Resenha: <b>Anti-Flag</b> em <b>São Paulo</b>

No último sábado rolou o show da turnê dos punks do <b>Anti-Flag</b> com a abertura do <b>This Is A Standoff</b> no Carioca Club, e o <b>TMDQA!</b> esteve lá pra cobrir. Confira a resenha!

Resenha: Anti-Flag em São Paulo

Fotos por Breno Carollo e vídeos por Ivo Duran

No Sábado dia 26 rolou no Carioca Club o show dos punks do Anti-Flag com a abertura do This Is A Standoff, e eu estive lá para cobrir mais um show trazido pela Webrockers.

Ao chegar no recinto me deparei com uma surpresa. O local estava cheio, mas não lotado, bem diferente do show do Rise Against há um mês atrás, nesse dava pra andar tranquilo de um lado para o outro da casa.

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Quem ficou com a abertura foram os canadenses do This Is A Standoff, e me impressionou. Com um hardcore melódico no estilo californiano, os caras fizeram um baita show e conseguiram agitar bastante o público presente. Mesmo com um estilo diferente da atração principal, a banda agradou e conseguiu ganhar alguns fãs.

Com o fim do This Is A Standoff estava na hora da atração principal. Era a primeira vez que o Anti-Flag se apresentava na cidade e a ansiedade foi tomando conta dos presentes. Com o apagar das luzes a banda foi recepcionada aos gritos de “die for your goverment” e “the people united will never be defeated”.

Pra agradecer a recepção calorosa a banda entrou já tocando um clássico. “The Press Corpse” foi a primeira música e levou todos presentes ao extase. O setlist conseguiu passar por toda a carreira da banda, tocaram os clássicos mais novos como “One Trillion Dollars”, “This Is The End”, “Rank-N-File”, “Turncoat” e também foram buscar clássicos dos primeiros discos como “Drink, Drank, Punk” “Fuck Police Brutality”, agradando todos com um set que procurou pegar um pouco de cada fase da banda, já que era a primeira vez que a banda passava pelo país.

Toda hora o baixista Chris interagia com o público. Pedia imensos Circle Pits nas pistas e era prontamente atendido,  e em quase todos os intervalos entre as músicas a banda falava sobre a irmandade dentro do punk rock, de tomar conta da pessoa ao lado, de união, idéias que estão presentes nas letras da banda e que parecia premeditar o que estava por vir.

Ao fim da primeira parte do show a banda saiu e é claro ainda faltava o bis, novamente gritos de “die for your goverment”, e é claro os fãs foram atendidos.

A partir dessa música eu presenciei uma das coisas mais insanas que eu já vi em um show de punk rock. Era hora de mais um clássico, dessa vez dedicada à todos que lutam contra os preconceitos, racismo, homofobia, e principalmente contra as guerras. Era hora de “911 For Peace”.

No começo da música um fã subiu ao palco e logo o segurança foi tentar segurar o rapaz, a banda prontamente parou a música e disse que estava tudo bem. Foi o convite que estava faltando… a banda reiniciou a múscia e a invasão começou, não parava de subir gente no palco, e você pensa que a banda parou de tocar? Continuaram até onde conseguiram e em toda minha vida eu nunca vi um palco tão cheio. É o tipo de coisa que só acontece em show de punk rock.

Pensa que parou por aí? Após todos os invasores descerem do palco a banda ainda mandou um cover do The Clash,  “Should I Stay or Should I Go” e pra finalizar mais uma maluquice. A bateria foi desmontada do palco e montada no meio da pista! Isso mesmo a banda finalizou seu show com a música “Power To The Peacefull” com Pat Thetic tocando bateria no meio da galera. Realmente inacreditável!

Foi um show que dificilmente verei outro igual, quem estava lá e curtia a banda deve ter ficado mais fã ainda. Foi uma demonstração de que tudo que é falado e cantado pelos caras é sincero e levado a sério pela banda. Após o show o vocalista e guitarrista Justin Sane e o baterista Pat Thetic ainda ficaram no meio da pista dando autógrafos e tirando fotos com uma humildade que hoje em dia é raro encontrar no mundo da música.

Como disse Justin em seu twitter, o show do Anti-Flag em São Paulo foi memorável…

 

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