Há algo de genial no nome dessa banda.
E não é apenas o trocadilho com o líder do The Clash, mas também o fato de que por incrível que pareça, o “Strume” do nome serve pra retratar a ligação com a natureza que o compacto “Garage Roots” traz.
Gravado das formas mais primitivas, em casa, com porta estúdio Tascam de 4 canais e prensado na Alemanha em vinil de 7 polegadas, o disco é uma verdadeira obra para quem se liga em produções lo-fi.
A capa/contracapa são bonitonas, com foto, filtro e cores que remetem justamente ao som da banda, e trazem todas as informações relevantes do lançamento, como por exemplo a numeração à mão das 200 cópias que foram feitas de “Garage Roots”.
Além da própria embalagem do disco, um folheto ainda traz informações do que os artistas gravaram em cada música e um depoimento de Waltinho, figura de 65 anos que fez uma espécie de resenha da bolacha nesse pequeno espaço e pede por mais da banda, dizendo que a cada vez que escuta o trabalho, descobre coisas novas.
São 6 faixas com nomes como “Não Vou Mais Cheirar Gesso” e “Honda Biz 100CC”, todas relativamente curtas, já que o disco de 7″ não permite muito tempo de execução, e todas com os elementos clássicos do dub, baixão, bateria, efeitos, duplicações, barulhos, o que fica ainda mais roots (desculpe o trocadilho com o nome do disco), pelo método utilizado na gravação. Até acho que se o som gravado fosse mais limpo, não soaria tão interessante.
Joe e sua trupe estão em Uberlândia, Minas Gerais, e para gravar o disco, ele vendeu vários de seus LPs, então se você achou o trabalho interessante, não pense 2 vezes e compre uma cópia para você, clicando aqui.