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Resenha: <b>Millencolin</b> no Rio de Janeiro

Confira tudo o que aconteceu durante o show do <b>Millencolin</b> no Rio de Janeiro e também leia como foram os shows de abertura, feitos pelo <b>Fistt</b> e <b>Phone Trio</b>.

Resenha completa sobre o show do Millencolin no Rio de Janeiro
Resenha completa sobre o show do Millencolin no Rio de Janeiro

Esta foi a quarta passagem do Millencolin pelo Brasil. Até então, a mais recente havia sido em 2008, mas o curto espaço de tempo até o novo retorno do grupo ao país, aparentemente não fez a mínima diferença.
Com casa cheia, uma das bandas mais influentes do hardcore e hardcore melódico deram a todos os presentes na Fundição Progresso um show realmente memorável.

Fotos por Bruno Baketa.

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O Fistt, banda de paulistas de Jundiaí, fez um ótimo show, mas infelizmente não se livrou do carma de tocar para um público pequeno por ser a primeira banda de abertura (e ainda foi um tanto quanto cedo numa noite chuvosa de sábado).
Muito simpáticos, os membros da banda conversaram um pouco com o público sobre futebol (chegaram até a aparentemente cantar o hino do Paulista de Jundiaí) antes de nos apresentar ao Xande, o novo baterista da banda, que fazia ali a sua digníssima estreia.
Antes de fecharem o setlist com “Menininha“, mais brincadeiras: “A gente agora vai tocar nossa última música. Banda de abertura tem que tocar 20min, dizer obrigado e ir embora“, declarou o baixista e vocalista F. Nick. Ele também destacou a importância do evento: “Daqui a pouco acabou hardcore e só vai ter pagode. Por isso prestigiem a cena.
A banda deixou o palco com o mesmo clima divertido do show, falando “Agora vamos beber, né?“.

 

O Phone Trio subiu no palco quase que pontualmente. Passados alguns minutinhos, o show então começou com “Fangs and Kalashnikovs“, após o grito eufórico de algum fã que anunciava [pela plateia] a banda.
Sal, o guitarrista e vocalista, contou que este era um “show especial, porque a gente parou de tocar em abril e daí nos ligaram perguntando se queríamos abrir pro Millencolin. Quem não quer abrir pro Millencolin?“.
O trio formado no Rio de Janeiro ainda tocou “Se Você Quiser“, do primeiro EP; “San Dimas High School Football Rules“, um cover do Ataris e “Fight For You“, uma trabalhada com Greg Hetson (guitarrista do Circle Jerks e Bad Religion) durante a turnê da banda pelos Estados Unidos.

Assim que o show do Phone Trio acabou, uma imensa cortina preta foi erguida para cobrir o palco e deixar ainda mais ansiosos os fãs do Millencolin.
Às 22:22hrs, o mesmo grupo de ansiosos então começou a cantar “Olê, Olê, Olê, Olê, Millen…Colin…“, mas nada da banda ainda. Os suecos só começaram a tocar às 22:38hrs, mandando de cara o single “No Cigar“, primeira faixa do disco que seria celebrado e tocado na íntegra naquela noite, “Pennybridge Pioneers” (que completou 10 anos em fevereiro).

O empolgado guitarrista Mathias Färm, então declarou: “Como é ótimo estar de volta ao Rio!“, para que o público continuasse fazendo sua linda festa (gritando, pulando e batendo palmas) durante “Fox“, “Material Boy” e “Duckpond“.

Antes de “Right About Now“, o guitarrista Erik Ohlsson filmou o pessoal com a câmera que estava na sua guitarra.

Dando sequência para “Right About Now” e “Penguins & Polarbears“, em “Hellman“, o público não parou por um segundo sequer. Para acalmar um pouco os ânimos do pessoal, o frontman Nikola Sarcevic resolveu conversar: “Suécia, ilha do gelo e do futebol. Vocês têm Robinho, Ronaldo… A gente tem Zlatan Ibrahimovic! Yeah!“, fazendo referência ao atacante que foi eleito o melhor jogador sueco (pela quarta vez consecutiva) pela Federação de Futebol da Suécia.

No fim de “Devil Me“, Erik pegou uma bandeira do Brasil e ficou girando-a. Enquanto isso, Mathias disse: “Quero ver todo mundo fazendo um círculo e pulando“, então mandaram “Stop to Think” (com o público obviamente obedecendo o seu pedido), “The Mayfly” e “Highway Donkey“.

O público já sabia o que viria a seguir, mas mesmo assim, Nikola apresentou Mathias ao público, que enferveceu a Fundição Progresso já ao ouvir o solo inicial de “A-Ten“.

Em “Pepper“, durante a parte onde a música fica marcada por baixo e bateria, Mathias declarou: “Nós amamos vocês, caras! Vocês comandam!“, o que bastou para que a saudação “Olê, Olê, Olê, Olê, Millen…Colin…” novamente surgisse.

Já com o violão em punho, Nikola agradeceu o carinho e chamou uma menina [bastante alegre] para cantar o refrão de “The Ballad” com ele. O roadie tentou tirá-la do palco, mas a mocinha, bastante insistente, ficou até o segundo refrão e ainda descolou uma palheta do guitarrista Erik. O público então ficou encarregado de cantar o último refrão em coro altíssimo.

Com “Pennybridge Pioneers” já tocado na íntegra, a banda então fez aquele imortal clichê de sair do palco para voltar pouco tempo depois.

Com a banda novamente no palco, Erik avisou que só tocariam músicas antigas. Então o banner no fundo do palco (que mostrava a clássica contra-capa do “Pennybridge Pioneers”) caiu e deu vez para um com o logo da banda (aquele com a caveira entre o “M” e o “C”), no instante em que mandaram “The Story of My Life“.

Antes de seguirem, Nikola conversou novamente sobre futebol, falando de Maracanã e Flamengo (nem seria preciso relatar que vaias de brincadeira – ou não – surgiram no momento).
Para acabar com o assunto e voltar o foco para o principal da noite, a música, o Millencolin mandou sem intervalo “Lozin’ Must” e “Dance Craze“, seguidas por “Vixen“, “Buzzer” e “In a Room“, quando Erik então anunciou que ouviríamos mais um casal de músicas (“Killercrush” e, com Mathias no vocal, “Mr Clean“), o que fez Nikola brincar dizendo que seria como eles dois.
No fim de “Mr Clean”, última música da “primeira etapa do bis”, o baterista Fredrik Larzon saiu do palco jogando várias baquetas para os fãs.

De volta ao palco e com a “rádio Millencolin” no banner de fundo, a banda despediu-se do público no Rio de Janeiro com “Bullion” e “Black Eye“.

No final do show, ficou a constatação daquilo que Nikola certa vez havia dito durante a noite: “Nós somos a banda mais legal da Suécia“.

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