Resumo da semana - 20 a 27 de junho

Veja os melhores posts da última semana!



Queens Of The Stone Age

O Queens Of The Stone Age vai relançar o seu segundo álbum de estúdio, “Rated R” (de 2000), em uma edição dupla e especial neste ano, conforme já havíamos postado aqui com aquela riqueza de detalhes que já é de costume. E ontem, detalhes finais foram revelados.

A versão deluxe de “Rated R”, intitulada “Rated RX” será lançada no dia 3 de agosto via Interscope, em CD duplo. O primeiro disco – logicamentte – trará a tracklisting original do álbum e já o segundo disco trará B-sides e faixas ao vivo da apresentação da banda no Reading Festival 2000.

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Tracklisting:

Disco 1

01. “Feel Good Hit Of The Summer”
02. “Lost Art Of Keeping A Secret”
03. “Leg Of Lamb”
04. “Auto Pilot”
05. “Better Living Through Chemistry”
06. “Monsters In The Parasol”
07. “Quick And To The Pointless”
08. “In The Fade”
09. “Tension Head”
10. “Lightning Song”
11. “I Think I Lost My Headache”

Disco 2

01. “Ode To Clarissa” (B-side)
02. “You’re So Vague” (B-side)
03. “Never Say Never” (B-side)
04. “Who’ll Be The Next In Line” (B-side)
05. “Born To Hula” (B-side)
06. “Monster In The Parasol” (Reading Festival 2000)
07. “Feel Good Hit Of The Summer” (Reading Festival 2000)
08. “Regular John” (Reading Festival 2000)
09. “Avon” (Reading Festival 2000)
10. “Quick And To The Pointless” (Reading Festival 2000)
11. “Better Living Through Chemistry” (Reading Festival 2000)
12. “Ode To Clarissa” (Reading Festival 2000)
13. “The Lost Art Of Keeping A Secret” (Reading Festival 2000)
14. “You Can’t Quit Me, Baby” (Reading Festival 2000)
15. “Millionaire” (Reading Festival 2000)

O álbum já está disponível na pré-venda no site Amazon. Clique aqui para garantir a sua cópia.

No facebook do Queens of the Stone Age, foi postada a seguinte imagem da arte do álbum, mostrando que de fato o lançamento ocorrerá:

Enquanto isso, nenhuma informação sobre o relançamento do disco homônimo [esperado há dois anos] e do novo DVD ao vivo gravado na Europa (veja o lindo trailer aqui).

Assista ao vídeo de “Lost Art Of Keeping A Secret”, um dos singles do “Rated R”.

DEVO

Conforme prometido, o DEVO dá sequência ao seu reality show e posta o vídeo dois da série “DEVO Makes Something For Everybody”, que mostra como surgiu toda a ideia do seu novo álbum, “Something For Everybody” (veja detalhes aqui).

E claro, nós do Tenho Mais Discos Que Amigos! vamos sempre divulgar os vídeos para vocês e para que também o site BR PRESS possa copiar a matéria, mas das próximas vezes dando os devidos créditos, já que o fato não ocorreu com o post a seguir:


Post do TMDQA!



Post do BR Press

O primeiro vídeo mostra que gravadora quer trazer o Devo para o nosso século XXI, alegando que a banda está fora da mídia em geral. Nele, ainda é revelado o motivo das máscaras cinzas adotadas pelo DEVO. Para assistir ao primeiro capítulo, clique aqui.

O segundo vídeo mostra os primeiros passos dados pela gravadora Warner Bros. e pelo DEVO Inc. (empresa fictícia liderada por Greg Scholl) para fazer com que a banda comece a ficar na mídia. Mostra também como surgiu a ideia de contratar o consultor de pesquisas da Mother LA, Jacob (aquele loirinho do Song Study), para ajudar a empresa entender o que as pessoas gostam e para ajudar atrair mais fãs para o DEVO. É só clicar na imagem para assistir.

