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Resenha: <b>Bad Religion</b> em São Paulo 13/10

Banda californiana aterrissou mais uma vez no Brasil para a turnê do álbum <b><i>The Dissent Man</b></i>.

Mais uma vez, uma das bandas mais conceituadas do punk-rock mundial voltou ao Brasil na turnê de comemoração aos trinta anos de atividade, divulgando também o último álbum de estúdio lançado, o The Dissent Man. Um Via Funchal lotado, composto por um público bem variado, mas na maioria de pessoas com mais de 25 anos, que com certeza já haviam visto algum show do Bad Religion antes.

Mostrando mais uma vez muito respeito à legião de fãs, a banda entrou no palco exatamente às 10 horas de uma noite muito chuvosa na capital paulista. Os veteranos mandara uma trinca matadora logo de cara: “The Resist Stance“, “Social Suicide” e “21st Century (Digital Boy)“.  O vocalista Greg Graffin trocou algumas palavras com o público, falando que eles passariam em mais dois países (Austrália e Canadá) depois do Brasil e assim iriam tirar umas boas e longas férias. Mas os músicos ainda deixaram no ar (é bem provável que sim) se eles iriam lançar um novo material ano que vem. E foi  hit atrás de clássico, tendo um setlist bem variado, com músicas antigas e algumas novas, como “New Dark Ages” e “Before You Die” do álbum Maps Of Hell, de 2007 e “Wrong Way Kids” do The Dissent Man, de 2010.

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Os jovens se amontoavam na frente da pista e os mais velhos ficavam a dançar no fundo da casa. Clássicos como “Generator“, “No Control“, “Fuck Armageddon…. This Is Hell” não poderiam faltar na noite. Greg Hetson não parava quieto no palco, correndo pelo lado direito e dando seus famosos pulinhos, o guitarrista tocou com uma excelência indiscutível. Greg Graffin é um  profissional sem igual também, com certeza um dos melhores vocalista do gênero, pois sua performance ao vivo é impecável. Seus poucos cabelos brancos já são perceptíveis, mas isso não parece abalar ou preocupado o cantor. Um sortudo ainda conseguiu ser escolhido para cantar “Modern Man” com o Bad Religion,  tendo Greg sedendo generosamente seu microfone para o garoto assumir o vocal durante toda a faixa. Ele conseguiu empolgar o público, pareceu bem feliz por ter conseguido essa façanha e mandou muito bem, levando uma camiseta escrita “Please let me sing Modern Man!”.

E mais pauladas estavam por vir. “I Want To Conquer The World“, “Come Join Us“, “Los Angeles Is Burning” e “Let Them Eat War” também estavam no setlist. O backing vocal do grupo é outro destaque do show, com o baixista Jay Bentley e o guitarrista Brian cumprindo muito bem esse papel. Com certeza, elas seriam muito diferentes sem esse detalhe.

A banda voltou para o bis com um solo de Brooks Wackerman, baterista do Bad Religion desde 2001, iniciando o hino: “American Jesus“, do álbum Recipe for Hate de 1993, que foi cantada em coro por todos do Via Funchal. É bonito de se ver ao vivo uma música de quase 20 anos que é um marco para o punk-rock mundial. Ela foi seguida por “Infected” e “Sorrow” que fechou a noite, tendo o refrão cobrindo a voz de Greg Graffin. Muito ovacionada, a banda se retirou do palco.

Músicas rápidas e eficientes são a marca do Bad Religion, que com certeza poderia tocar por mais 1 hora que os fãs ficariam por lá. Ficou claro que eles iriam se aposentar por um tempo, tirar umas férias, um tempo merecido depois de tantos anos contribuindo para o mundo da música. Mas como admitiram, a aposentadoria não é um problema, pois amam tocar e é disso que o mundo precisa, de uma banda com qualidade e integridade de sobra.

Setlist Bad Religion
The Resist Stance
Social Suicide
21st Century (Digital Boy)
Los Angeles Is Burning
Wrong Way Kids
Overture
Sinister Rouge
I Want To Conquer The World
Come Join Us
New Dark Ages
Atomic Garden
Before You Die
Recipe For Hate
Do What You Want
You
Modern Man
Generator
The Defense
Let Them Eat War
No Control
Anesthesia
Along the Way
Fuck Armageddon… This Is Hell

Bis
American Jesus
Infected
Sorrow

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