Cultura

Regina Duarte demite presidente da Funarte que associou Rock a aborto e satanismo

Regina Duarte ainda irá assumir a pasta de Cultura, mas já exonerou 12 servidores. Entre eles está Dante Mantovani, que associou Rock a aborto e satanismo.

Dante Mantovani e Regina Duarte
Reprodução / Foto via Wikimedia Commons

Regina Duarte vai tomar posse da Secretaria de Cultura nesta quarta-feira (4), mas já chegou com várias mudanças no cenário da pasta.

Ela exonerou uma série de servidores, entre os quais está Dante Mantovani, presidente da Funarte que criou polêmica no ano passado ao dizer que “Rock ativa satanismo, aborto e drogas”. À época, o baixista Felipe Andreoli, do Angra, ficou indignado com a declaração mesmo tendo sido elogiado por Mantovani.

Vale lembrar ainda que no começo deste ano o órgão lançou um edital que reviveu a polêmica. Foi divulgado um Prêmio de Música que proibia a inscrição de “bandas de Rock”. Além de Dante, o Whiplash informa que também foram exonerados nomes como Camilo Calandrelli, da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura e Paulo César do Amaral, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). No total, foram 12 servidores demitidos. Os substitutos ainda não foram anunciados.

Regina Duarte e a Secretaria de Cultura

A atriz Regina Duarte assumiu a Secretaria de Cultura depois do discurso do então secretário Roberto Alvim que se viu associado a ideais nazistas.

O Whiplash lembra ainda que os gestores demitidos estão associados aos ideais “olavistas”, em referência a Olavo de Carvalho. Ainda assim, alguns alunos do filósofo como Rafael Nogueira, presidente da Biblioteca Nacional, continuam no cargo. Rafael também foi centro de polêmicas após criticar artistas como Caetano Veloso Legião Urbana mas, ao mesmo tempo, se dizer fã de Angra Shaman.

As decisões de Regina, pelo visto, estão dentro da sua proposta política de “pacificar” a relação entre artistas e governo. Por outro lado, ela já se envolveu em confusão com colegas e chegou a comentar que “liberdade de expressão tem que ter limites”.