundo que ainda tem coragem de colocar o dedo na ferida em assuntos controversos.
39 – Los Campesinos!
No Blues
Em seu quinto disco de estúdio a banda Inglesa Los Campesinos! mostrou que passou muito bem pela saída de uma das suas integrantes fundadoras, a baixista Ellen Campesinos!
Indie rock sem ser chato, sem ser clichê e pra dançar!
38 – Atoms For Peace
AMOK
O Atoms For Peace causou muito impacto quando apareceu pois trata-se de um supergrupo formado por Thom Yorke (Radiohead), Flea (Red Hot Chili Peppers), Joey Waronker (Beck, R.E.M.), além do sempre parceiro do Radiohead, Nigel Godrich e o percussionista brasileiro Mauro Refosco, que excursiona com o Red Hot Chili Peppers.
Se frustrou fãs do RHCP, o trabalho causou boa impressão nos fãs de Radiohead, já que a sonoridade se aproxima muito mais da segunda banda.
Quem não procurou o trabalho especificamente por nenhum dos dois lados, ganhou um discão de música alternativa/eletrônica e uma série de grandes clipes, artes de disco, etc.
37 – Russian Circles
Memorial
O ótimo trio de instrumental/post-metal de Chicago, Russian Circles, se inspirou em Animals do Pink Floyd para a estrutura de Memorial, e foi extremamente feliz no disco.
Bastante escuro, o álbum alterna momentos de muito peso com outros onde o que se ouve são sons tranquilos e a criação de leves atmosferas.
Se servir de indicação, o álbum saiu pela gravadora Sargent House, casa de bandas e artistas como Omar Rodriguez-Lopez, Bosnian Rainbows, Maps & Atlases, Red Fang, Rx Bandits e outros.
36 – Twenty One Pilots
Vessel
Se a capa de Vessel entrou para a nossa lista de piores do ano, o álbum merece estar aqui entre os melhores.
O terceiro disco do Twenty One Pilots rendeu ao projeto maior notoriedade e trouxe ao mundo uma mistura interessantíssima de hip hop com rock alternativo, música eletrônica e shows completamente caóticos.
35 – Janelle Monáe
The Electric Lady
Janelle Monáe explodiu para o mundo em 2012 na música “We Are Young” do fun. e esse ano lançou o mais do que competente The Electric Lady, álbum que mistura funk, jazz, gospel e rock em canções que evidenciam todo o seu poder vocal e de execução.
Como cerejas no bolo, há ainda participações de Prince, Erykah Badu, Solange, Miguel e Esperanza Spalding.
34 – Elvis Costello e The Roots
Wise Up Ghost
Elvis Costello foi ao programa de Jimmy Fallon, onde a banda The Roots é residente e a química deu tão certo que os artistas começaram a colaborar.
E não foi apenas para uma ou duas músicas, mas sim para o excelente álbum Wise Up Ghost que combina toda a habilidade técnica da banda com os vocais marcantes e capacidade de composição de Costello.
33 – Justin Timberlake
The 20/20 Experience Pt. 1
Justin Timberlake voltou meio que sem avisar e estava cheio de amor (e música) para dar.
Em um projeto que envolveu dois discos de estúdio ao longo do ano, o primeiro deles mostrou através de grandes canções e uma parceria com Jay-Z o que é impossível negar: o cara tem muito talento.
32 – The Dillinger Escape Plan
One Of Us Is The Killer
Ano após ano o Dillinger Escape Plan vem se consolidando como um dos maiores nomes do post-hardcore no mundo todo.
Em 2013 não foi diferente e com One Of Us Is The Killer e a sua bela capa o grupo falou de temas bastante pessoais, o que com uma abordagem diferente de álbuns anteriores, fez com que a banda explorasse novos territórios e conquistasse novos fãs.
31 – Jim James
Regions Of Light And Sound Of God
O primeiro trabalho solo do líder do My Morning Jacket mostrou ao mundo várias de suas belas e arquitetadas composições de indie e rock alternativo.
Grandes disco, grandes músicas e todos os instrumentos gravados pelo talentoso homem que aparece na capa do trabalho.
30 – Travis
Where You Stand
Cinco anos após seu último trabalho, o Travis voltou à ativa com um álbum que carrega uma bela arte na capa e grandes canções que vão impressionar até mesmo o fã mais chato de rock alternativo/folk.
29 – Foxygen
We Are The 21st Century Ambassadors Of Peace & Magic
Ao ouvir We Are… você talvez ache difícil acreditar que o Foxygen é uma dupla.
Com elementos de rock psicodélico, folk, indie, hard rock e até palavra falada, os californianos acertaram a mão em seu terceiro disco de estúdio e tornaram-se um dos nomes mais importantes do ano.
Fãs de bandas como Tame Impala, Velvet Underground e Cults se deliciaram.
