Resenha: <b>New Found Glory - Radiosurgery</b>

Banda volta com mais um disco que tem a sua cara e participação de vocalista do <b>Best Coast</b>.

New Found Glory - Radiosurgery

O New Found Glory está de volta com um full-length e a manutenção do fato de ter passeado por vários sub-gêneros em seus últimos lançamentos.
Por exemplo em Coming Home, de 2006 os caras fizeram um de seus discos mais melancólicos e elogiados, enquanto no EP Tip Of The Iceberg passearam pelo hardcore mais pesado do que nunca e em Not Without A Fight de 2009 voltou a uma sonoridade parecida com seu segundo álbum, homônimo.

Radiosurgery é uma ode ao pop-punk dos anos 90 e abre com a faixa-título, que é divertida, tornou-se o primeiro single do trabalho, mas não é a melhor do disco.

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“Anthem For The Unwanted” traz resquícios de Coming Home mas sem a carga pesada daquele disco, enquanto “Drill It In My Brain” é um dos pontos altos do full-length. Palmas, “oh-ohs”, refrão grudento e tudo que o NFG sabe de fazer melhor. É daquelas que dão vontade de sair pulando e cantando, assim como “I’m not The one”, que não poderia ser de outra banda.

Não sei se foi de propósito e se é uma homenagem, mas “Ready, Aim, Fire!” tem um riff principal quase idêntico a “To Have And To Have not”, de Billy Bragg e regravada por Lars Frederiksen (Rancid) em seu primeiro disco com o The Bastards.

Outra música desse disco que tem um carimbo do New Found Glory estampado é “Summer Fling, Don’t Mean A Thing”, a minha preferida do álbum, e que conta através de toda a inocência da banda a história de um cara que diz que se uma mulher o quer só durante o verão, é melhor nem aparecer.

“Caught In The Act” tem a participação de Bethany Cosentino do Best Coast, e ao contrário de tantas participações sem graça que vemos por aí, a música acabou mesclando a sonoridade das 2 bandas com Bethany cantando com os efeitos vocais que marcam tanto o som do Best Coast. Essa é daquelas parcerias que vale a pena e não serve só pra colocar um asterisco ao lado do nome da música.

“Memories And Battlescars”, “Trainwreck” e “Map of Your Body” fecham o disco com mais e mais sons característicos do quinteto, sem grandes novidades.

O NFG é daquelas bandas que de uma forma ou outra trazem entretenimento a cada novo lançamento, e sim, normalmente soa adolescente, mas hey, não há idade para se divertir, certo?

Nota: 7,8/10

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