Entrevistas

Bomb The Music Industry!, Coletânea Death to False Hope, Entrevista com Nick Woods (Direct Hit!)

O sensacional <b>Bomb The Music Industry!</b> relançou três álbuns em vinil. Saiba detalhes e como comprá-los com mais outros dois álbuns! <b>Coletânea Death to False Hope</b> traz trinta e três faixas de bandas independentes do punk rock, pop punk e rock alternativo. <b>Direct Hit!</b> é uma delas. Faça o download gratuito do álbum completo! Por falar em <b>Direct hit!</b>, entrevistamos o divertido <b>Nick Woods</b>, frontman e idealizador do projeto, que muito agradará quem gosta de <b>Bomb The Music Industry!</b>, <b>Blink-182</b>, <b>Green Day</b> e <b>The Lillingtons</b>, por exemplo. Confira!

Bomb The Music Industry!

Você já deve ter percebido que nós aqui do Tenho Mais Discos Que Amigos! sempre que possível estamos falando sobre o SENSACIONAL coletivo “faça você mesmo” Bomb The Music Industry!, criado em Nova Iorque, em 2004. Além disso, deve também já estar ciente que o Jeff Rosenstock, comandante da trupe, concedeu uma mega entrevista linda e exclusiva para o nosso site.

A novidade de agora é que a Asian Man Records está relançado os três primeiros álbuns do projeto, em vinil 12 polegadas!

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“Album Minus Band” (2005), “To Leave Or Die In L.I” (2005) e “Goodbye Cool World!” (2006), estão sendo vendidos juntos, por apenas US$25,00! Confira detalhes abaixo:

  • Album Minus Band

Álbum de estreia do Bomb The Music Industry!, lançado em janeiro de 2005, em versão digital e gratuita (clique aqui para fazer o download) via Quote Unquote Records (selo independente do Jeff Rosenstock).

Tracklisting:

01. “Blow Your Brains Out On Live TV!!!”
02. “Does Your Face Hurt? No? ‘Cause It’s Killing Me!!!”
03. “It Ceases To Be “Whining” If You’re Still “Shitting” Blood”
04. “Big Plans of Sleeping In”
05. “I’m A Panic Bomb, Baby!”
06. “Sweet Home Cananada”
07. “Funcoland vs. the Southern Electorate”
08. “Ready… Set… No!!!”
09. “I’m Too Cooooooooool For Music”
10. “Pike St. – Park Slope (Harvey Danger)”
11. “FRRREEEEEEEEE BIIIIIIIRRRRRRD!!! FRRRREEEEEEEEEEEEEE BIIIIIIIIIRRRD!!!!”
12. “Future 86”

  • To Leave Or Die In Long Island

Lançado em dezembro de 2005, em vinil, via Asbestos Records e versão digital e gratuita (clique aqui para fazer o download) via Quote Unquote Records.
O álbum traz samplers do filme do Bob Sponja, da versão britânica de “The Office” e do filme “Can’t Hardly Wait”.

Tracklisting:

01. “Happy Anterrabae Day!!!”
02. “Congratulations, John, On Joining Every Time I Die.”
03. “Showerbeers!”
04. “Stand There ‘Til You’re Sober”
05. “Dude, Get With The Program”
06. “Bomb The Music Industry! (and Action Action) (and Refused) (and Born Against) Are Fucking Dead.”
07. “Brian Wilson Says SMiLE aka My Beard of Defiance”
08. “Syke! Life Is Awesome!”

  • Goodbye Cool World!

Foi lançado em junho de 2006, em versão digital e gratuita (clique aqui para fazer o download) via Quote Unquote Records e em edição limitadíssima em vinil, pela Asbestos Records.
O título original do álbum era “Clap Your Hands Say Shut the Fuck Up”, uma paródia feita para “homenagear” a banda de indie rock britânica Clap Your Hands Say Yeah.

