Antes de qualquer coisa:
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Sunny Day Real Estate
EMO. Tá aí uma palavra que você nunca deve ter ouvido. Muito menos deve ter visto meninos e meninas de franjas com lágrimas nos olhos reclamando que a vida é uma merda porque não receberam a mesada do pai ou porque o fotolog está fora do ar.
Pois bem, saiba que bem antes disso o emo já existia e não era esse estereótipo que é hoje em dia. Sem delineadores, sem chapinhas, sem franjinhas, o pessoal que tocava emo era assim considerado porque escrevia músicas emocionais sim, mas nunca melosas, sempre bem arranjadas e na maioria das vezes tocadas com energia e intensidade incríveis no palco, o que lhes rendia comentários sobre o quão emotivos ou emocionados eles eram em relação à sua música.
Uma das bandas pioneiras no estilo foi o Sunny Day Real Estate. Os caras foram os primeiros a levarem o estilo para as rádios, festivais de música, talk shows e MTV.
O primeiro disco dos caras, “Diary”, lançado em 1994 é respeitado por 9 entre cada 10 críticos e é considerado um marco na história do emo. Muitos o consideram o pilar do emo “segunda onda” que surgiu no meio dos anos 90.
Após o sucesso de “Diary” logo veio o “LP2” em 1995, mas poucos meses após o lançamento do mesmo a banda acabou pela primeira vez. Quem se deu bem foi Nate Mendel, baixista da banda, que desde então passou a tocar em uma certa banda de rock chamada Foo Fighters.
Entre 1998 e 2000 a banda lançou 2 discos de estúdio e um ao vivo, sem Nate Mendel, mas acabou se separando denovo em 2001.
Após varios boatos, tentativas, idas e vindas, esse ano o Sunny Day Real Estate finalmente se reuniu para alguns shows com a formação original e é justamente para comemorar o fato que a Sub Pop está relançando os 2 discos da banda em vinil.
Ambos ganharão 2 músicas extras, serão remasterizados e contarão com informações de encarte adicionais, somando com as originais.
Se você nunca ouviu os caras, ouça. Mesmo que só a palavrinha de 3 letras lhe cause dores de estômago, você vai ver que emo de verdade pode sim ser muito legal, sem choradeira e sem fazer parte de uma caricatura como acabou acontecendo hoje em dia.
Os 2 discos já podem ser comprados em pré-venda aqui.
Thrice
Como eu já havia falado em outro post, o Thrice resolveu fazer uma piração ao lançar um conjunto de discos chamados “The Alchemy Index”, homenageando os 4 elementos naturais fogo, água, ar e terra, mas a antiga gravadora dos caras, Island Records, não gostou muito da ideia e a Vagrant os acolheu de braços abertos.
Após lançar o “The Alchemy Index” em uma caixa quádrupla de discos bem legais, a Vagrant lançará em Outubro o novo disco de inéditas dos caras, chamado “Beggars“.
O ruim é que o que tinha tudo pra ser uma volta triunfal do Thrice a uma gravadora independente, com um lançamento bacana depois de muito tempo sem um disco fechadinho, acabou virando um pesadelo para banda e gravadora já que com TRÊS MESES de antecedência “Beggars” vazou na Internet.
Olha, eu não sou hipócrita, eu sei que baixar música é comum, e é um dos melhores meios para descobrir artistas novos, mas três meses é sacanagem. Imagine todo o trabalho feito pela gravadora com teasers, banners, faixas disponíveis aqui e acolá, streaming do disco completo, toda uma agenda a ser cumprida antes do lançamento indo por água abaixo porque qualquer um pode ouvir o disco inteiro se quiser.
Enfim, vai de cada um baixar ou não, mas eu nunca trocaria a surpresa e a ansiedade de esperar um disco sair, comprá-lo, recebê-lo em casa e ouvi-lo pela primeira vez.
Se for pra vazar, que seja no máximo uns 15 dias antes! hehehe
Polêmicas à parte, o CD estará disponível aqui, em Outubro.
Polar Bear Club
Para terminar hoje, temos o Polar Bear Club, banda que se auto-classifica como de post-hardcore e punk rock mas que na minha opinião flerta mais com o emo/hardcore melódico do que com os estilos ditos previamente.
Influenciados por bandas como Hot Water Music e Lifetime, a carreira dos caras pode ser considerada meteórica, já quem em 2005 eles começaram a banda, em 2006 lançaram o primeiro EP “The Redder, The Better” que foi sucesso de público e crítica, e em 2008 lançaram “Sometimes Things Just Disappear”, primeiro álbum full-length dos caras que foi incluído em uma série de listas de “Melhor do ano” por sites e outros tipos de mídia musical pelo mundo.
O disco foi lançado primeiro pela Red Leader Records, em CD, mas esse ano ganhou edições especiais em vinil, lançadas pela nova casa dos caras, a Bridge Nine Records.
Tem pra todos os gostos: CD, Download e Vinil, sendo que o vinil está disponível em 2 cores, um azul parecidíssimo com o azul da capa, bem bonito e um oliva muito muito bonito que combina com as partes mais escuras da capa.
Os caras da Bridge Nine estão de parabéns, já que a capa é uma obra de arte e ganhou 2 versões em vinil a sua altura, combinando bem cores de capa e disco.
Todas essas versões e muito mais merchandising da banda pode ser encontrado aqui.