28 – Kvelertak
Meir
A Escandinávia parece ser um solo cada vez mais fértil para grandes bandas de rock e o Kvelertak entrou para a lista de nomes a serem observados de perto.
Meir é o segundo disco de estúdio da banda norueguesa que canta em sua língua nativa e faz músicas que têm uma base no hard rock tradicional e retrô aliado ao hardcore e vocais berrados.
“Bruane Brenn” é uma das músicas do ano.
27 – Pearl Jam
Lightning Bolt
O décimo disco de estúdio de uma das maiores bandas da história do rock não faz frente como um álbum em si contra trabalhos antecessores da banda, mas trouxe grandes canções como “Sirens” e “Mind Your Manners”, que de formas diferentes mostraram o inegável talento de Eddie Vedder e companhia.
26 – Johnny Marr
The Messenger
Passaram-se décadas até que o guitarrista Johnny Marr, conhecido por ter tocado no The Smiths, lançasse um álbum solo.
E ele deveria estar guardando material e refinando a sua arte, pois em 2013 debutou em grande estilo com The Messenger, álbum que trouxe grandes canções no ponto certo para, da mesma forma, agradar fãs do seu legado e atrais novos seguidores.
25 – HAIM
Days Are Gone
Ao mesmo tempo em que relembraram sons de nomes do passado como Michael Jackson, Madonna e Stevie Nicks (Fleetwood Mac), as irmãs HAIM o fizeram com pé no presente e olho no futuro, o que aparece até mesmo na capa de Days Are Gone, uma típica foto de Instagram.
Com essa consciência o trio fez bonito em 2013 e mostrou que é possível fazer música nova, de qualidade e sem soar como uma cópia, mesmo relembrando alguns dos nomes mais celebrados de todos os tempos.
24 – Bosnian Rainbows
Bosnian Rainbows
Nascido como um supergrupo, o Bosnian Rainbows veio da vontade do guitarrista Omar Rodriguez-Lopez em estar em uma banda, e não ser a cabeça pensante dela, como era no Mars Volta.
Essas palavras vieram do próprio e o disco de estreia do grupo mostra que, realmente, foi um trabalho em conjunto que moldou diversas caras do rock alternativo para um resultado final onde as letras ficaram por conta de Teri Gender Bender (Le Butcherettes) e a música veio de toda a banda.
23 – Vários Artistas
Sound City: Real To Reel
Dave Grohl resolveu fazer um documentário sobre o lendário estúdio Sound City e, não satisfeito, recrutou uma série de grandes músicos para a sua trilha sonora.
São 11 canções e cada uma delas reúne roqueiros de estilos, idades e barbas diferentes, mas ao final das contas, o disco tem uma coesão muito interessante que faz o ouvinte esquecer que o trabalho está no formato de coletânea.
22 – Unknown Mortal Orchestra
II
O Unknown Mortal Orchestra não figura entre os nomes mais proeminentes da atualidade na cena musical, o que não surpreende se considerarmos que o trio é da Nova Zelândia. Em um mundo ainda orientado culturalmente pelas grandes potências do hemisfério norte, II, o segundo álbum do grupo, é uma ausência notória nas listas de melhores do ano por aí, mas aqui no TMDQA! não resistimos a essa pérola do pop psicodélico em lo-fi, com melodias viciantes.
21 – Black Rebel Motorcycle Club
Specter At The Feast
Muitas vezes é após a dificuldade que coisas boas acontecem, e Specter At The Feast veio nesse sentido para a banda de garage rock/post-punk Black Rebel Motorcycle Club.
Ao superar a morte Michael Been, produtor e técnico de som do grupo além de pai do baixista Robert Levon Been, o grupo se dedicou ao trabalho, colocou os pés no chão e compôs 12 grandes canções como forma de superação.
20 – Nick Cave And The Bad Seeds
Push The Sky Away
Nick Cave quase nunca erra, e em Push The Sky Away ele voltou a nos mostrar que segue sendo um dos nomes mais interessantes e impecáveis do rock alternativo com músicas como “We No Who U R” e “Jubilee Street” e mais um discão na longa carreira.
19 – Carcass
Surgical Steel
A banda de death metal Carcass não lançava um novo disco de estúdio desde 1996, e aí resolveu apelar.
Lançou Surgical Steel e não apenas surpreendeu seus fãs como o mundo todo da música, que ficou extremamente surpreso com a qualidade do álbum.
Uma grata surpresa de alguém que não lançava material novo há tanto tempo.
18 – Ghost
Infestissumam
Depois do seu primeiro disco de estúdio, lançado há alguns anos, o Ghost ganhou uma fama cult no mundo do heavy metal com fãs famosos como Phil Anselmo, James Hetfield e Dave Grohl.
