No Doubt toca The Clash
Em 1999 foi lançado um tributo ao grande The Clash chamado “Burning London”, que reuniu alguns artistas bem interessantes com o objetivo de ajudar o Hospital Infantil de Los Angeles através de parte do dinheiro arrecadado com suas vendas.
O tributo conta com nomes como Silverchair, Rancid, 311, Moby, Face to Face e o No Doubt, que faz a mais interessante cover do álbum.
A banda liderada por Gwen Stefani ficou a cargo de abrir o disco com a faixa “Hateful”, e o fez com maestria ao utilizar seus traços de ska, teclado e a belíssima voz da sua talentosa vocalista, transformando a cover em uma música com a cara do No Doubt.
A versão original está no Lado A do clássico “London Calling”, do Clash, lançado em 1979 e que obteve status de um dos discos mais importantes da história do rock.
Com sons como “London Calling”, “Spanish Bombs”, “The Guns Of Brixton”, “Clampdown” e “Train In Vain” a banda se tornou um dos maiores ícones da época através deste LP duplo e ainda influencia bandas diariamente com os sons desse disco.
Arcade Fire toca The Clash
Quem também fez uma versão de uma música retirada do “London Calling” foi o Arcade Fire.
Os vários instrumentistas da banda se reuniram no Brixton Academy e gravaram uma versão ao vivo de “The Guns Of Brixton”, para o BBC Culture Show.
A versão original da música se destaca por ser cantada pelo baixista do Clash, Paul Simonon, que inclusive é o cara estraçalhando seu instrumento na lendária capa do álbum.
Green Day toca Social Distortion e Bob Dylan
Quando o Green Day lançou seu mais recente disco em 2009, “21st Century Breakdown”, as versões Deluxe do mesmo trouxeram uma série de covers, incluindo Elvis Presley e The Who, mas falaremos de outras duas por aqui.
A versão especial do iTunes trouxe uma cover de “Another State Of Mind”, música do Social Distortion.
Com clima, timbres e vocais que se assemelham muito à versão original, o Green Day rendeu seu tributo a uma das bandas mais importantes da história do punk e que hoje é um grande clássico do rock’n’roll norte americano, tendo dividido palco com nomes como Bruce Springsteen e influenciado dezenas de bandas desde os anos 80, como o próprio Green Day e nomes importantes do hardcore dos anos 90.
A versão original está no disco de estreia dos caras, chamado “Mommy’s Little Monster” e lançado em 1983 via 13th Floor Records.
É a segunda faixa em um disco cuja faixa-título também ficou muito conhecida e rendeu bons frutos ao começo da carreira do SxDx.
A história em volta desse disco é interessante pois após uma tour com o Youth Brigade em 1982 a banda terminou, mas foi tão bem recebida durante esses shows que resolveu voltar e lançar o álbum de estreia. Isso está registrado em um documentário que curiosamente leva o nome de “Another State Of Mind”.
Após o sucesso do disco, o mesmo ficou estranhamente fora de catálogo por um tempo, e diz a lenda que o que acontecia era que Mike Ness, líder da banda até hoje, utilizava o dinheiro das vendas do disco que eram destinados a reprensagens do mesmo para comprar drogas.
Cópias originais desse disco são raríssimas, pois o mesmo está fora de catálogo.
A outra cover feita pelo Green Day está na versão de pré-venda do iTunes de “21st Century Breakdown” e é o clássico “Like A Rolling Stone”, de Bob Dylan.
Ao contrário da versão do Social Distortion, que casou com o pop-punk da banda, a voz de Billie Joe Armstrong parece não ser a ideal para cantar o clássico de Dylan, e alguns trechos se tornam um pouco estranhos, apesar da banda completa caprichar nos instrumentos que fazem parte da canção.
São 6 minutos e 11 segundos dessa versão de uma das músicas mais tocadas na história do rock.
Sua versão original está no full-length “Highway 61 Revisited”, de Dylan, e é a primeira faixa do Lado A do bolachão, que ainda contava com mais 8 sons como a faixa-título e “Ballad Of A Thin Man” que consolidaram esse álbum como um dos melhores trabalhos de Dylan e que é considerado por muitos críticos um dos LPs mais influentes de todos os tempos.
Nesse álbum Dylan utliliza uma banda completa em quase todas as músicas, exceto a última, mudando um pouco a trajetória de sua carreira que até então contava com os lados A dos discos com banda completa e os lados B só com voz e violão. Foi aí que os holofotes ficaram em cima dele e de sua habilidade em mesclar peso e melodia de forma única.