Música

Os Melhores do Ano por <b>Isaac Moraes Neto</b>

Continuando com nossas listas dos melhores do ano, é a vez do nosso colaborador <b>Isaac Moraes Neto</b> trazer um lado mais indie ao TMDQA!

The Drums - The Drums

Dando continuidade às nossas listas de melhores do ano do TMDQA!, trazemos hoje os 10 melhores discos de 2010 segundo nosso colaborador Isaac Moraes Neto.
Já que todos os veículos especializados estão soltando as suas, também fizemos as nossas e resolvemos postá-las individualmente, para você saber o que as pessoas que fazem o Tenho Mais Discos Que Amigos! mais gostaram e ouviram durante o ano.
Aproveite para conhecer vários bons nomes e/ou relembrar discos que você ouviu durante 2010. Aqui a gente passa longe dos hypes e dá nossa opinião mais que sincera.

1 – The Drums – The Drums

Começaram bem os americanos do The Drums. O primeiro sucesso do grupo foi a música “Let’s Go Surfing”, que de acordo com o frontman Jonathan Pierce, não trata do surf em si, “é mais sobre o espírito por trás do surf”.
As batidas secas do sintetizador ou da bateria são as bases da maioria das músicas, preenchidas com a voz de Jonathan, que transforma decepções e casos falhos de amor num ritmo triste e ao mesmo tempo dançante.

2 – Best Coast – Crazy For You

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O trio de Los Angeles Best Coast é o responsável por um dos discos mais aclamados do ano, “Crazy For You”.

Falando basicamente sobre o amor (e suas mais diversas conseqüências), Beth Consentino, autora de todas as músicas do disco, exala uma sonoridade desleixada e sincera. Com um clima predominantemente litorâneo, o disco te transporta ao calor das praias e das paixões de verão.

3 – Arcade Fire – The Suburbs

Além de ser um grande disco, “The Suburbs” foi um grande projeto. Contou com apresentação ao vivo pela internet para o mundo todo, clipe com Spike Jonze, clipe em parceria com o Google Street View, LP’s com diversas capas e muito mais.

A sonoridade do grupo parece ter sido expandida, absorvendo vários outras influências, mas sem deixar de ser Arcade Fire.

4 – Janelle Monáe – The Archandroid

A grande descoberta da música negra! Um disco que mistura ritmos como jazz, funk, blues, rock psicodélico e orquestrações. Tudo isso sob um pano de fundo inspirado no clássico do cinema “Metrópolis”.
Janelle encarna a andróide Cindi Mayweather, apaixonada por um humano e fugitiva da polícia, que tenta desativá-la. As faixas vão contando sua história através dos ritmos e das letras de explosivas.

5 – Tulipa Ruiz – Efêmera

Sonoridade e arranjos bem trabalhados e a voz doce de Tulipa são os atributos necessários pra fazer desse seu primeiro disco, pra lá de efêmero. Ou como ela mesma disse em entrevista “A palavra (efêmera) em si é mais usada no sentido de momentosa, atual, do que de meramente passageira.” Até lembra Vinícius, “infinito enquanto dure”.

Na verdade, essa é a grande ironia do disco, impossível de ser ouvindo uma vez só.

6 – Karina Buhr – Eu Menti Pra Você

O trabalho solo da Comadre Fulozinha Karina Buhr, é a veia pulsante da nova música brasileira.
O disco “Eu Menti Pra Você” é a tradução da energia em música. Karina transforma suas aflições e emoções de maneira oscilante: Viaja do extremo, “Nassira e Najaf”, atravessa o coerente, “Ciranda do Incentivo”, e descansa na preguiça de estourar “Plástico Bolha”.

7 – Cibelle – Las Venus Resort Palace Hotel

A paulista Cibelle encarna em seu terceiro disco a anfitriã Sonja Khalecallon, dona de um cabaret tropical pós-apocalíptico “num pedaço de rocha flutuando pelo espaço, com a floresta em cima e o oceano escorrendo para o nada”, como ela mesma nos convida na primeira faixa do disco, “Welcome”.

Cibelle se entrega aos seus próprios desejos e decide se despir dos rótulos que pairavam nos outros trabalhos, criando algo totalmente pessoal. E por favor, “Don’t feed the monkeys”.

8 – Two Door Cinema Club – Tourist History

O trio irlandês começou ano passado com o EP “Four Words to Stand On” e desde então, carregam elogios de todos por onde quer que passam. As músicas são todas eletrizantes, com ritmos pulsantes, letras simples e de uma sonoridade singular.

Impossível ficar parado do início ao fim do disco, eletro-pop de primeira.

9 – Foals – Total Life Forever

A sensação que rodeia o segundo disco do Foals é a de imersão! Nas profundezas submarinas ou no topo do mundo, como não deixa mentir “Black Gold”. Outro detalhe das músicas são os riffs e acordes que ecoam durante as faixas, prolongando um efeito de “mantra tropical-elétrico”.
Um disco imperdível.

10 – First Aid Kit – The Big Black And The Blue

De Estocolmo, Suécia, para o mundo! Klara Söderberg e Johanna Söderberg são duas irmãs que começaram a compor e tocar violão aos 17. O primeiro EP foi lançado em 2008, e desde então, a dupla vem aparecendo em seus assistidíssimos vídeos no Youtube e em shows pelo mundo.

O primeiro disco é uma compilação de canções das irmãs registradas num violão incessante e nas vozes entrelaçadas das duas. O mais novo disco na história da folk music.

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