O Hibrida, banda de Juiz de Fora morando em São Paulo, lançou seu primeiro full-length chamado Souvenir, que viaja entre vários estilos de rock, irá agradar fãs de hardcore, hard rock e até stoner e cuja resenha você pode ler aqui.
Fizemos uma entrevista com os caras onde falamos sobre a carreira da banda, mercado da música, o primeiro full-length e muito mais. Você pode conferir o papo logo abaixo.
TMDQA!: Em que ano começou a banda e como vocês se conheceram lá em Juiz de Fora?
A banda começou oficialmente em abril de 2008. Já eramos amigos e havíamos tocado juntos em vários outros grupos da cena de Juiz de Fora.
Sempre fomos muito ecléticos e nos encontrávamos regularmente pra ouvir e falar de música. Naturalmente esses papos viraram jam sessions e fomos criando sem pressa um material bem interessante.
Estes ensaios serviram como laboratório para começamos a compor juntos, pensar nas estruturas e arranjos das músicas que tinham pitadas de vários estilos dentro de uma atmosfera rock. O resultado foi uma identidade forte e única que nos motivou a levar esse sonho pra frente.
Batizamos a banda com o nome HIBRIDA devido a essa miscelânea de influências presentes no som que estávamos criando.
De lá pra cá produzimos muito material, lançamos 2 EPs, 1 single e agora o full-length, mas ainda temos no gatilho umas 30 músicas prontas pra serem registradas.
TMDQA!: A formação do primeiro full-length traz alguns bateristas diferentes nas faixas do álbum. Vocês contam hoje com um baterista fixo?
Hibrida: Demitimos nosso antigo baterista durante as gravações do CD Souvenir pois precisávamos de alguem com uma capacidade técnica mais sólida e que estivesse disposto a evoluir musicalmente junto com a banda. Foi um passo arriscado porém necessário.
Atualmente estamos fazendo os shows com um baterista contratado até encontrarmos alguém disposto a vestir a camisa pra valer.
TMDQA!: Quando veio a decisão de se mudar para São Paulo? Como isso foi recebido por cada um dos integrantes, já que a mudança na vida pessoal de cada um é afetada diretamente?
Hibrida: Sempre tivemos vontade de mudar para uma grande cidade que pudesse nos proporcionar uma estrutura maior e melhor profissionalmente. Já havíamos percorrido o circuito independente no sudeste com mais de 100 shows e queríamos expandir o raio de ação da banda.
Perguntamos a vários amigos de bandas residentes nas capitais Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo sobre qual o melhor lugar para nos fixarmos para crescer com nosso trabalho. A resposta foi unânime.
Foi uma decisão conjunta. Nos preparamos bastante e tivemos um apoio emocional gigantesco das nossas famílias.
Mudar pra Sampa foi decisivo sob todos os pontos de vista. Hoje temos uma mobilidade logística maior. Fica mais fácil, por exemplo, marcar uma minitour no sul sem que os custos de transporte sejam absurdos.
A visibilidade também aumentou muito e passamos a nos dedicar com muito mais seriedade morando juntos.
A convivência ajuda a entender melhor as alegrias, angústias e medos de cada um e canalizar isso para a arte. As composições ficaram com identidade mais forte e nossa música ganhou um significado ainda mais especial para nós.
TMDQA!: O primeiro disco de vocês traz características de hardcore, stoner rock, rock’n’roll e pop-punk. Isso é algo que veio naturalmente devido às várias influências da banda? Quais são elas?
Hibrida: Crescemos ouvindo rock setentista (LED, KISS, SABBATH…), o que nos deu uma base de referências musicais de qualidade, mas nunca ficamos presos a essa década e ouvimos de tudo, grunge, punk, pop, soul, hardcore, mpb, jazz, rap, etc.
Dentre as bandas que escutamos diariamente estão Foo Fighters, Queens of The Stone Age, RX Bandits, Incubus, Faith No More, Green Day, Nirvana, RHCP, SOAD, RATM, Pantera, Rush, Living Colour, entre outras tantas.
