Resenha: <b>The Reign Of Kindo</b> acústico em São Paulo, 21/08

Depois de uma primeira apresentação incrível em São Paulo, o grupo desplugou os instrumentos em performance intimista e emocionante.

The Reign of Kindo acústico em São Paulo - Samyr Aissami

Depois de um belíssimo e empolgado show no Manifesto Bar, os novaiorquinos do The Reign of Kindo optaram por um set acústico e intimista para o show de domingo (21) no Blackmore Rock Bar. Joseph Secchiaroli, vocalista da banda, entrou no palco acompanhado apenas do baterista Steven Padin e falou rapidamente sobre a apresentação e reassaltou a alegria de estar no Brasil pela primeira vez.

O show começou com “Morning Cloud”, penúltima música do primeiro LP da banda e foi seguida – já com a presença do baixista Jeffrey Jarvis – por um cover belíssimo da música “Lover, You Should’ve Come Over” de Jeff Buckley, que surpreendeu o público. Já com a banda completa no palco, o show parecia mais uma roda de violão entre amigos, com os integrantes conversando e contando piadas entre uma música e outra.

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A platéia animada era menor que a da noite anterior, mas participou intensamente da apresentação, cantando e pedindo músicas e covers. Essa interação acabou gerando muitas brincadeiras, e em uma dessas a banda tocou a introdução de “Careless Whisper”, sucesso de George Michael.

Em seguida, o Kindo tocou uma belíssima versão de “High and Dry” do Radiohead, que emocionou a platéia. E se já não bastasse tanta emoção, a banda continuou o set com a mais bela canção do último disco, “Blistered Hands”. Assim que a música terminou, o baterista Steven foi até o microfone e contou que no show do dia anterior, enquanto eles tocavam essa música, ele teve que conter as lágrimas pela emoção de ver uma platéia tão fervorosa e cantante.

Joseph anunciou que ele e Steve tocariam um cover que costumam fazer juntos em NY, mas a platéia continou insistindo por diversas músicas – principalmente as não tocadas no set do show no Manifesto.
Assim, eles resolveram mudar de idéia e tocaram as duas músicas mais pedidas: “Something In The Way That You Are” e “Do You Realize?”, cover do Flaming Lips. Na sequência, os dois emendaram uma belíssima versão de “Mad World”, do Tears for Fears.

Daí então, veio a surpresa da noite. A banda inteira deixou o palco, e o Steven, ficou sozinho com um violão para tocar um música do seu projeto solo ao lado do compositor Jeff Martin, ex-parceiro de Steven na banda This Day & Age, que deu origem ao TROK. Visivelmente nervoso, ele revelou que era a primeira vez que ele ia tocar e cantar aquela música sozinho. Pela calorosa recepção dos fãs, a performance foi aprovadíssima.

Dali pra frente mais duas belas versões anteciparam o fim da noite: “I Don’t Trust Myself (Loving You)”, de John Mayer, e “(Sittin On’) the Dock Of The Bay”, de Otis Redding. A banda encerrou com duas canções próprias, e depois de vários discursos de agradecimento, desceram do palco direto para um “hang out” com os fãs. Inesquecível.

Setlist:

Morning Cloud
Lover, You Should’ve Come Over (Jeff Buckley)
October’s Storm
Let It Go / Careless Whisper (George Michael)
Needle & Thread
High and Dry (Radiohead)
Blistered Hands
Something In The Way That You Are
Do You Realize? (The Flaming Lips)
Mad World (Tears For Fears)
Smile, Future (Jeff Martin and Steven Padin)
I Hear That Music Play
I Don’t Trust Myself (With Loving You) (John Mayer)
(Sittin’ On) The Dock Of The Bay (Otis Redding)
Symptom of a Stumbling
Just Wait

Texto por Aloízio Michael, com edição de Guilherme Guedes.
Todas as fotos e vídeos por Samyr Aissami.

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