Em 2013 veio então a dura prova do segundo álbum e Infestissumam mostrou que a banda está mais do que pronta para a tarefa.
Não apenas mostrou o seu som marcante baseado no hard rock clássico como experimentou com novos elementos de estilos bastante diversos como o pop e até a surf music.
Um discão que mostra que o grupo tem muito mais para oferecer do que todo o jogo de imagens que o cerca.
17 – Laura Marling
Once I Was An Eagle
É até chato dizer que Laura Marling fica melhor à medida que envelhece, já que a moça tem 23 anos de idade, mas seu talento fica cada vez mais evidente a cada novo disco lançado.
Em Once I Was An Eagle, Laura conta a história de um personagem central tomado por “inocência” e amor e o faz através de diferentes climas que retratam as mais diversas emoções através 16 faixas.
Folk em seu melhor estado.
16 – Billy Bragg
Tooth And Nail
O folk está em alta com uma série de novos artistas, mas em 2013 quem lançou não apenas um dos melhores discos do estilo, mas como de todos eles, foi o veterano Billy Bragg.
Na ativa desde 1977, o Britânico lançou um novo álbum solo após várias colaborações com o Wilco ao longo dos últimos anos e não decepcionou.
Ao mesmo tempo que emociona, Bragg critica as questões mal resolvidas da sociedade através de suas próprias canções e uma versão de “I Ain’t Got No Home”, clássico do mestre Woody Guthrie.
15 – Cage The Elephant
Melophobia
“Melofobia” significa “medo de música”, mas claramente esse não é o caso com o disco do Cage The Elephant, nome que tem se tornado um dos mais interessantes do planeta quando o assunto é rock alternativo e provou que tem tudo para continuar sendo assim com o terceiro álbum da carreira, que ainda conta com participação de Alison Mosshart, integrante da dupla The Kills e do supergrupo The Dead Weather.
14 – Franz Ferdinand
Right Thoughts, Right Words, Right Action
O Franz Ferdinand levou quatro anos para lançar seu quarto disco de estúdio mas voltou em alto nível.
Belo projeto gráfico tanto no disco quanto em seus vídeos, sons dançantes com a marca da banda 35 minutos dos mais divertidos de todo o ano de 2013.
13 – Lorde
Pure Heroine
A neo-zelandesa Lorde, de 17 anos, ficou conhecida no mundo todo pelo single “Royals”, mas o disco Pure Heroine é mais que isso.
O disco de estreia da moça lançado ao final de Setembro mostra que criar canções pop com atmosferas sombrias é uma arte muito bem dominada por Lorde e que ela sabe explorar isso sem se tornar clichê.
Músicas como “Tennis Court”, “Team” e “Ribs” mostram que essa é uma carreira que deve ser observada de perto. E que você deveria assistir ao seu show no Lollapalooza Brasil de 2014.
12 – Paul McCartney
New
É impressionante como Paul McCartney consegue mesclar todas as suas características marcantes que o colocaram na história com elementos modernos sem que isso se torne forçado.
Pelo contrário, é tudo muito orgânico, natural, espontâneo e, naturalmente, tecnicamente impecável.
Todos os elogios a Paul são mais do que merecidos, e esse é um artista que jamais deixará de fazer música relevante para o mundo.
11 – Daft Punk
Random Access Memories
Outro disco que ficou extremamente conhecido em 2013 por um single foi Random Access Memories, da dupla francesa Daft Punk.
“Get Lucky” fez com que o álbum batesse uma série de recordes, vendesse muitas cópias em disco de vinil e colocasse o Daft Punk novamente no mapa.
Com participações de Pharrell, Julian Casablancas e Panda Bear, o álbum é extremamente competente e, mesmo com mais de uma hora de duração, está entre os mais ouvidos no ano.
10 – Nine Inch Nails
Hesitation Marks
Havia 5 anos que Trent Reznor não lançava um novo disco com o Nine Inch Nails e, além disso, a banda estava parada até bem pouco tempo antes do anúncio de novas turnês e um novo álbum.
Para celebrar a alegria dos fãs pela volta do grupo veio Hesitation Marks e um ótimo disco que agradou e satisfez a base de fãs da banda que tinha ficado assustada com singles como “Everything” e fãs de boa música em geral.
9 – Deafheaven
Sunbather
O Deafheaven é uma banda muito nova de San Francisco.
Fundada em 2010, lançou um disco em 2011 e chamou a atenção de muita gente com a usa mistura de som pesado com shoegaze e músicas que poderiam facilmente se encaixar na categoria do post-metal.
Em 2013 veio Sunbather e talvez o álbum pesado mais acessível do ano, mesmo com canções que chegam a passar dos 14 minutos de duração.
Com instrumentais sensacionais, criação de ambientes próprios, temáticas interessantes e vocais berrados, a obra prima da banda até agora irá te conquistar mesmo que você não seja fã de som pesado.