Mastodon



Após o lançamento do elogiadíssimo “Crack The Skye”, no ano passado, o Mastodon vai lançar um EP com músicas escritas especialmente para a trilha sonora do filme Jonah Hex. É a primeira vez que a banda participa desse tipo de projeto. A ideia foi sugerida pelo diretor do filme, Jimmy Hayward, que é tão fã da banda que escreveu o roteiro do filme ouvindo o segundo álbum dos caras, “Blood Mountain”, de 2006. O EP vai sair com quatro músicas inéditas, e duas versões alternativas para duas delas:

1. Death March (film version)
02. Clayton Boys (film version)
03. Indian Theme (film version)
04. Train Assault (film version)
05. Death March (alternate version)
06. Clayton Boys (alternate version)

A trilha sonora será lançada na próxima terça-feira, dia 29 de junho, mas Jonah Hex só estreia no Brasil no dia 20 de agosto.



Big Four (Metallica, Slayer, Anthrax e Megadeth)

Quatro das maiores bandas de metal do mundo tiveram uma bela ideia: reunir-se para shows gigantescos, em lugares lotados, cheios de metaleiros ensandecidos com um dos maiores espetáculos que eles podem oferecer.

Metallica, Anthrax, Slayer e Megadeth embarcaram nessa turnê e o primeiro show acabou de acontecer na Polônia, para um público de 81.000 pessoas e o baixista do Megadeth, David Ellefson disponibilizou algumas fotos e deu depoimento para o site da Roadrunner Records.

Ellefson disse que o Anthrax soou bem demais com a volta de Joey Belladona nos vocais, que o Slayer fez o de sempre e aniquilou o lugar e que o Metallica e seu público de quase 100.000 pessoas (na verdade eram 81.000) fizeram com que estar ali fosse uma experiência espetacular.

Além disso, ele ainda confessou que esse é um sonho das 4 bandas se tornando realidade.

O próximo show da série será na Suíça e você pode encontrar mais detalhes e fotos aqui.

Pra completar, no vídeo abaixo você vê as 4 bandas juntas tocando “Am I Evil?” do Diamond Head, e segundo o próprio vocalista do Metallica, James Hetfield, diz no vídeo, a história está sendo escrita.

Assista:


NOFX

A Fat Wreck Chords acabou de anunciar o mais novo lançamento da maior banda de seu catálogo, o NOFX.
Trata-se de “The Longest EP”, coletânea que trará 30 músicas presentes em EPs da banda, raridades e sobras.

A capa do disco faz uma clara menção a um desses EPs, o “The Longest Line”, só que dessa vez com vários personagens da história da banda, ao invés de figuras importantes, todos desenhados pelo mesmo cara que fez a capa do EP citado.

Se liga na tracklisting:

1. The Death of John Smith
2. The Longest Line
3. Stranded
4. Remnants
5. Kill All the White Man
6. I Wanna Be an Alcoholic
7. Perverted
8. My Name Is Bud
9. Hardcore 84
10. War on Errorism Commercial
11. 13 Stitches (Acoustic)
12. Glass War
13. Jaw Knee Music
14. Concerns of a GOP Neo-phyte
15. Golden Boys
16. You’re Wrong
17. Everything in Moderation (Especially Moderation)
18. I’m Going to Hell for This One
19. I’ve Become a Cliché
20. Cokie the Clown
21. Straight Outta Massachusetts
22. Fermented and Flailing
23. Codependence Day
24. My Orphan Year (Acoustic)
25. S&M Airlines (7” version)
26. Dueling Retards
27. On the Rag
28. A200 Club
29. Shut Up Already
30. The Punk Song

O disco sai dia 17 de Agosto em CD e LP duplo.
O aviso do lançamento talvez tenha sido adiantado, já que Fat Mike, baixista e vocalista da banda, acabou de criar uma conta no twitter e colocou como pano de fundo justamente a capa do disco.

Uma informação importante dada pela Fat Wreck é que todos os EPs que estão sendo resgatados nesse lançamento serão colocados fora de catálogo, ou seja, se você não possui o “The Longest Line”, “Bottles To The Ground”, “The P.M.R.C. Can Suck On This”, entre outros, corra porque eles não serão mais fabricados.


O Rufio anunciou o nome, a data de lançamento e a capa do novo álbum da banda. “Anybody Out There” vai ser lançado em 27 de julho, e é o primeiro álbum do grupo desde “The Comfort Of Home”, de 2005. A arte do disco é essa que você vê na peça promocional acima.