Tracklisting:

01. “Old and Unprofessional”
02. “King of Minneapolis, Pts. I & II”
03. “Even Winning Feels Bad”
04. “Side Projects are Never Successful”
05. “5 Funerals”
06. “My Response To An Article In Alternative Press”
07. “Sorry, Brooklyn. Dancing Won’t Solve Anything.”
08. “It’s Official! We’re Borrrrring!”
09. “From Martyrdom To Startyrdom”
10. “All Alone In My Big Empty Apartment”
11. “Fuck The Fans”
12. “Grudge Report”
13. “King of Minneapolis, Pts. III & IV”
14. “Anywhere I Lay My Head” (Tom Waits Cover)

Para comprá-los, clique aqui.

Há também outra promoção rolando, pra quem quiser ter mais discos do BTMI! e causar inveja nos amigos. Você pode comprar cinco álbuns –  “Album Minus Band” (2005), “To Leave Or Die In L.I” (2005), “Goodbye Cool World” (2006) + “Get Warmer” (2007) e “Scrambles” (2009) – por apenas US$40,00!

Clique aqui para garantir suas formosas cópias!

A tracklisting de “Get Warmer” e “Scrambles” (2009) pode ser vista abaixo.

  • Get Warmer

Foi lançado em julho de 2007, em versão digital e gratuita (clique aqui para fazer o download) via Quote Unquote Records, em CD e vinil via Asian Man Records/Banquet Records e conta com a participação de vinte músicos.

Tracklisting:

01. “Jobs Schmobs” – 1:58
02. “493 Ruth” – 2:44
03. “Bike Test 1 2 3” – 2:37
04. “Unlimited Breadsticks, Soup and Salad Days” – 2:32
05. “No Rest for the Whiny” – 3:26
06. “25 Hour Goddamn Telethon” – 2:20
07. “Depression is No Fun” – 2:49
08. “I Don’t Love You Anymore” – 4:42
09. “Pizza Claus is Comin’ to Town” – 3:11
10. “Never Trust a Man Without a Horribly Embarrassing Secret” – 3:55
11. “Get Warmer” – 6:50
12. “The Last Party (Foul)” – 1:17


  • Scrambles

Foi lançado em fevereiro de 2009 em versão digital e gratuita (clique aqui para fazer o download) via Quote Unquote Records e em vinil via Asian Man Records. A versão física é surpreendente! Vale a pena conferir as fotos (link no final do post).

Tracklisting:

01. “Cold Chillin’ Cold Chillin'” – 1:45
02. “Stuff That I Like” – 2:53
03. “It Shits!!!” – 2:42
04. “Fresh Attitude, Young Body” – 3:38
05. “Wednesday Night Drinkball” – 2:30
06. “25!” – 2:47
07. “$2,400,000” – 5:58
08. “Gang of Four Meets the Stooges (but Boring)” – 1:11
09. “9/11 Fever!!!” – 1:43
10. “(Shut) Up the Punx!!!” – 2:34
11. “Can I Pay My Rent in Fun?” – 3:01
12. “Saddr Weirdr” – 2:38
13. “Sort of Like Being Pumped” – 4:29

Clique aqui para conferir fotos EXCLUSIVAS de vinis do Bomb The Music Industry!, clicadas pelo fundador deste site supimpa, o Tony Aiex.

Bomb The Music Industry! é obra prima. Pode ir sem medo e com toda pompa, porque com certeza não irá se arrepender de ter conhecido o projeto.

E reforçando, não deixe de ler a entrevista que Jeff Rosenstock nos concedeu!

Coletânea Death to False Hope

A Death to False Hope Records, cujo lema é “Make Art Not Money [Faça Arte e Não Dinheiro]” reuniu trinta e três faixas e fez uma coletânea sensacional com o melhor do pop punk, punk rock e rock alternativo da independente Norte Americana.

A compilação foi lançada no dia 11 deste mês e traz as bandas/artistas Direct Hit!, Let Me Run, Random Orbits, Black Sails, Western ShoresMixtapes, Bouncing Souls, Micha Schabel, Copper Bones, Think Big, American Aquarium, The Please & Thank You’s, Anchor ArmsPlain States, The Dirty Little Heaters, Over Stars and Gutters, White Tiger and the Bed Of Roses, Madison Bloodbath, Why I Hate, Joey Cape, Stereotyperider, Sour Boy, Bitter Girl, The Fresh Kills, Look Mexico, Jazz Hands, Jay Heart Montreal, 10-4 Eleanor, Jon Snodgrass, Robot Spells Hell, Hold Tight!, Beat Noir, The Dry Heathens, The Sandwiches, Johnny Rev, Mourning Is for Suckers.

