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Resenha: <b>Red Hot Chili Peppers</b> em São Paulo 21/09

Banda apresenta Josh ao Brasil, substituto de John, que comete alguns errinhos, mas faz um belo show.

Foi em uma quarta-feira que muito ameaçou a chover, mas só garoou, que o Red Hot Chili Peppers se apresentou na capital paulista, com abertura dos britânicos do Foals. Estes que atrasaram sua apresentação para às 8:30, o que levaria o atraso do RHCP, que era o que 30 mil presentes no Anhembi queriam ver.

O show do Foals foi curto e simples, mas não posso dizer que agradou muito. Talvez os que estavam mais para frente, mas a maioria levava como um som ambiente, conversando e andando pelo Anhembi. E o frio parecia não incomodar muito.

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Pouco antes das 10 da noite, Flea entra no palco, sem camisa, cabelo roxo e com seu baixo, seguido por Kiedis, Chad e o mais novo integrante Josh Klinghoffer. “Monarchy Of Roses“, do novo álbum I´m With You abriu o setlist da noite. Mas foi com os riffs iniciais de “Can´t Stop” que a galera realmente se empolgou. Copos e cervejas eram jogados para cima, fãs pulando, levantando seus braços e cantando junto. Agora sim o show havia começado! Na sequencia veio “Tell Me Baby” e “Scar Tissue“, ambas apresentadas com perfeição pelo novo guitarrista, que foi muito bem recebido por todos. John fará falta no grupo, mas Josh parece preencher realmente bem essa lacuna, parecendo bem a vontade no palco, tendo apenas alguns tropeços durante o show. Algo estranho com o som acontecia nessas primeiras músicas: O vocal da Anthony abaixava, a guitarra e baixo sumiam em algumas partes. Me mudei lá para trás do Anhembi para conferir o som por lá, que parecia bem melhor.

Em “Otherside” (minha preferida), Flea trucidou o baixo, como de costume e foi muito aplaudido, apesar de alguns erros, tanto no baixo como na guitarra. Seguida pelo single “Factory Of Faith“, do último álbum e “Throw Away Your Television” do By The Way, de 2001. Entre uma faixa e outra, os músicos se revezavam, criando solos que ao meu ver, não foram dos que mais animaram. Misturando os músicas do começo dos anos 2000 com as novas composições; aquelas que levantavam os fãs, eram em 90% das vezes, os antigos hits. As novas canções, já conhecidas pela grande maioria, eram cantadas, mas quebraram um pouco a empolgação do show. O vocalista também brincava  diversas vezes com Mauro Refosco, músico brasileiro que cuida da parte de percussão do álbum e da turnê. “Hey, is this the motherfucker from Brazil?” dizia ele.

E foi em “Under The Bridge” que Josh deu um vacilo. No início da música, o guitarrista se desentendeu com o pedal, configurado pelo roadie, tendo que recomeçar. Mas tudo bem, por que na segunda vez deu certo e o público gostou e muito. Os hits “Californication“, de 1999 e “By The Way“, de 2002, fizeram pés saírem do chão, enquanto cantavam em coro suas letras.

E os músicos saem para o bis, deixando Chad apresentando seu solo, bem bolado, mas nada de excepcional também. E a trinca final foi: “Dance, Dance, Dance“, “Don´t Forget Me” e “Give It Away“, mais uma vez provando, que eram as antigas que levantaram o público mesmo.

Fiquei na falta de “Snow (Hey Oh)“, uma das poucas músicas que gosto do Stadium Arcadium. Mas tudo bem, por que tirando os problemas técnicos e alguns erros, foi um show bem variado. Anthony Kiedis provando mais uma vez em terra brasileira que é um vocalista sem igual e quem sem o Flea, a banda não poderia existir. Ótimos artistas. Aproveitem o show no Rock In Rio!

Setlist RCHP
“Monarchy of Roses”
“Can’t Stop”
“Tell Me Baby”
“Scar Tissue”
“Look Around”
“Otherside”
“Factory of Faith”
“Throw Away Your Television”
“The Adventures of Rain Dance Maggie”
“Me & My Friends”
“Under the Bridge”
“Did I Let You Know”
“Higher Ground” (Stevie Wonder)
“Pea”
“Californication”
“By the Way”

Bis
“Dance, Dance, Dance”
“Don’t Forget Me”
“Give It Away”

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