<b>Entrevista:</b> Last Post

Veja o bate-papo com a banda formada por ex-membros do <b>Killi</b>, <b>Borderlinerz</b>, <b>Middlename</b> e <b>Feijãocomarroz</b>. Eles serão a banda de abertura do show do <b>Yellowcard</b> em São Paulo.

Formada por ex-membros de bandas bem conhecidas do underground paulista (Holly Tree, Killi, Borderlinez, Middlename e Feijãocomarroz), o Last Post lançou no começo deste ano seu primeiro EP, chamado “27 Fotos”. O trabalho teve a participação do Koala (Hateen) e da vocalista Carox. Eles foram convidados para abrir o show do Yellowcard em São Paulo no dia 31 de julho.

Nós do TMDQA batemos um papo com a banda, para eles contarem como tudo começou, as influências e os próximos planos.

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TMDQA: O Last Post conta com ex-membros de várias bandas e projetos importantes para a cena underground e de estilos diferentes. Como surgiu a oportunidade de vocês se juntarem e nascer a Last Post?

Zeh: Eu tinha algumas músicas que compus e gravei na minha casa. Há algum tempo estava querendo fazer um som resgatando o que eu fazia e escutava em 98/99. Chamei um dia em casa o meu amigo Gab (FeijãocomArroz / Carox) para mostrar os sons e perguntar se ele conhecia uma galera que gostaria de montar uma banda. Logo ele indicou o Rafa (irmão dele) pra tocar batera. Dias depois ele comentou do Plínio (ex guitarra do Middlename). Fizemos um ensaio nessa formação, mas precisávamos de uma segunda guitarra. Um tempinho depois ele comentou do Paulo e disse que o Killi tinha acabado. No próximo ensaio ele colou e pronto. Assim nascia o Last Post.

TMDQA: Como vocês definem o som da banda? Quais as influências?

Paulo: É complicado dar uma definição. Acho que o estilo que soa mais próximo é o pop punk, até porque hoje em dia tudo é pop punk, desde Nofx até All Time Low. Então podemos dizer que o Last Post é uma banda de pop punk, mas não nos prendemos a estilos. Tudo o que ouvimos acaba virando influência. Bandas clássicas do punk melódico como Bad Religion, Descendents e Nofx serão sempre uma referência. Mas ao mesmo tempo todo mundo aqui pira em sons como Queens of The Stone Age, Arctic Monkeys, Foo Fighters, Strokes, etc. Acho que nossas novas músicas – que já estão sendo ensaiadas para gravação – mostrarão melhor esse leque de influências, já que o EP “27 Fotos” é bem calcado no pop punk.

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TMDQA: Em uma veia mais pop, o Last Post difere um pouco de seus trabalhos anteriores. Isso veio naturalmente ou foi algo que vocês tinham em comum, individualmente, uma vontade de mudar a direção pessoal para algo mais pop do que suas outras bandas?

Paulo: Todo mundo aqui já tem banda há mais de dez anos, então acho natural a mudança. Todos nós evoluímos como músicos e compositores. Eu acho que essa “veia pop” na verdade é o resultado de um trabalho mais maduro. É foda isso, porque eu odeio quando as bandas das quais eu sou fã ficam “maduras” (risos). Mas é isso que está acontecendo. Hoje em dia, quando fazemos um arranjo ou uma letra, pensamos muito, para passar uma ideia com muito mais, digamos, exatidão do que antes. Talvez essa impressão da veia pop venha daí, de uma preocupação maior em deixar as coisas em seus devidos lugares. Sem exageros, e sem preguiça de deixar as músicas do jeito que elas têm que ser!

TMDQA: vocês lançaram o clipe de “Raro”, com a participação do Koala do Hateen. Como surgiu o convite para participar da música do EP “27 Fotos”.

Zeh: A ideia surgiu quando estávamos arranjando as músicas nos ensaios pre-gravação. Sempre que a gente tocava a “Raro”, a gente comentava: “Pô, essa música é a cara do Koala!”. Quando entramos no estúdio pra começar a gravação do EP, mostrei a música para ele, ele topou e gravou. Quando decidimos fazer o clip, falamos novamente com ele. Ele topou e deu uma super força!

 

TMDQA: Como a banda tem utilizado as mídias sociais e ferramentas de Internet para divulgar seu trabalho?