Tracklisting:

01. Direct Hit! – “Snickers of Reece’s(Pick Up the Pieces)”
02. Let Me Run – “CSJ”*
03. Random Orbits – “In the Dreams I Can Remember”*
04. Black Sails, Western Shores – “Hangover Radio”
05. Mixtapes – “Morning Sex and AM Radio”*
06. Bouncing Souls – “Ghosts on the Boardwalk(Acoustic)”*
07. Micha Schabel – “American Static”
08. Copper Bones – “Feel Alive ( Ex members of My Hotel Year)”*
09. Think Big – Since When”
10. American Aquarium – “Nothing to Lose”
11. The Please & Thank You’s – “Fucking Honestly”
12. Anchor Arms- “1516”*
13. Plain States – “Libby Montana (Members of Red City Radio)”*
14. The Dirty Little Heaters – “City Square”
15. Over Stars and Gutters – “Anthem on Sheridan”
16. White Tiger and the Bed Of Roses – “El Salvador Sex Riot”
17. Madison Bloodbath – “Me and Lonesome George”
18. Why I Hate – “These Four WAlls Are Yellow, Ms. Rigby”*
19. Joey Cape – “Angry Days”*
20. Stereotyperider – “Crush Us All (Seaweed Cover)”
21. Sour Boy, Bitter Girl – “Blood on Your Hands”*
22. The Fresh Kills – “Before the Storm”
23. Look Mexico – “Take it Upstairs, Einstein(Acoustic @ Havest for Hope)”*
24. Jazz Hands – “Balloon Boyz”
25. Jay Heart Montreal – “The Sandwiches Got Our Back”
26. 10-4 Eleanor W/Jon Snodgrass – “Austin’s Song (Sour Boy, Bitter Girl Cover)”*
27. Robot Spells Hell – “Youngstown Tune-Up”*
28. Hold Tight! – “My Favorite Songs”
29. Beat Noir – “Postponed”
30. The Dry Heathens – “Splendid Little War”
31. The Sandwiches – “Bad Sandwiches and a Head Smashed on a Table”*
32. Johnny Rev – “Last December”
33. Mourning Is for Suckers – “If I’m Wrong”*

*Faixas raras/nunca antes lançadas

E o melhor: Essa lindeza está disponível para download gratuito! Então não fique aí babando: Clique aqui para fazer o download da compilação!

Além desta coletânea, o selo ainda disponibilizou outros álbuns para download gratuito em seu site. Mas doações são sempre bem-vindas. Portanto, se você puder ajudar, clique aqui e saiba como.

Entrevista com Nick Woods, do Direct Hit!

Já que Direct Hit! esteve presente no assunto anterior, nada mais válido do que postar a entrevista feita com Nick Woods, não? =)

Direct Hit! é uma banda de pop punk de Milwaukee, Wisconsin, EUA.

Eu a conheci através do twitter, quando o Nick Woods – fundador, guitarrista, vocalista e letrista do Direct Hit! – começou a me seguir do nada lá por lá.

Depois de alguns poucos meses ouvindo o EP “#3” da incrível banda dele e trocando algumas figurinhas, resolvi convidá-lo para conceder uma entrevista para nós.

Então se você gosta de Bomb The Music Industry!, The Lillingtons, Teenage Bottlerocket, Green Day, Blink-182 e bandas nessa linha e que falem sobre zumbis, aliens e coisas divertidas, recomendo que conheça o Direct Hit!.

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E baixe o mais recente EP, “#4”, gratuitamente ou com alguma doação, clicando aqui.

Leia a entrevista que fiz com o Nick, no dia 5 de março, onde a gente conversou sobre vários assuntos, como: Ídolos, inspirações, contrato com a Death to False Hope, planos para o futuro, vinil, zumbis, ETs, Brasil e claro, That ’70s Show.

