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<B>Resenha:</b> The Strokes - Angles

Novo trabalho da banda reúne seus elementos clássicos com algumas viagens que tornam o disco bastante interessante.

The Strokes - Angles

The Strokes - Angles

Poucos discos esse ano terão o hype e a antecipação que “Angles” do The Strokes teve.
E naturalmente o barulho em cima do disco não é à toa, já que estamos falando do primeiro trabalho dos “salvadores do rock” desde 2006.
O Twitter ia à loucura cada vez que a banda lançava um teaser, trecho de música e a primeira inédita, “Under Cover Of Darkness”.
No final das contas será que o hype foi justificado?
Depende.
Quem esperava um disco típico do Strokes com as características guitarras fazendo suas estripolias de cada lado dos seus fones de ouvido, bateria simplona e Julian Casablancas cantando sempre da mesma maneira até que encontrou isso, mas misturado a muita influência dos anos 80, efeitos eletrônicos, vocais diferentes e viagem.

“Machu Picchu” abre os trabalhos com efeitos em cima do vocal principal e Casablancas usando um tom que não é dos mais comuns no Strokes. Parece que a ideia era justamente mostrar que aí pela frente viriam coisas diferentes, como a percussão usada nessa mesma música.
Pra não assustar tanto, “Under Cover Of Darkness” é Strokes clássico e poderia estar em qualquer disco dos caras, e sem dúvida uma grande música. Já “Two Kinds of Happiness” te põe numa máquina do tempo para algumas décadas atrás, assim como a primeira parte de “Taken For A Fool”, que até flerta com músicas dançantes antes de entrar em um grande refrão, cantado inclusive por Elvis Costello em participação especial ao vivo com a banda em show recente.

A bizarrice, digamos assim, volta com “Games”, seus vários efeitos eletrônicos e aura de música antiga.
Ao fim dessa música chega a melhor sequência do disco com a excelente “Call Me Back”, que conta principalmente com guitarras e os vocais de Julian em uma combinação melancólica dessas difíceis de se ouvir por aí.
Depois dela “Gratisfaction” tem uma pegada Beatles e Rolling Stones, com apelo pop que é muito bem executado pela banda em um daqueles refrões de cantar junto e balançar a cabeça pra um lado e pro outro com um sorriso na cara. É uma das melhores do disco.
“Metabolism” lembra muito o Strokes da era “First Impressions Of Earth” com músicas como “Heart In A Cage” e junto com as 2 músicas anteriores são o auge de “Angles”, que termina com mais uma viagenzinha do quinteto, “Life Is Simple in The moonlight”, que alterna entre momentos clássicos da banda e solos de guitarras com efeitos que tornam a canção digna de aparecer em alguma estação de rádio de motel por aí.

Ao final das contas o novo do Strokes obteve opiniões diversas a seu respeito, mas é muito bom.
Com uma boa duração, elementos naturais da banda e experimentações interessantes, “Angles” mostra que os caras estão muito interessados em fazer música, tanto que mal lançaram o disco e já estão em estúdio novamente.

Que venha mais um bom trabalho dos caras por aí.

Nota: 8,5/10