No dia 24 de Novembro de 1991, há exatos 30 anos, o lendário Freddie Mercury fazia sua passagem para outro plano.
Foi naquela noite que, aos 45 anos e em sua própria casa em Kensington, Mercury não resistiu à pneumonia decorrente da AIDS — doença que ele revelou ter contraído apenas cerca de 24 horas antes de seu falecimento, através de um comunicado que abordava as “enormes suposições da imprensa”.
Na época com muito menos recursos de tratamento efetivo, o ícone da música decidiu que não iria tomar os remédios que poderiam estender sua vida. Ao invés disso, ele escolheu tomar apenas analgésicos enquanto ficou em um estado em que não conseguia nem sair de sua cama direito, ainda mais por ter começado a perder sua visão.
O comunicado, feito por meio do empresário do Queen, Jim Beach, dizia:
Dando sequência às enormes suposições da imprensa nas últimas duas semanas, eu desejo confirmar que eu testei positivo para HIV e tenho AIDS. Eu senti que era certo manter essa informação em particular até agora para proteger a privacidade daqueles ao meu redor. No entanto, chegou a hora dos meus amigos e fãs ao redor do mundo saberem a verdade e eu espero que todos se juntem a mim, aos meus médicos e a todos ao redor do mundo que estão na luta contra essa doença terrível. Minha privacidade sempre foi muito especial para mim e eu sou famoso por não dar muitas entrevistas. Por favor entendam que essa política irá continuar.
A notícia chegou à imprensa na manhã do dia 25 de Novembro, depois que os amigos próximos e familiares do músico já estavam sabendo do acontecimento.
Freddie Mercury
Apaixonado pela música, Freddie Mercury sabia que não tinha muito tempo de vida nos seus últimos meses. O companheiro de banda Brian May não hesita em descrever os últimos dias do vocalista como “fabulosos, cheios de risada e alegria”, ressaltando que o colega sempre soube o que iria acontecer e agiu de um jeito “foda, como sempre foi”.
Isso não significa que tenha sido exatamente fácil, como o próprio May descreveu quando falou sobre o processo de criação do disco Made in Heaven, gravado meses antes do falecimento de Mercury. Freddie, no entanto, mostrou mais do que nunca sua consideração aos colegas de banda e fazia questão de “deixá-los com o máximo possível” de material.
Essa consideração, aliás, segue viva até hoje. De acordo com um representante da loja Fortnum & Mason, o vocalista deixou um pedido vitalício para que seus amigos próximos e familiares recebam presentes de Natal mesmo após sua morte. Que homem, né?
O falecimento de Freddie gerou uma grande comoção em 1991, com a última residência do músico se transformando em uma espécie de “templo” em sua homenagem. As suas cinzas, no entanto, estão em um lugar secreto: atendendo a pedidos dele próprio, Mary Austin, ex-companheira do cantor, o levou para um lugar não identificado e, ao menos pelo que se sabe até hoje, ela continua sendo a única pessoa com conhecimento do local de descanso de Mercury.
Queen no Clube de Livros Som na Caixa
Nesta quarta-feira (24), os fãs do Queen têm um encontro marcado às 19h com a Editora Belas Letras. Um evento exclusivo para sócios do Som na Caixa, clube de livros da editora, vai discutir a carreira desse grande ícone e entrar em detalhes sobre o livro Somebody to Love, com um convidado que vai falar sobre os bastidores dos shows mais icônicos dessa lenda.
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30 anos sem Freddie Mercury
Sócios do Som na Caixa: hoje às 19h, vamos ter um evento para falar sobre esse ícone da história da música e discutir o livro Somebody To Love, com um convidado que vai falar sobre os bastidores dos shows mais icônicos dessa lenda.
Foto Richard Young pic.twitter.com/jXsTDssMbn
— Editora Belas Letras (@belasletras) November 24, 2021