<b>Covers</b> de <b>Domingo</b>

- <b>Paramore</b> toca <b>Foo Fighters</b> e <b>Kings Of Leon</b> - <b>Social Distortion</b> toca <b>Johnny Cash</b> - <b>Blink-182</b> toca <b>Screeching Weasel</b>

Sound Of Superman

Paramore toca Foo Fighters

Sound Of Superman

Em 2006 foi lançado o filme “Superman Returns”, e para acompanhar o filme também veio a trilha sonora “Sound Of Superman”, que contava com nomes como The Academy Is…, Motion City Soundtrack, Plain White T’s e Jack’s Mannequin, tocando músicas próprias bem como covers de R.E.M., Kinks e The Flaming Lips.

Uma das faixas presentes no álbum é a cover de “My Hero”, do Foo Fighters, tocada de forma acústica pelo Paramore, que ao lado dos nomes citados acima estava surgindo mais forte como um novo nome da música e sem dúvida alguma foi o que acabou tendo mais êxito desde então.

A versão na voz de Hayley Williams ficou interessante por mostrar o quanto a canção tem belos instrumental e letra, mas perdeu um pouco o peso que ela tem com bateria forte, oitavadas e uma linha de baixo interessante.
Naquele mesmo ano o próprio Foo Fighters lançaria o disco acústico “Skin And Bones”, que tem uma versão de “My Hero” nos mesmos moldes.

Foo Fighters - The Colour And The Shape

A versão original da música está no disco “The Colour And The Shape”, de 1997, e que é considerado por muitos o melhor disco da carreira do Foo Fighters.

Contendo hits como “Everlong”, “Monkey Wrench”, “Walking After You” e a própria “My Hero”, o disco colocou o nome da banda no mapa, que tinha atingido sucesso médio com seu álbum de estréia mas ainda era vista como “a banda do baterista do Nirvana”.

A música é uma das mais interessantes da carreira dos Foos e contém claramente elementos do emo dos anos 90, como oitavadas fortes e linhas de baixo trabalhadas, muito em função do baixista da banda, Nate Mendel, ser oriundo do Sunny Day Real Estate, uma das maiores bandas do gênero.
O baterista William Goldsmith chegou a gravar para essa música, mas a versão final acabou sendo feita pelo próprio Dave Grohl, que regravou quase todas as baterias do álbum, como pudemos ver no recente documentário da banda, “Back And Forth”. Esse foi o maior motivo para William ter deixado a banda nessa época.

Quem aparece no clipe oficial da música tocando guitarra é Franz Stahl, guitarrista do Scream, ex-banda punk de Dave Grohl e que tocou com a banda durante um tempo para substituir Pat Smear, mas que saiu após pouco tempo, nem chegando a gravar um disco de estúdio com os caras.

 

Paramore toca Kings Of Leon

Kings Of Leon - Only By The Night

Em 2009 o Paramore esteve no Live Lounge, da BBC Radio 1 e tocou uma cover também acústica de “Use Somebody”, do Kings Of Leon.

Embora não tenha sido lançada oficialmente, a gravação tem ótima qualidade e obviamente espalhou-se rapidamente pela Internet, ganhando milhões de plays e compartilhamentos através do YouTube principalmente e fazendo com que essa se tornasse uma das covers mais conhecidas do Paramore.

A versão original está no disco “Only By The Night”, de 2008, o quarto disco de estúdio do KOL, e que além dessa música trouxe outro mega hit, “Sex On Fire” e os singles “Revelry”, “Notion” e “Crawl”.
O disco foi tão bem sucedido quanto a público e crítica que nos prêmios Grammy de 2009 e 2010 foi indicado a 6 prêmios, ganhando alguns deles, inclusive os de “Gravação do ano”, “Melhor música de rock” e “Melhor performance de rock por uma dupla ou grupo com vocais” justamente com essa canção.

Social Distortion toca Johnny Cash

Social Distortion - Social Distortion

Em 1990 o Social Distortion lançou seu terceiro disco de estúdio e o primeiro por uma grande gravadora, a Epic Records.
Auto-intitulado, o álbum traz fortes influências de música country e blues, e tem verdadeiras pérolas como “Story Of My Life”, “Ball And Chain”, “Drug Train”, “Sick Boys” e um dos pontos altos da banda em qualquer um de seus shows, a cover de “Ring Of Fire”, de Johnny Cash.

Esse é um dos discos mais concisos do Social D e além das belas músicas de Mike Ness e companhia, a versão da música de Cash virou praticamente um single, fazendo com que o alcance da banda fosse ainda maior e com que vários fãs de Cash virassem fãs da banda também.

Johnny Cash - Ring Of Fire

A música original não foi composta por Johnny Cash, mas sim por June Carter, eterna companheira do cara, que a escreveu em parceria com Merle Kilgore, cantor e compositor muito próximo a Hank Williams e que faleceu em 2005.

Originalmente gravada por Anita Carter, irmã de June, a canção foi ganhar a versão de Cash em 1963, na coletânea “Ring Of Fire: The Best Of Johnny Cash” e também através de um single que continha “I’d Still Be There” no Lado B.
Até hoje é a música de maior sucesso comercial de Johnny Cash e muito provavelmente uma das mais conhecidas do cara, entre outras tantas que fizeram sucesso na voz do homem de preto.

Blink-182 toca Screeching Weasel

Blink-182 - Buddha

“Buddha” foi uma fita demo lançada pelo Blink-182 em 1993 via Filter Records quando a banda ainda se chamava Blink.
Contendo uma das músicas mais bem sucedidas da banda, “Carousel”, a gravação foi relançada em 1998 via Kung Fu Records com outra capa, e já com o nome Blink-182, e é justamente nesse disco que está “The Girl Next Door”, cover de Screeching Weasel gravada pela banda.

Blink-182_-_Buddha_(Original)

Assumidamente uma das maiores influências do Blink-182 bem no começo da carreira (é possível encontrar várias fotos de Mark Hoppus usando camiseta do SW, por exemplo) o Screeching Weasel esteve presente nesse trabalho do Blink através da cover de “The Girl Next Door” e também em futuros sons da banda, como “Dammit”, que conta com teclados muito parecidos com os que a banda de Ben Weasel usou durante toda a carreira.

A versão do Blink-182 é bem parecida com a original, já que o som dos caras era bem parecido com o pop-punk feito pelo Screeching Weasel.
Além de “Carousel”, pessoalmente, foi a música do “Buddha” que mais me prendeu a atenção quando ouvi o disco a primeira vez.

 

Screeching Weasel - Kill The Musicians

A versão original saiu na coletânea “Kill The Musicians”, de 1995, que o Screeching Weasel lançou para juntar tudo que havia de material pendente, demos, raridades, covers, etc, já que a banda havia acabado em 1994 (em um de seus vários términos), e não queria que esse material fosse perdido.

Com 31 faixas, traz covers de Ramones, versões ao vivo e alternativas para sons antigos da banda e canções que viraram favoritas dos fãs, como a própria “The Girl Next Door”, “I Wannabe A Homosexual”, “Radio Blast” e “I Need Therapy”.

Em 2005 o disco ganhou uma edição remasterizada, lançada pela Asian Man Records.