O último material inédito da banda, que havia anunciado o término em 2007, foi o EP “The Loneliest”, em janeiro deste ano.



AC4

AC4 é o mais novo projeto de Dennis Lyxzén e David Sandström, mais conhecidos como vocalista e baterista do grande Refused, respectivamente.

A banda toca hardcore old school e conta com a sempre entusiasmada performance de Lyxzén em seus shows, talvez por isso exista tão grande expectativa sobre esse disco.

“AC4″ está sendo lançado via Deranged Records apenas e tão somente em discos de vinil, e conta com 15 faixas. Repare em nomes como “Fuck The Pigs”, “Coptown” e “Pigs Lose” que a raiva está presente no coração do quarteto sueco.

Se liga na tracklisting:

  1. detonate
  2. were are the kids
  3. i wanna go
  4. the same fight
  5. assassination
  6. fuck the pigs
  7. i can do it
  8. bow down
  9. it catches up
  10. my condition
  11. pigs lose
  12. over in a second
  13. let’s go to war
  14. coptown
  15. this is it

O link para comprar o disco é esse aqui.

Em uma notícia relacionada, Dennis Lyxzén conversou com a revista Exclaim sobre o relançamento Deluxe de “The Shape Of Punk To Come” do Refused, e falou sobre porque o Refused nunca irá voltar e como a ideia de relançar o disco foi se moldando.

Entre outras coisas, Lyxzén diz que não há chances do Refused voltar porque há muitos aspectos envolvidos em um possível retorno, e até compara sua ex-banda ao Minor Threat, que nunca voltou, dizendo que “às vezes a lenda é melhor que a coisa de verdade”.

Sobre o relançamento do disco, ele diz que quando a Epitaph se propôs a fazê-lo, ele fez questão de adicionar material bônus ao lançamento, para que valesse mais a pena e as pessoas realmente tivessem vontade de comprá-lo, e que se o disco não fosse relançado em vinil, nem era para fazê-lo.

Leia a entrevista completa aqui.

Rise Against


O Rise Against foi a 15ª banda a participar do projeto A.V. Club Undercover, que apresenta 25 bandas fazendo 25 covers de diversos sucessos do pop e do rock. As versões são escolhidas pelas bandas a partir de uma lista definida pelo A.V. Club, e o Rise Against fez bonito: escolheu “Sliver”, do Nirvana. Assista ao cover abaixo:


Rise Against covers Nirvana

Além do Rise Against, bandas como Ted Leo & The Pharmacists e Motion City Soundtrack já participaram do projeto.



Samwell / Josh Homme

Assim de nome você pode até não reconhecer Samwell. Mas provavelmente já deve ter escutado o mega hit “What What (In the Butt)” ou visto algum emoticon com o seu rosto no MSN Messenger. Se não, preste bem atenção no vídeo abaixo pois os próximos segundos mudarão a sua vida. E antes de mais nada, deixamos claro que o Tenho Mais Discos Que Amigos! não irá se responsabilizar pelos leitores que sofrem algum trauma com isso.

Esse vídeo; essa música fez com que Samwell se tornasse o mais novo melhor amigo da família Homme, conforme a própria Brody Dalle (esposa do frontman do Queens of the Stone Age e Them Crooked Vultures, Josh Homme) publicou no seu twitter há poucas semanas.

Ironias à parte, parece que o chefão Homme quis demonstrar toda essa “admiração” que sua família sente pelo incrível Samwell e resolveu gravar um dueto acústico desta harmoniosa, belíssima e cativante canção no programa “Tosh.0“.
O resultado, que foi televisionado no dia 16 de junho e que conta também com a participação especial do apresentador do programa, Daniel Tosh, dando um brilho a mais na performance da música, você confere a seguir.

Dead Fish / Mukeka Di Rato

A volta da Polysom no Brasil, que marca o reinício da era de fabricação de discos de vinil no país contou com títulos de Pitty, Cachorro Grande, Fernanda Takai, Nação Zumbi, entre outros.
O primeiro compacto em 7 polegadas dessa nova safra é das bandas capixabas de hardcore Dead Fish e Mukeka Di Rato.

