As Vespas estão de volta, e mais afiadas do que nunca.
Pra quem ainda não conhece, o Vespas Mandarinas é uma espécie de supergrupo que conta com Chuck Hipolitho (ex-Forgotten Boys) e Thadeu Meneghini (ex-Banzé!) nas guitarras e vocais e Pindé e Flavinho (Sugar Kane) na bateria e baixo respectivamente.
O novo trabalho dos caras é um EP de 4 faixas chamado “Sasha Grey”, que será lançado via Vigilante no próximo dia 07 de Junho e sucede um primeiro trabalho virtual lançado pelos caras ainda com outra formação.
“Sasha Grey” (se você ainda não sabe quem é Sasha Grey clique aqui correndo) é o nome do EP, a inspiração da capa e também o título da primeira música do compacto.
Música essa que abre os trabalhos com Thadeu aos vocais e uma voz+violão a la Raul Seixas que evoluem até a entrada da banda e a genial frase Quero abraçar o mundo como se ele fosse Sasha Grey. Daí pra frente a música vira um rockão daqueles de ficar na cabeça, com oitavadas, berros e um solo de guitarra bonitão. Acompanhada de um clipe, seria um single poderoso pra tocar em tudo que é canto por aí.
A segunda faixa é “Antes Que Você Conte Até Dez” e a semi-balada é cantada por Chuck, que com sua voz mezzo angustiada mezzo roqueira entoa um verdadeiro desabafo, daqueles recheados de frases que farão sentido para algum momento de sua vida. Mesmo com 5 minutos a canção passa rapidinho e é séria candidata a figurar no repeat do seu player por algum tempo.
“Beijar Seus Pés” vem na sequencia com um clima fanfarrão de circo, slides de guitarra, a pergunta O que seria do palhaço se não fosse a fantasia / se não fosse a maquiagem, do que iria rir? e pouco mais de 2 minutos de uma canção pra lá de divertida, de te fazer dançar e tudo.
Por fim, “Quarta Parada” fecha o trabalho e tem um clima, elementos e batidas que mais parecem o dia-a-dia em uma grande cidade, e não à toa Thadeu canta várias referências à cidade de São Paulo, como já fazia em sua época de Banzé!, e é aí que fica bem claro como é interessante o potencial da banda, que ao misturar características e experiências dos bons trabalhos de suas outras bandas conseguiu encontrar um som próprio que já está bem caracterizado e que nos faz pensar em uma trajetória promissora.
Fazia tempo que eu não ouvia um compacto, seja gringo ou nacional, que me fizesse ter uma das sensações inerentes ao formato, que é a de “quero mais”. Definitivamente os 13 minutos e 25 segundos de “Sasha Grey” me fazem aguardar ansiosamente por um full-length da banda.
Que isso aconteça logo!
Nota: 9/10