Angélica (TMDQA!): Primeiramente, gostaria de saber como a banda começou, quando isso aconteceu e quantos EPs vocês já lançaram (foram quatro, estou certa?).

Nick Woods (Direct Hit): Direct Hit! começou enquanto eu ainda estava tocando com a minha antiga banda, The Box Social. Eu tinha poucas músicas escritas que eram um pouco barulhentas e rápidas comparadas com o resto do nosso material. Aí o Brian (nosso baterista) e eu começamos a tocá-las por uns tempos, só por diversão, com um amigo nosso, o Jackson, tocando baixo. Inclusive, foi o Brian que surgiu com a ideia do nome da banda, em 2007 ou por volta disso. Desde então, nós tivemos uma rotação constante de diferentes membros (Brian e Jackson não estão mais na banda) e nós não tínhamos realmente um lineup consistente até poucos meses atrás, mas conseguimos gravar e disponibilizar quatro EPs on-line, que nós os vendemos por doações.

Angélica (TMDQA!): Quais são os membros da banda? E eles são seus amigos de infância ou de escola/faculdade?

Nick Woods (Direct Hit!): Direct Hit é Nick Woods, Danny Walkowiak, Mike Esser, Robbie Schroeder e Alex Hill. A banda já teve um montão de outros membros, então explicar como que chegamos até essa formação atual, é um pouco complicado… Eu conheci o Danny numa apresentação do Direct Hit, que fizemos com uma banda amiga, a Bust!, enquanto acontecia um tipo de entra e sai de bateristas. Mas eu já o conhecia há bastante tempo, assim como a antiga banda do Robbie, The Accidents. Então Danny fez um teste para tocar bateria e entrou para a banda pouco tempo depois disso. E quando nosso baixista nessa época deixou a banda, Robbie passou a assumir os graves do Direct Hit. Durante esse meio tempo, eu estava procurando um outro guitarrista para fazer as coisas soarem com mais clareza ao vivo e aí conheci Mike, através de um amigo nosso. Tocamos com essa formação – quatro membros – durante um tempo. Então eu resolvi chamar a Alex para tocar teclado, quem eu conheço desde quando comecei a frequentar shows de pop punk, quando eu tinha 15 ou 16 anos. Todas essas peças levaram bastante tempo até ficarem juntas, mas as coisas tem estado bem firmes por agora.

Angélica (TMDQA!): Quero aproveitar que estamos conversando, para falar que o EP “#3” é viciante e sensacional! E é ótimo para ouvir em diversas ocasiões. “They Came For Me” é uma das melhores músicas que eu já ouvi nesses últimos anos e eu fiquei muito feliz em ter descoberto a banda por causa desse EP. Aliás, com que frequência vocês pretendem lançar os EPs? E eles sempre terão títulos numéricos?

Nick Woods (Direct Hit!) Valeu! Todos os EPs que fizemos tiveram pessoas diferentes tocando os instrumentos, então eu acho que vamos dar um tempo depois do lançamento do EP “#5”, que provavelmente sairá durante esse verão [hemisfério Norte, ou seja, final de junho aqui no Brasil].
Eu realmente quero regravar todas essas músicas que já lançamos, com esse lineup atual. Principalmente porque eu sou um puta narcisista e quero ouvir as gravações com os melhores músicos com os quais eu já toquei. Uma vez feito isso, eu espero que a gente possa lançar um álbum completo com as melhores músicas e lançar o resto em vinil. E inclusive, esses próximos lançamentos terão nomes de verdade, sem números. 🙂 Nós também vamos lançar um split 7″ com os nossos amigos The Transgressions e também estamos trabalhando em outro split 7″ com um outro grupo de amigos nossos, lá de Illinois. Então, respondendo a sua pergunta – Nossos lançamentos nem sempre terão números nos títulos, mas nós provavelmente voltaremos a fazer isso uma vez que começar a ficar chato e tivermos que escrever novas músicas de novo.

Angélica (TMDQA!): Recentemente – sendo mais precisa, no dia 2 de março – vocês lançaram o EP “#4” (que inclui a música “Monster In The Closet”, que é incrível. É a minha favorita desse novo EP). Quais são os planos para esse lançamento?