Curtimos muito o rock nacional também e achamos que o Português é uma língua muito interessante e desafiadora pra se fazer rock.
TMDQA!: Como vocês vêem o mercado da música hoje, com downloads gratuitos e baixas vendas de discos físicos? Os shows é que sustentam as bandas hoje em dia?
Para as bandas independentes nunca houve uma fonte principal de renda.
É uma escola forte que requer muito investimento, profissionalismo, seriedade, disciplina e dedicação constantes.
A receita da venda de CDs, bem como outros itens do merchan da banda, soma-se com a grana dos cachês e ajudam a sustentar as bandas.
O download gratuito é uma excelente forma de divulgação do trabalho desde que usado com uma boa estratégia ligada às redes sociais ou promoções que instiguem o consumidor de música gratuita a ver vantagem em comprar o disco físico.
Para nós, o conceito artístico de um álbum completo com encarte, informações técnicas, letras e ilustrações, faz toda a diferença. Essa foi nossa intenção ao trazer para o encarte do Souvenir o diálogo das nossas músicas e letras com as ilustrações em nanquim de um brilhante artista plástico.
TMDQA!: A recepção de “Souvenir” tem sido positiva? Vocês têm conseguido tocar em vários lugares em suporte ao disco?
O feedback tem sido excelente, tanto de público quanto de crítica.
Muitos elogios aos arranjos e composições, com destaque para a vigorosa performance da banda ao vivo.
No entanto o cenário de música autoral ainda é muito prostituído. Não é fácil encontrar casas de shows em que os contratantes estejam dispostos a investir o mesmo valor que pagam por um show cover.
Ainda tocamos um bocado de covers nos shows junto com as músicas do Souvenir pra conseguir manter a agenda.
TMDQA!: Em tempos onde a Internet pode ser herói e vilã das bandas, como vocês fazem uso das redes sociais relacionadas ao Hibrida?
A internet é o nosso principal canal de contato com fans, imprensa, crítica, contratantes e escritório.
Temos uma atividade online bem forte e usamos as redes sociais diariamente para divulgar e postar novidades, interagir, vender merchan, desenvolver ações, parcerias e promoções, sempre gerando conteúdo relevante.
TMDQA!: Quais são os planos para o futuro da banda, que agora tem um full-length no currículo?
Temos vários projetos e ações na pauta.
Dentre eles um livro de fotos documentando os mais de 100 shows que fizemos em 3 anos, além de cenas de estúdio, backstage, estrada, making of, etc.
Outro clipe também já está em pré-produção e deve ser lançado ainda este ano.
Iremos continuar a excelente parceria com nossos patrocinadores da marca Chico Rei e iremos vender nosso merchan com exclusividade online pela Ideal Shop.
Queremos aproveitar também pra tocar e levar o Souvenir para o máximo de cidades possível.
Já temos muito material pra ser registrado e lançado também.
TMDQA!: Que discos vocês têm mais ouvido ultimamente e quais são os melhores álbuns de 2011 na opinião de vocês?
Foo Fighters – Wasting Light
Red Fang – Murder the Mountains
Beastie Boys – Hot Sauce Committee pt2
Emicida – Doozicabraba
Cavalera Conspiracy – Blunt Force Trauma
Lady Gaga – Born this way
Radiohead – The King of Limbs
Ben Harper – Give till it’s gone
Adele – 21
Rafael Saadiq – The way I see it
The Black Keys – El Camino
Além destes, continuamos escutando aqueles artistas que não lançaram cd em 2011.
TMDQA!: Vocês têm mais discos que amigos?
Certamente !
- Entrevistas
- Adele
- Beastie Boys
- Ben Harper
- Black Sabbath
- Cavalera Conspiracy
- Emicida
- Faith No More
- Foo Fighters
- Green Day
- Hibrida
- Incubus
- Kiss
- Lady Gaga
- Led Zeppelin
- Living Colour
- Nirvana
- Pantera
- Queens Of The Stone Age
- Rafael Saadiq
- Rage Against The Machine
- Raiohead
- Red Fang
- Red Hot Chili Peppers
- Rush
- Rx Bandits
- System Of A Down
- The Black keys