Resenha por João Mateus, do blog O Musicófilo
O quarto álbum da banda britânica Kasabian soa bem diferente de seus anteriores, principalmente se comparado a West Ryder Pauper Lunatic Asylum (2009).
Neste novo trabalho o grupo apresenta uma série de músicas que soam mais maduras e coesas, contando com belos arranjos em todas as faixas e conseguindo equilibrar o simples e eficiente com elementos mais complexos de forma muito bem feita.
“Let’s Roll Just Like We Used To” abre o disco com um belo solo de trompete na introdução criando um clima de mistério para o início da música que possui uma sonoridade que mistura o Rock dos anos 60 com as trilhas sonoras dos antigos Spaghetti Westerns. Influência que também está presente na quarta faixa do álbum “La Fée Verte”, uma baladinha calma e agradável que está entre as melhores do disco.
“Days Are Forgotten” tem vocal marcante e um dos melhores (senão o melhor) refrão do disco, sendo facilmente cantarolada logo após a primeira audição. A faixa título do álbum ataca de maneira direta e agressiva, fazendo jus ao nome com suas guitarras distorcidas e sujas.
A viagem sonora de “Acid Turkish Bath (Shelter From The Storm)” parece ter sido inspirada em faixas como “Kashmir” do Led Zeppellin e “Tomorrow Never Knows” dos Beatles. São 6:01 minutos de instrumentos musicais como percussão, violinos, guitarras, baixo, bateria e vocais criando várias camadas sonoras que propiciam ao ouvinte uma grande experiência musical com um dos melhores arranjos dos anos 2000.
“Re-wired” composta apenas por guitarra, baixo, bateria e vocais fazendo linhas simples e misturando muito bem a levada da música eletrônica com elementos do Rock ‘N’ Roll é a faixa com mais potencial de ser o grande hit do disco.
Velociraptor! está sendo muito bem avaliado pela crítica musical, no site AllMusic por exemplo o álbum ganhou quatro estrelas, feito alcançado apenas pelo trabalho de estreia do grupo. Sem dúvida este disco vai ficar marcado como um dos grandes trabalhos do Kasabian e vai estar presente nas listas de melhores álbuns de 2011.