Nick Woods (TMDQA!): Sinceramente, não temos planos para nenhum de nossos lançamentos. Fazer e executar planos, dá um trabalhão e nós queremos nos distanciar de qualquer coisa que pareça como um trabalho. Se divertir é o primeiro objetivo do Direct Hit, então nós meio que gravamos as coisas quando temos tempo e dinheiro e aí, colocamos na internet para quem quiser ouvir. Foi assim que lançamos o “#4” e eu tenho ficado surpreso em ver como a resposta tem sido positiva. É estranho o quanto você tem que forçar as pessoas para ouvirem novas músicas atualmente… Há tantas bandas em comparação com quando nós estávamos aprendendo a tocar nossos instrumentos e todas elas querem atenção. Eu acho que já superei isso com a minha banda anterior, por isso que eu fiz um esforço de me preocupar o mínimo possível com Direct Hit além de escrever canções cativantes e ter bas gravações delas, para ouví-las quando eu estiver velho e chato.

Angélica (TMDQA!): Como foi que surgiu essa parceria com a Death to False Hope Records e como você vê o futuro da banda agora?

Nick Woods (Direct Hit!): Um dos caras que comandam o selo, me mandou um e-mail do nada dizendo o quanto ele havia gostado dos EPs “#3” e “#4” e aí me perguntou se ele poderia ajudar a fazer com que eles [os EPs, obviamente] entrassem também no cérebro de algumas outras pessoas. Nós não disponibilizamos os nossos materiais antigos para as pessoas fazerem download por um monte de razões diferentes, então eles acabaram oferecendo ajuda só para o EP “#4”, já que ele é o mais novo.

Já em relação a segunda parte da sua pergunta, de proprósito, eu não tento enxergar o futuro da banda. Tentar conseguir algum tipo de objetivo a longo prazo, tornaria o Direct Hit um trabalho e eu já tenho um desses, então não preciso de outro. É muito mais fácil para nós, escrevermos as músicas quando não estivermos estressados por não ter conseguido atingir um certo ponto de nossas “carreiras”, num determinado tempo. Eu aprendi isso por um caminho mais difícil, ao ver que pensar na música desse jeito, faz com que ela seja totalmente chata.

Angélica (TMDQA!): Quais são as suas inspirações para as letras?

Nick Woods (Direct Hit!): Acho que fazer essa pergunta pra mim é a mesma coisa que perguntar para o Jerry Bruckheimer ou Michael Bay, como que surgem as ideias para os seus filmes. Eu acho os filmes deles desastrosos, mas eu posso simpatizar com algo escrito apenas para ter o valor absoluto de entreter, porque é assim que eu faço as letras. Eu propositalmente não tento fazer uma declaração sobre qualquer tipo de filosofia ou sobre a verdade mais profunda, porque eu sempre escutava música para escapar desse tipo de pensamento. Enquanto eu não souber a verdadeira inspiração por trás de suas músicas, quase posso garantir que Glen Danzig [Misfits] ou não estava tentando fazer algum tipo de afirmação sociopolítica tão grande quando ele ou quem quer que seja que escreveu “Teenagers From Mars”. Eu venho dessa mesma escola, por sinal – é muito mais divertido e empolgante ouvir um música sobre zumbis ou aliens ou assassinato ou festas, do que ouvir algum idiota falando sobre a guerra no Iraque. Essas são questões importantes, eu acho, mas eu posso ouvir essa merda no canal CNN. Eu não preciso ouví-las enquanto eu estiver tentando ficar extasiado antes de um jogo dos Brewers [equipe profissional de baseball, de Milwaukee] ou algo do tipo.

Angélica (TMDQA!): Quando você começou a tocar guitarra e quem foi que te influenciou a fazer isso?

Nick Woods (Direct Hit!): Eu acho que eu tinha uns 12 anos – Minha mãe comprou uma guitarra pra mim, porque ela achava que poderia me manter longe das drogas e também porque eu escutava muito Metallica.

