No último dia 18, o Rancore se apresentou em Florianópolis, no Célula, em show que teve apoio total do Tenho Mais Discos Que Amigos!, e nós estivemos lá para conferir.
Prova é que eu até estou na foto aí acima, quem achar ganha um brinde! 😉
Fotos por Leandro Moraes
Califaliza
Quem abriu os trabalhos foram os roqueiros do Califaliza.
Antes de falar sobre o show dos caras vale salientar que o Célula é definitivamente uma caas de shows que pode impulsionar a cena de rock em Florianópolis, que não anda lá muito bem das pernas.
O local passou por uma reforma recentemente e ficou com uma estrutura muito legal, ambientes diferentes, aparelhagem de primeira e se tornou a casa perfeita para shows de rock na cidade. Deixo os parabéns aos envolvidos, mas peço também que fiquem de olho na questão da segurança, pois há sempre relatos de furtos a carros nas redondezas do local.
Agora sim, o Califaliza.
Subindo ao palco sem falar nada e mandando ver em um baita riff de Introdução ao show, os locais fizeram com que o público que estava disperso aguardando o show chegasse perto do palco e prestasse atenção no som dos caras.
Mandando as músicas do EP de estreia, que mistura rock, metal e hardcore, os caras mostram que a cada show ficam mais afiados e coesos, com um som pra lá de redondo e até mesmo variações ao vivo das versões de estúdio de suas canções.
Ficou claro que o Califaliza já leva seu público aos lugares que toca aqui em Florianópolis, e boa parte dos presentes cantava as músicas da banda a plenos pulmões e estava ali para apreciar mesmo os números da banda. Prova disso é que a cover de “Linoleum”, do NOFX (cuja introdução acabou saindo errada e confundiu um pouco até entrar na parte principal da música) foi o momento mais calmo do show, e onde o público demonstrou menos interesse.
Isso é sempre um bom sinal.
Assim como também foi um bom sinal a recepção do público a um som inédito da banda, pauleira das fortes que agradou em cheio e mostrou que o Califaliza não se acomodou com o lançamento do primeiro EP.
Finalizando com “Só O Começo” , que tem clipe e toca nas rádios locais com certa frequencia, a banda se despediu do palco e mostrou que quando o trabalho é sério e feito com dedicação, não tem como dar errado. Vida longa!
Vince
O Vince veio de Rio do Sul até Florianópolis para mostrar seu som, uma mistura de hardcore melódico, emo e uma certa dose de pop rock.
A banda tocou seus sons para o pessoal que queria conhecê-la e também para vários conhecidos que vieram da cidade para ver os caras e sabiam a letra de todas as músicas da banda, como “Nossa Vez”, a música de trabalho dos caras.
Com um medley de riffs conhecidíssimos de bandas como AC/DC, White Stripes, Beatles e Metallica a banda chamou a atenção de quem via o show e esse foi o ponto alto da apresentação.
Do backstage, o baterista foi elogiado por outros músicos que tocaram naquela noite.
Rancore
Após o Vince deixar o palco foi a vez da atração principal, o Rancore, tomar seu posto.
O show era de lançamento do mais novo disco da banda, o excelente “Seiva”, e nada mais natural do que começar assim como começa o disco, com “Ritual” e “Planto”.
“Seiva” é um disco totalmente diferente do que a banda fez em seus outros álbuns, que estava praticamente colado ao hardcore melódico, e em um show assim é interessante “medir a temperatura” da recepção do novo trabalho pelo público, e posso dizer que se for se basear por Florianópolis, o álbum está sendo muito bem recebido.
Cantando a letra da maioria das músicas, o público entrou em sinergia com a banda, que tocava em um palco que contava com um lindo bandeirão colorido da banda, pintado pelo vocalista Teco Martins e fãs dos caras, e que contava com várias lâmpadas claras em cima dele, que quando acesas iluminavam o ambiente todo, proporcionando um clima de grande show e de proximidade ainda maior entre artista e fã, já que todo mundo podia se ver ali.
“Jeito Livre”, “Mãe”, “5:20”, “Mulher”, “Samba”, “Transa”, “Seleção Natural”, “Inocentes”, todas essas do disco novo foram executadas, assim como “Escravo Espiritual”, que contou com roda de pogo e quebradeira em frente ao palco, como é de costume nos shows da banda. Só faltou “A Ponte” para que a banda tocasse o novo disco por inteiro.
Para agradar os fãs antigos, rolaram também sons do “Liberta” como “Respeito É A Lei”, momento insano do show, e “Quarto Escuro”, que fechou o set.
Durante a apresentação dos caras, alguém jogou uma camiseta do Figueirense no palco e Teco Martins a vestiu, ficou com a camiseta para si e ainda mandou um “pau no cu do Avaí”, já que nenhum avaiano havia lhe dado uma camiseta do seu time.
Fiquei impressionado com o fato das músicas soarem muito parecidas como elas estão no disco, já que esse conta com guitarras dobradas, riffs malucos, dissonância e uma ligação entre os músicos que claramente não está apenas em estúdio.
O Rancore está afiado, com olho vivo e faro fino, e irá fazer com que você fique sem voz em seus shows, assim como ficou este que vos escreve.
Força na escalada!
Na Pilha
À tarde o Rancore se apresentou no programa local “Na Pilha”.
Se você quiser baixar os vídeos do mesmo, é só clicar aqui.