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Resenha: Show de <b>Kylie Minogue</b> nos Cinemas

"<b>Aphrodite Les Folies Live in London</b>" chega aos cinemas brasileiros nesta sexta-feira (26), em 3D. Leia a resenha e confira lista com os locais e cinemas que exibirão o show!

Aphrodite Les Folies Live in London_Kylie Minogue_Poster

Nesta sexta-feira (26 de agosto) chega aos cinemas brasileiros o show inédito da bela australiana Kylie Minogue, Aphrodite Les Folies Live in London, realizado na London’s O2 Arena, sob direção de William Baker.

Graças ao site MOBZ, os fãs da cantora poderão vê-la em 3D, hoje e amanhã. Confira aqui a lista com as 22 cidades e 31 salas de cinemas que exibirão este show.

O TMDQA! foi convidado para assistir à pré-estreia, no Rio de Janeiro, e enviou a amiga e leitora, Luciana Mattos, para nos representar. Confira a resenha logo abaixo!

 

Kylie Minogue chega aos cinemas com sua linda turnê Aphrodite Lês Folie 2011 e, como era de se esperar, é muito mais que um show. É um espetáculo, com números musicais, começo, meio e fim. Lindo de se ver não só para quem é fã, mas para quem curte musicais em geral.

A segunda melhor coisa após ver Kylie Minogue ao vivo é vê-la na telona do cinema. Na verdade, acabo achando que a segunda opção é melhor por causa da riqueza de detalhes dos quais um show dela é feito. Detalhes simples como o brilho do tecido dos figurinos até os anjos e dançarinos voando sobre a plateia. Infelizmente, a turnê Les Folies não deu as caras por aqui (vamos torcer, sempre existe a esperança de Kylie trazer uma versão pocket de seu show pra essas bandas, como fez em 2008 com seu delicioso show Kylie X 2008), então essa apresentação de sexta e sábado, nos cinemas, é uma oportunidade imperdível para os fãs curtirem a grandiosidade deste espetáculo com início, meio e fim e blocos bem-definidos que é um show da Kylie.

O set list não deixou nada a desejar. Eu talvez seja a única que sinta falta de “Fever” e “Come Into My World” no show, pois são favoritas minhas, mas a mescla de clássicos com hits recentes é muito boa. Kylie e William Baker, seu produtor musical, empresário, figurinista, braço direito e marido gay, como a própria já declarou, souberam escolher um repertório muito bom, com os maiores hits e novas músicas que grudam e não saem mais da cabeça, todas com um quê a mais nas versões ao vivo, algumas vezes quase parecendo que Kylie faz cover de suas próprias músicas. É uma estratégia interessante para surpreender os fãs e não cansar o repertório de mais de 20 anos de carreira da cantora. Além disso, ela tem a árdua tarefa de repaginar as tão batidas “Can’t Get You Out of My Head” e “Slow“, que não podem deixar de faltar. Talvez se Kylie abusasse um pouco mais de medleys, como o delicoso “Everything Taboo” (“Shocked“, “What do I Have to Do“, “Spinning Around“), ela conseguiria incluir mais músicas e dar mais charme às mesmas, mas essa sou eu, que adora os medleys. E minha parte favorita do show foi, sem dúvida, o mashup genial de “Can’t Beat This Feeling” com “Love at First Sight“. As duas músicas combinaram com o momento do show, uma com a outra e a versão final ficou linda demais. É o típico hit que faz a gente cantarolar o dia inteirinho o mesmo trecho sem perceber.

Em relação aos figurinos podiam ser mais glamourosos. Kylie sempre abusou dos figurinos bem elaborados, inclusive para seus bailarinos, mas desta vez foram simples demais, bregas demais. Em parte, talvez, para não ofuscar o cenário luxuoso da Grécia antiga, uma estrutura gigantesca que consistia em um palco principal e três pontes que ligavam à platéia. Senti falta de mais glamour, apesar da idéia de levar a Afrodite Kylie para passear por diversas épocas ao longo do tempo foi muito boa (temos Grécia antiga, Arábia, a França de Luis XV, entre outras). Kylie ostentou dois vestidos luxuosísimos, um negro, com chapéu, com um ar francês e elegante, e o outro extravagante, espelhado, de cegar os olhos. O mesmo luxo não se refletiu nos bailarinos, cujo brilho restou somente à roupa do primeiro ato, uma espécie de gladiador sexy.

Em se tratando de projeções, estas deixaram um pouco a desejar. Simples demais, sem grandes surpresas, mas bonitinhas. Acho que esperava projeções que superassem às do Kylie X 2008, por isso me decepcionei um pouco. Entre as projeções havia algumas animações, vídeos sexies com seus bailarinos e vídeos com a própria Kylie.

De maneira geral, é um show divertido, bonito, visualmente agradável e com boas coreografias. Vale a pena para quem nunca viu um show da Kylie Minogue ao vivo pela beleza do espetáculo e alguns momentos mirabolantes que não descrevi aqui pra não estragar a surpresa de quem não viu. E, principalmente, vale a pena para quem é ver e quer conferir Kylie como Afrodite, esbanjando seu bom-humor tradicional e fofura.