Angélica (TMDQA!): Quais são as suas maiores influências e de que forma você as trouxe para o som da banda?

Nick Woods (Direct Hit!): Andrew WK, The Ramones, Bruce Springsteen e Green Day são realmente quatro artistas/bandas que eu gostaria de fazer com que o Direct Hit se parecesse no começo. Mas para te falar a verdade, as partes que eu escrevo são mais influenciadas pelo Top 40 [um portal musical da internet, que tem 49 paradas musicais de 25 paises e mais de 26.000 musicas registradas] do que outra coisa. Mas eu não posso falar pelo resto da banda – eu vou ensaiar com uma estrutura de uma canção escrita, mas todo mundo escreve as suas próprias partes e rascunhos a partir de um conjunto completamente diferente de influências do meu. Robbie gosta mais de coisas técnicas e músicas estranhas como Lightning Bolt e Daughters, considerando que eu acho que o Mike tende a ser influenciado mais pelo pop-punk moderno. Danny e Alex tem seus favoritos também que provavelmente são muito diferentes dos meus. E tenho certeza que isso influencia o modo como eles vêm com suas partes de músicas, mas aí você teria que perguntar pra eles. Só posso falar por mim. Posso dizer que todos nós temos um respeito por melodias cativantes, tocadas bem. O compromisso entre nós sobre o que isso significa, é exatamente o que faz o nosso som.

Angélica (TMDQA!): Você gostaria de dividir o palco com quem? E como é dividir o palco com bandas como Black For a Second e The Manix?

Nick Woods: Eu ficaria extremamente feliz se tocasse com o Slayer. Ou o Jay-Z. Um dos dois. Embora isso provavelmente nunca vá acontecer. Mas é muito mais legal fazer shows com os nossos amigo, como esses dois grupos que você citou. Você pode se dar ao luxo de ter um apagão antes de tocar, sem se sentir como um total e completo perdedor, quando você acordar com todo o mobiliário da sala de estar empilhado em cima de seu corpo desmaiado.

Angélica (TMDQA!): Antes do Direct Hit você teve quais bandas? Eu sei que você toca guitarra com The Saltshakers (que também é sensacional), mas eu não sei quem nasceu primeiro. E além desses dois, você tem outros projetos?

Nick Woods (Direct Hit!): Todos nós temos projetos paralelos ao Direct Hit. Danny e Robbie tocam juntos, só bateria e baixo, num grupo que eles chamam de Johnny’s Goin Heavy. Danny também toca bateria com o Bust! às vezes. Robbie e eu temos feito uma brincadeira por aí, com dois baixistas e um baterista e chamamos de La Tenia. Alex tem um projeto solo que inclusive, ela vem trabalhando nele há um bom tempo. Mike tem outra banda chamada The Latchkey Kid. E como você disse, eu toco guitarra com um grupo chamado The Saltshakers. Eu acho que todos nós iríamos pirar se só pudessemos tocar em uma banda por vez. Eu já fiz isso por cinco anos com meu outro grupo e tem sido incrível não me limitar a um só projeto.

Angélica (TMDQA!): Espero poder ver um show do Direct Hit algum dia. Mas até esse dia chegar, me conte como são os shows. Vocês fazem algum cover, alguma versão ou só mesmo tocam o trabalho autoral?

Nick Woods (Direct Hit!): Nada além de coisas próprias. Aprender as músicas dos outros é mais difícil do que fazer as suas próprias.

Angélica (TMDQA!): O que você sabe sobre o Brasil? Suponho que quase nada, né? hahaha

Nick Woods (Direct Hit!): Sei porra nenhuma do Brasil, com execão de que nós temos algumas pessoas mandando recados dizendo o quão incrível o seu país é. Compre passagens de avião pra nós e estaremos chegando aí amanhã.

Angélica (TMDQA!): E por último, eu preciso perguntar isso: Você é de Wisconsin… Você assistiu That ’70s Show? Digo, você gosta? Porque na minha opinião, foi o melhor programa de TV que eu já vi!

Nick Woods (Direct Hit!): hehe, Eu assisti até a reprise. A Mila Kunis é gostosa demais.

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