O split conta com 2 faixas de cada banda, e arte toda inspirada em artistas bregas dos anos 70, como você viu aqui no TMDQA!, feita por ninguém menos que o prolífico Fabio Mozine, o baixista do Mukeka, líder do Merda, dono da Laja Records entre outras atividades que não mencionaremos aqui.

A arte do disquinho ficou realmente legal, já que retrata bem a fonte de inspiração tomada como base e ficou com cara de disco velho. Gostei também do selo central do disco, que também me lembrou lançamentos tradicionais no formato.

O lado negativo é que não há encarte algum, nem mesmo uma folhinha simples com as letras e informações técnicas, que já faria diferença e agregaria valor ao produto final.

As faixas do Dead Fish são sobras de estúdio das sessões de “Zero E Um” e “Um Homem Só”, e já haviam sido lançadas anteriormente em coletâneas virtuais da Deck, mas aqui ganham o primeiro lançamento em formato físico, enquanto as 2 músicas do Mukeka Di Rato ficaram de fora do disco “Carne” e foram lançados apenas como bônus na versão japonesa do álbum, sendo também inéditas aqui em terras brasileiras.

Fique ligado que em breve vai pintar uma promoção bem bacana com essas bandas por aqui.

Clique nas fotos para ampliá-las



Há algum tempo atrás eu tive a oportunidade de conhecer um dos mais interessantes nomes do Black Metal Nacional, a Vinterthron, que lançou em 2008 o seu álbum “Reign Ov Opposittes” em CD digipack de luxo e em LP 12” e 180 gramas. Leia na entrevista a seguir com M. que nos fala de temas como a composição do álbum, as letras da banda e os próximos lançamentos.

Tenho Mais Discos Que Amigos – A Vinterthron iniciou seus trabalhos em 2004 com vários membros oriundos de importantes bandas do cenário metal nacional. Como foi o nascimento do grupo e a escolha pelo Raw Black Metal?

M – Na realidade o nome Vinterthron foi criado em 2007 que foi o ano de seu nascimento como banda de verdade, pois antes levava o nome ANCIENTBLOOD (2001), onde era apenas um projeto no qual eu gravava todos os instrumentos sozinho e lançava materiais sem qualquer compromisso ou contrato com selos e distribuidoras. Esse Black Metal direto, simples e minimalista sempre fez parte dos meus trabalhos como uma espécie de diretriz, porém obviamente não foram em todas as bandas que tive a oportunidade de ter um foco tão grande nessa linha de composição. Foi uma escolha natural! Com o Ancientblood/Vinterthron sendo algo mais descompromissado, fiquei extremamente livre e encorajado para fazer o tipo de som que eu realmente queria! Underground, crú, sujo e com aquele clima de “má-produção” presente nas gravações das bandas de Black Metal da escandinávia do início dos anos 90.

TMDQA – Quais são as principais influências de vocês? Li críticas que os comparam ao Darkthrone antigo, vocês concordam com isso?

M – Tenho bastante influência do velho e bom Darkthrone e Burzum, então devo concordar com o que as críticas dizem. Essas são nossas principais influências eu diria, mas eu poderia ainda citar bandas como o Bathory, Mayhem e Immortal, além também de alguma influência que vem do nosso gosto pelo Thrash Metal alemão e americano dos anos 80.

TMDQA – Porque o nome Vinterthron?

M – Como já disse no começo da entrevista, o nome anterior era ANCIENTBLOOD, que significa “sangue antigo” – uma referência explícita e direta aos primórdios do Black Metal escandinávo. Porém muitas pessoas estavam ligando o nome a uma conotação racista, além de termos encontrado outras bandas com o mesmo nome lá fora. Tudo isso acaba dificultando um pouco o trabalho, então quando houve a possibilidade de tornar este projeto uma banda de verdade, acabamos optando por também fazer a mudança de nome. VINTERTHRON é um nome germânico e significa “Trono Invernal”. Optamos por este nome pois todos da banda estão muito ligados ao clima invernal passado pelas antigas bandas de Black Metal, como também por termos algumas raízes germânicas em nossas famílias. Então dentre a lista foi o que melhor soou e se encaixou na proposta.

TMDQA – Quando pessoas não ligadas ao meio Black Metal tem algum contato com músicas desse gênero, costumam pensar que todos são idólatras do Satanismo. Por favor, fale um pouco sobre as letras do Vinterthron e também da relação do satanismo com a música de vocês.

