Resenha do show do <b>Millencolin</b> em Curitiba

Veja como foi o show do <b>Millencolin</b> em Curitiba, tocando o <b>"Pennybridge Pioneers"</b>, disco mais importante da banda, do começo ao fim. Veja ainda fotos exclusivas da apresentação.


Foto por Venâncio Filho

Curitiba é conhecida como uma daquelas cidades que esvazia nos feriados, onde a maioria da população vai pra praia mais próxima e esquece da Terra por alguns dias.
Não parece ter sido o caso com o feriado de 15 de Novembro e o show do Millencolin que rolou nessa Sexta, dia 12/11 no Curitiba Master Hall.
Com uma casa quase lotada, o público curitibano recebeu o quarteto sueco de forma enlouquecida assim que o baterista Fredrik Larzon subiu ao palco e começou a tocar seu instrumento enquanto o resto da banda ia entrando aos poucos.

A turnê atual da banda é especial e comemorativa de 10 anos do “Pennybridge Pioneers”, o disco mais importante da carreira dos caras e um dos essenciais na história do punk rock mundial. É quase impossível que alguém envolvido com o estilo não tenha ouvido alguma das grandes músicas do álbum, como “No Cigar”, “Fox” ou “Penguins And Polarbears”.

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Para celebrar a data a banda resolveu tocar o disco todo, de cabo a rabo e na ordem original nesses shows especiais.

A banda foi entrando no palco aos poucos e assim que estava completa lá em cima eles começaram “No Cigar”, para delírio de todos os presentes que ficaram ainda mais empolgados com a queda do bandeirão atrás do palco com o logotipo da banda para revelar outro bandeirão com a arte do disco homenageado.
Essa talvez seja uma das maiores músicas de toda a carreira do grupo, e foi berrada pelos mais de 2.000 presentes com todas as suas forças.

E foi justamente a participação do público a característica mais marcante do show, já que foi impressionante ver 99% dos presentes cantando as letras de cada uma das 14 músicas que compõem o disco e o setlist da apresentação. É de se respeitar qualquer banda que tenha em seu currículo um trabalho que proporcione esse tipo de reação.

Parando muito pouco entre cada uma das faixas, em alguns momentos até fiquei com a impressão que a banda queria passar logo pelo Pennybridge para tocar outras músicas de fases diferentes da banda, já que interrupções eram raras e uma música era colada na outra.

Os guitarristas Mathias Färm e Erik Ohlsson pareciam empolgadíssimos, pulando pra lá e pra cá e dando chutes ninja no ar, enquanto o baterista Fredrik Larzon e o vocalista Nikola Sarcevic eram mais contidos.


Foto por Venâncio Filho

A última música do show não poderia ser outra, “The Ballad”, que encerra também o disco e contou com Nikola tocando violão, o público cantando a letra em uníssono e a banda entrando novamente aos poucos, com seus instrumentos exatamente como na versão original da música no disco.

Após a música a banda fez a famosa pausa e voltou avisando que iria tocar músicas mais antigas, dos discos “Life On A Plate” e “For Monkeys” principalmente.

Assim que começaram a tocar “Story Of My Life” o bandeirão caiu novamente para revelar outro com um logotipo da banda. Músicas como “Lozin’ Must” relembraram os velhos tempos do quarteto, ao final dos anos 90, que antecederam o Pennybridge Pioneers e fizeram com que o Millencolin começasse a ser conhecido fora da Suécia, sua terra de origem.

É importante ressaltar aqui que apesar da empolgação do público presente, que deu show, a banda parecia um tanto quanto mal ensaiada ou cansada, e praticamente todas as partes que tinham performances solo acabaram deixando a desejar.
Esse foi o ponto negativo do show e comentário geral entre a maioria das pessoas após a apresentação, principalmente quem tem visto os vários shows internacionais que têm acontecido no Brasil ultimamente, quem lida diretamente com música e quem viu a apresentação do próprio Millencolin há alguns anos atrás aqui mesmo no país.

Voltando ao show, após mais uma pausa a banda voltou ao palco com novo bandeirão de fundo e tocando mais hits da banda como a mais que conhecida “Bullion”, o último ponto alto do show que contou inclusive com um circle pit gigante na plateia.


Foto por Venâncio Filho

Ao final do show fiquei com o sentimento que a celebração daquela noite havia sido o público assistindo um dos discos mais importantes na formação musical da maioria dos presentes tocado do início ao fim, mas que poderia ter sido melhor executada se a banda tivesse se preparado um pouco mais para o show.

Parabenizo a XLiveMusic por trazer o show ao país pois acho louvável e importantíssimo que uma turnê comemorativa dessas passe pelo Brasil e que nós, fãs desse álbum histórico, tenhamos a oportunidade de ouvi-lo de quem o criou.

Veja mais fotos exclusivas do show no Facebook da 3pz! Magazine, clicando aqui.

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