O Polar Bear Club é uma banda formada em 2005 que a cada um dos seus 3 lançamentos fez muito barulho entre público e mídia. Desde a estreia com Sometimes Things Just Disappear, em 2008 e o lançamento do elogiadíssimo Chasing Hamburg em 2009 o quinteto de Nova York vem sendo apontado como “a próxima grande banda” no rock independente lá fora.
Pois bem. Clash Battle Guilt Pride é o terceiro disco de estúdio dos caras e acaba de ser lançado via Bridge Nine Records. Contando com uma bela capa e bastante divulgação, o disco tem sido muito antecipado devido ao sucesso de seu antecessor.
Continuando de onde pararam com seu post-hardcore/pop-punk, a banda mostra logo de cara que resolveu levar seu som a outro nível ao abrir o disco com a bela “Pawner”, um dueto da voz marcante do vocalista Jimmy Stadt com uma das guitarras da banda e seus acordes limpos e soltos.
A voz de Stadt, aliás, é o ponto central do disco e aonde todas as músicas se apóiam, e com certeza irá te lembrar de Tim McIlrath, do Rise Against, em vários momentos.
O resto da banda entra no som quase que de forma épica, e faz com que a música cumpra todo o papel de faixa de abertura. Certamente você está interessado pelo que vem a seguir, até porque “Killin’ It” vem grudada na sequencia e lembra sons do AFI, principalmente com seus backing vocals gritando “whoaaaaaa” em vários momentos.
“Screams In Caves” é mais uma que começa com guitarra+voz sozinhos e é o ponto alto do disco. Se “Living Saints” de Chasing Hamburg era o hino da carreira do PBC até hoje, esqueça, essa música veio para tomar o lugar. Tem todas as guitarras pesadas e as melodias da banda, Stadt cantando como nunca, solos durante os versos e uma bela letra. Baita música.
Daqui pra frente o disco segue uniforme e para quem é fã, recheado do que os caras fazem de melhor. Às vezes a banda se apega ao pop-punk como em “Kneel On Nails” e “Religion On The Radio”, volta ao post-hardcore/emo como em “Life Between The Lines” e “I’ll Never Leave New York” e por fim, pode acabar exagerando na fórmula guitarra+vocal para começar suas músicas, já que o faz novamente em “My Best Days” (já pela terceira vez no disco).
O grande lance de Clash Battle Guilt Pride é que ele não tem nenhuma música alheia, daquelas que você queira passar. As 11 faixas parecem ter sido pensadas em conjunto e desde o marcante início com “Pawner” até o melancólico fim com “3-4 Tango” e seus pianos, se passam 40 minutos sem que você perceba.
Esse disco não vai salvar o rock and roll, mas corre sério risco de ficar na sua playlist por muito tempo e merecidamente.
Nota: 8/10