M – Não considero o Vinterthron uma banda satânica. Temos sim em nossas letras elementos calcados na base do satanismo moderno, no qual a palavra “Satã” representa revolta e oposição! Temos uma visão bastante pessoal sobre isso e acreditamos que a palavra “Satã” represente apenas uma linha de pensamento na qual nos motiva a se opor contra qualquer dogma do cristianismo ou religião falida equivalente. Somos uma banda exclusivamente anticristã tentando alertar as mentes mais abertas a terem suas próprias escolhas sem se ajoelhar a qualquer entidade religiosa. Nossas letras falam disso através de uma atmosfera apocalíptica de guerra, terror e aniquilação do vaticano!!!

TMDQA – O álbum “Reign Ov Opposites” impressiona pela qualidade e maturidade de suas composições. A sonoridade crua e as vezes depressiva das músicas chama a atenção. Como foi o processo de composição do disco?

M – Sempre procuro fazer tudo “ao vivo”. Gosto de ter essa liberdade na hora de gravar e é geralmente como é feito! Entro em estúdio com algumas idéias de bases e batidas, faço todos os experimentos e procuro sempre manter o mais simples e direto possível, sem colocar obstáculos na criatividade. 80% das músicas nascem no estúdio na hora de gravar! É quase como um improviso e soa bastante natural, o que é importante pra mim. Então tudo isso varia de acordo com meu estado de espírito e claro, influências de bandas que eu esteja ouvindo naquele período. A única coisa que temos realmente 100% finalizado antes de entrar no estúdio são as letras.

TMDQA – Quanto tempo o álbum levou pra ser gravado? Fale-nos um pouco do processo de Gravação.

M – Geralmente o processo já no estúdio é bem rápido. Em torno de 30h divididas em 3 ou 4 dias de gravação, sem contar com a parte de mixagem e masterização que é feita a parte disso.

TMDQA – “Reign Ov Opposites” saiu em CD digipack e em Vinil 12″ 180 gramas com uma arte gráfica muito bonita e ainda com um poster. Todo o material impressiona pela qualidade e esmero. Vocês lançaram o álbum nesses formatos pensando nos audiófilos?

M – Sinceramente não lançamos música para essa nova era de consumo via Itunes. Claro que entendo que é uma “evolução” e também tem seus pontos positivos, principalmente para as bandas e público no quesito “promoção” e “divulgação”, mas nosso foco sempre foi fazer material físico, de grande qualidade, e nos dias de hoje tentando chamar a atenção oferencendo um material diversificado. Temos nosso álbum sendo vendido no Itunes e outras lojas virtuais de mp3, não vejo problema nisso visto que nos EUA e Europa realmente esse mercado tem tido retorno. Não sendo download ilegal já está muito bom!

Mas o que você fala na pergunta é uma grande verdade. Fazemos isso para quem realmente aprecia ter o material em mãos, colecionar, sentir o cheiro e tudo mais. Eu sou doente e certamente como o título do blog também tenho mais LPs do que amigos. Sou daqueles que tem 6 versões diferentes de um mesmo álbum e que preza pela qualidade do material, seja ele em CD ou Vinil. Por sorte tivemos uma grande parceria com a Ashen Productions e a Novus Ordo Diabolum, ambas da Austria, que nos proporcionou esse lançamento nesses diferentes formatos com grande qualidade. Aqui no Brasil infelizmente é muito improvável de se conseguir uma qualidade desse tipo em um lançamento underground e esse inclusive é um dos maiores motivos por estarmos assinados com um selo do exterior. Prefiro não ter uma boa distribuição do álbum no meu próprio país, do que te-la num formato monótono e sem qualidade.

TMDQA – Em que países “Reign Ov Opposites” foi lançado? Quais selos/gravadoras estão trabalhando com vocês nesse momento?

M – Foi lançado apenas na Europa em CD, Digipack e LP. Com distribuição nos EUA e no Brasil através da Höllehammer. Atualmente nosso selo principal é a Ashen Productions da Austria.

TMDQA – Vemos que a venda da música em formatos físicos tem caído constantemente, principalmente por conta da transferência de arquivos pela internet. Porém, a impressão que tenho é que fãs de metal continuam comprando os formatos físicos dos álbums. Vocês percebem isso também?