Plínio: O mundo virtual está cada vez mais completo. É quase impossivel manter todos meios atualizados. Mas tentamos. Juro. (risos). Acredito que cada pessoa possui seu meio virtual predileto pra buscar coisas pela web. Então a nossa parte é tentar estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Sempre visível, sempre em dia. Então usamos sempre o Facebook, Twitter, E-mails, Grupos, o site oficial, MySpace, Trama, Doombox, e por aí vai.

TMDQA: Tendo tocado em outras bandas quando o CD era a mídia que imperava, o que mudou na divulgação do trabalho e até sobrevivência da banda em um mercado tão direcionado para os arquivos digitais?

Rafa: Apesar de toda essa mudança ocorrida nos últimos anos, fomos convidados a lançar o EP “27 Fotos” no seu formato físico assim que começamos a divulgação das músicas via web, portanto ainda “trabalhamos” com esse tipo de material, mas sinto que não é mais comum bandas novas se importarem com esse mercado.

Porém, por todas as “facilidades de acesso” que a internet nos dispõe, também faz a gente optá-la como maior ferramenta de divulgação da banda. Mas realmente acho que a grande mudança, e isso torna-se cada mais visível, é a velocidade das coisas e conseqüentemente a “duração” de um trabalho novo, tem também a questão da “quantidade x qualidade”, além da “necessidade” de explorar várias formas de mídia. Essa última nos parece boa, pois, por exemplo, gostamos bastante da idéia de trabalhar áudio/vídeo.

Mas se tem uma coisa que não gosto, é de saber q alguns shows não tem mais flyers impressos (risos).

TMDQA: O Zeh esteve em uma das bandas mais importantes da história do underground brasileiro, o Holly Tree. Há alguma chance de que aconteça um show de reunião dela ou até mesmo novos trabalhos da banda?

Zeh: Cara, eu acho muito difícil, pra não dizer impossível. Quando a gente se separou (por motivos que não convém comentar aqui) foi muito traumático e perdemos totalmente o contato. Acho que cada um seguiu caminhos muito diferentes e seria estranho demais um retorno ou reunião.

TMDQA: Os shows do Last Post têm trazido fãs das outras bandas que vocês participaram? Isso é dividido entre fãs que já entenderam o que é a banda e são fãs do novo som?

Paulo: A gente faz um certo esforço pra não relacionar demais o Last Post com as nossas bandas antigas. Não usamos meios de divulgação, por exemplo, do Holly Tree ou do Killi para promover a banda, mas também não escondemos isso de ninguém. Tanto é que dei os dois exemplos agora. Tá, pra completar: Middlename e Feijãocomarroz (risos). Divulgamos isso basicamente para mídia especializada, que já conhece essas bandas, coisa que tem nos ajudado um pouco. O pessoal sabe que já estamos nessa luta há muitos anos, então temos um certo crédito.

Quanto aos fãs das bandas antigas, pelo menos pelo feedback que temos recebido até agora, a resposta está sendo positiva. Quem não gosta do Last Post simplesmente não ouve e, a galera que curte, dá aquela força e comparece nos shows. Mas enfim, somos uma banda nova, estamos aí pra quem quiser ouvir, conhecendo ou não os nossos trabalhos antigos!

TMDQA: O Last Post foi convidado para abrir do show do Yellowcard em São Paulo. Como vocês se sentem com esta oportunidade?

Plínio: A sensação ainda é de “felicidade mórbida”. Estamos muito empolgados com isso, até começar a chegar a data e entrarmos em pânico com a dimensão da oportunidade que temos. Foi uma ótima surpresa receber a ligação e ser a única banda a abrir o show em SP. É um passo enorme pro Last Post. Agora só nos resta fazer a nossa parte, que é divulgar muito, promover um show perfeito no palco, levar bastante material físico pra que todos possam levar algo nosso pra casa e claro, assistir o Yelllowcard que acredito ser a melhor coisa que poderíamos fazer na noite do dia 31 de Julho!

TMDQA: A banda já está trabalhando em um novo material para outro EP ou até mesmo um Full lenght?

Rafa: A banda está trabalhando em novas músicas, novos singles e já adianto que até em novos clipes. Mas também pensamos em um registro maior a médio prazo, temos trabalhado bastante em (bastante) material novo dando a atenção especial e necessária a cada nova composição.

TMDQA: Vocês têm mais discos que amigos?

Todos: SIM!!!

(Fotos: divulgação)

 

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