8 – Jake Bugg
Shangri La
O jovem cantor Jake Bugg se uniu ao produtor peso pesado Rick Rubin e saiu da Califórnia com um disco que traz todo o talento do seu folk aliado aos anos de experiência de Rubin em estilos tão diversos como o metal e o hip hop.
Disco de gente grande.
7 – The National
Trouble Will Find Me
Os prêmios Grammy costumam indicar e premiar muitos discos pelo seu caráter comercial, mas na categoria de Música Alternativa está Trouble Will Find Me, novo disco do The National que colocou definitivamente a banda em uma posição capaz de escrever algumas das canções de indie rock mais bonitas do mundo ao mesmo tempo que são acessíveis para o público em geral.
Mérito total de uma grande banda.
6 – Savages
Silence Yourself
Outro nome que aparece aqui com seu disco de estreia é o do Savages, de Londres.
As meninas impressionaram o mundo todo com seu pós-punk bem característico e opiniões fortes como as de pedir para que as pessoas não perdessem tempo nos seus shows tirando fotos para colocar no Instagram.
Comparado a nomes como Siouxsie And The Banshees o quarteto mostrou personalidade e uma série de sons que deixam claro que a banda soube beber da fonte certa sem ir com muita sede ao pote.
5 – Black Sabbath
13
Como é bom poder colocar um disco do Black Sabbath entre os melhores do ano.
13 é uma verdadeira volta às origens do grupo, da melhor maneira possível. Sem forçar barras, sem emular nostalgias e sem ter medo de voltar a fazer o som que o consagrou, o grupo fez o que se esperava dele e arrebentou em canções que jamais poderiam ter sido feitas por outros músicos nesse planeta.
4 – David Bowie
The Next Day
Outro grande nome da história da música mundial que voltou em 2013 foi David Bowie.
De repente e não mais do que de repente ele lançou The Next Day sem muito alarde e fez história com um dos discos mais competentes, profundos e criativos de 2013.
3 – Paramore
Paramore
Apesar de ainda enfrenta muitos preconceitos em relação ao seu trabalho, em seu quarto e homônimo álbum de estúdio o Paramore renasce como trio de maneira grandiosa e consolida seu nome no rock alternativo e como uma das bandas mais populares dos últimos anos. Com produção de Justin Meldal-Johnsen e participação do virtuoso baterista Ilan Rubin, o disco mostra o grupo não apenas mais maduro e comprovando que superou seus momentos de turbulência (a saída dos irmãos Farro), porém repensado.
Em Paramore, o trio aposta em influências que passam por Best Coast, No Doubt e Explosions In The Sky, e traz Hayley Williams mais à vontade e imponente nos vocais e nas letras.
Como se tivesse se libertado de amarras, a banda criou grandes canções como “Ain’t It Fun”, “Still Into You” e “Now” e um álbum que, para dizer o mínimo, impressionou.
2 – Arctic Monkeys
AM
Os Ingleses do Arctic Monkeys foram até o deserto do Mojave, na Califórnia, para gravar nos estúdios Rancho de La Luna onde grandes nomes do stoner rock já gravaram seus discos.
Nomes estes como os de Josh Homme, líder do Queens Of The Stone Age e amigo da banda que participou de AM e abrilhantou mais um trabalho impecável dos macacos do ártico.
Com algumas das melhores canções de toda a carreira do grupo, AM mostra uma banda em constante evolução.
1 – Queens Of The Stone Age
…Like Clockwork
E por falar em Josh Homme, o ano, sem dúvidas foi dele.
O cara deveria ter passado por uma simples cirurgia no joelho após o fechamento da turnê com o projeto Them Crooked Vultures. Entretanto, a experiência tornou-se traumática e quase custou sua vida (Homme precisou ser ressuscitado na mesa de operações) e sua carreira (o artista pensou em se afastar da música e focar em sua família).
Como resultado de tudo isso veio …Like Clockwork, onde Homme apresenta seu trabalho mais honesto e mais intimista. Apesar de contar com músicas para “rebolar os quadris” (como ele mesmo define) e celebrar “seu retorno à vida”, o trabalho é repleto por faixas soturnas, intensas e que marcam bem o período angustiante pelo qual o músico passou, tornando-se um dos mais primorosos do ano.
Para abrilhantar ainda mais o trabalho, Homme ainda chamou convidados especiais como Nick Oliveri, Mark Lanegan, Trent Reznor, Jake Shears, Alex Turner, Elton John e Brody Dalle.
E é necessário lembrar, claro, que o homem que assumiu a maioria das baquetas no álbum foi o cara que tem mais bandas que amigos, Dave Grohl.
Grandioso, escuro, complexo, diferente e experimental. O disco do ano é …Like Clockwork, do QOTSA.