M – Tenho a impressão de que já foi pior, mas obviamente ainda é enorme o número de pessoas que fazem o download ilegal de material pela internet. Posso estar enganado, mas sinto que a cada ano mais e mais fãs de metal tem se conscientizado em relação a isso e priorizado a compra de material físico e legalizado. Claro que existe uma parcela de pessoas que nunca deixou de comprar, que é o meu caso e imagino que também o seu, e é isso que faz do Metal um gênero de música tão interessante, principalmente quando se trata de metal extremo no meio underground. Existe realmente uma valorização maior pelo material físico, pelas raridades, cópias limitadas e especiais… É um público fiel e isso é muito bom! Eu vejo certo tipo de pessoa se gabando por ter 3 HDs de 1TB cada cheios de Mp3 ou aquelas que até gostam de ter o físico, mas pirata, aquele queimado em CD-R, feito na gráfica da esquina, feio, de mau gosto, com vida útil de 10 tocadas. Eu simplesmente não entendo essa gente! Uma outra coisa que é importante deixar clara… Eu estaria sendo hipócrita de dizer que eu não baixo material na internet, claro que eu baixo. Mas pra conhecer e saber se eu realmente gostaria de ter tal material. Quando gosto a primeira coisa que faço é reservar um dinheiro para a compra do mesmo quando possível. Visto desta forma, a internet nos ajuda e muito. Quantos de nós, alguns 15 anos atrás, já não investiu em um LP sem conhecer o som e se decepcionou com o material? Muitos!!! Resumindo… Existem os pontos positivos e negativos de toda essa “revolução” musical na era da internet, mas o verdadeiro Metal está sempre acima de todas as barreiras, moda ou qualquer tipo de ditadura musical nos dias de hoje.

TMDQA – Vocês disponibilizaram um material especial em Fita-K7. Sei que no Black Metal é comum ocorrerem lançamentos nesse formato. A procura por esse tipo de material ainda é grande?

M – Na realidade esse material em K7 ainda não foi lançado, mas existem planos da própria Ashen Productions fazer o lançamento daqui alguns meses. Também como o viníl, apesar de estar retornando, a procura de K7 infelizmente é muito pequena, principalmente aqui no Brasil. Lá fora o LP e K7 no meio underground metal nunca deixou de existir, esteve sempre presente todos esses anos!

TMDQA – Como estão as vendas de “Reign Ov Opposites” até o momento?

M – Aparentemente muito boas! Aqui no Brasil já se encontra esgotado, a não ser camisetas e o LP que ainda tem algumas cópias disponível. Não temos muito controle sobre o que acontece fora do Brasil, mas segundo os selos o material tem recebido ótimas críticas e está sempre saindo.

TMDQA – E as tours. Algo agendado? Como estão sendo os shows? Já tocaram fora do Brasil?

M – Não somos uma banda que toca ao vivo. Cada um de nós tem sua própria vida profissional estabilizada, família, além de estarmos separados entre estados, então uma reunião para ensaios, pensando em ser uma banda ativa, é quase nula.

TMDQA – Alguma idéia para o lançamento do próximo álbum?

M – Estamos com 80% das idéias para o próximo álbum em andamento, mas creio que só para 2011 é que teremos condição de entrar em estúdio. O nome será “Devilution Heritage” e sairá novamente pela Ashen Productions.

TMDQA – O que mais podemos esperar da Vinterthron?

M – Temos um material “raro” retirado de gravações de ensaios ao vivo, pré-produções e músicas não usadas guardadas desde a época do Ancientblood. Algo direcionado as pessoas que realmente gostam da banda, pois é um material que não terá uma grande qualidade de produção, propositalmente. Esse material está sendo editado em CD pela Ashen Productions e tem previsão de lançamento no outono europeu, por volta de setembro/outubro aqui no Brasil.

TMDQA – Quero agradecer por essa entrevista e dizer que admiro muito o trabalho de vocês. Espero que a Vinterthron tenha vida longa e que nos brinde ainda com muitos lançamentos.

M – Eu que agradeço pelo espaço, suas palavras e apoio a música do Vinterthron. Muito obrigado!

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