Resenha: <b>Planeta Terra Festival</b> 2011

No último Sábado, dia 05 de Novembro, rolou o <B>Planeta Terra Festival</b> em São Paulo. Estivemos por lá e trazemos resenhas dos shows de <B>The Strokes, Beady Eye, Interpol, Criolo, Nação Zumbi</b> e mais.

The Strokes no Planeta Terr Festival

Fotos por divulgação do Planeta Terra Festival

No último Sábado, dia 05 de Novembro, rolou em São Paulo o Planeta Terra Festival 2011, no Playcenter.
Com um lineup formado em sua maioria por bandas de indie rock e tendo o The Strokes como maior atração, o evento teve todos seus ingressos vendidos em menos de 14 horas e ganhou ainda mais atenção a seu respeito.

Estivemos por lá para conferir os shows do Main Stage e do Indie Stage e logo abaixo contamos a vocês como foram as apresentações.

Criolo

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Pontualmente às 16h o rapper Criolo deu início aos trabalhos no palco principal do festival com sua mistura de funk, rap, samba e até indie.

Com um set baseado em seu elogiadíssimo disco Nó Na Orelha, o cara contou com um bom público que lhe aguardava por ser fã do seu trabalho ou por ter curiosidade sobre todo buzz feito em cima dele nos últimos tempos.

Em canções como “Subirusdoistiozin” e “Não Existe Amor em SP” a popularidade desses singles pôde ser comprovada já que a festa ficou mais completa com o público, que cantou junto.

Além disso a ótima “Grajauex” e “Freguês da Meia Noite” não ficaram devendo nada para as suas versões de estúdio e também foram destaques na apresentação do cara.

Mesmo sendo a primeira atração, o show do cara foi um dos melhores e mais interessantes do festival.

 

The Name

foto por UOL Entretenimento

Sem dúvida alguma o pós-punk do The Name, de Sorocaba, funciona muito melhor à noite, nas baladas, mas isso não foi problema algum para que a banda colocasse o público do Planeta Terra para dançar.

Subindo ao palco às 17h o trio contava com um bom público em frente ao Indie Stage e mandou logo de cara uma de suas músicas mais conhecidas, “Can You Dance, Boy?”, para que ninguém ficasse parado por ali. E funcionou.

Tocando faixas de seus EPs e também 2 inéditas que estarão no primeiro full-length, a banda tocou por 45 minutos e fez com que fãs cantassem juntos e novas pessoas conhecessem a banda, que foi confundida por gringa na minha frente por várias pessoas.

Som de primeira, baixos e baterias marcantes (e dançantes) fizeram do The Name uma ótima escolha para o festival, e eu juro que não estou falando isso só por causa dos 2 adesivos amarelos no bumbo da bateria da banda.

Nação Zumbi

Com o jogo ganho.

Assim a Nação Zumbi subiu ao palco principal para levar milhares de fãs que já se aglomeravam para acompanhar a banda e seus hits.

Com fãs variados que iam desde os indies mais contidos até os fãs de música popular e o pessoal que estava trabalhando no evento, a banda mandou sons como “Manguetown”, “Blunt Of Judah” e “Maracatu Atômico” acompanhada da maioria dos presentes, que além de cantar as músicas todinhas, também dançavam alegremente.

A Nação Zumbi é uma daquelas bandas que pode ser levada a qualquer grande evento e irá mandar muito bem, tanto na execução de seus sons quanto na interação com o público, que tem um verdadeiro e estampado respeito pelos caras.

Garotas Suecas

A área onde estava localizado o Indie Stage ficou abarrotada de gente para o show do Garotas Suecas, mas não sei ao certo por qual motivo.
Não que o público não tenha gostado e se empolgado com o tal do “rock tropical” da banda, mas quando chegou a hora da última música, “Banho De Bucha”, e a participação do dançarino Jacaré, as pessoas realmente fizeram muito barulho, como se estivessem ali só pra ver o cara.

Após a execução do som, a banda mesmo disse que um anti-clímax havia sido criado e terminou seu set.

Com vários shows recentes nos Estados Unidos, o Garotas Suecas tem agradado a gringos e dançarinos de axé, mas confesso que não consegui captar a genialidade da banda nem ao vivo nem em estúdio.

White Lies

O White Lies foi a primeira banda internacional a se apresentar no evento e subiu com seu trio original vestido de branco e os 2 músicos adicionais vestidos de preto.

Apesar do som escuro e pesado, Harry McVeigh, o vocalista da banda, interagiu com o público e pediu para que São Paulo cantasse com a banda.

O público mais próximo da grade, composto pelos fãs da banda, respondia com empolgação e cantava junto, enquanto as pessoas mais afastadas não foram lá muito seduzidas pelo grupo e pareciam estar mais preocupadas em guardar um bom lugar para ver os próximos shows, principalmente o do Strokes, do que conhecer as músicas do White Lies.

Com 12 músicas no set a banda viajou entre seus dois discos, o elogiado To Lose My Life…de 2009 e o recém-lançado Rituals e me parece que não conquistou novos fãs no Planeta Terra.

Toro Y Moi

O Toro Y Moi é um projeto de chillwave do produtor Chaz Bundick, que em seus discos de estúdio faz o ouvinte se sentir em um verdadeiro lounge relaxante mas que no Planeta Terra Festival acabou optando por um som mais completo e até mais barulhento ao se apresentar com banda completa.

Muito mais próximo do indie rock do que da música eletrônica, o grupo foi uma grata surpresa e fez com que o começo de noite do palco Indie, cercado de belas luzes, fosse mais divertido.

Interpol

Sem dúvida alguma o Interpol era a outra banda do festival a ser aguardada em um nível pelo menos próximo ao do Strokes.

Antes do show dos caras uma multidão se aglomerou em frente ao palco e quando a apresentação terminou, um verdadeiro buraco foi feito no público, que se dispersou.

Com músicas de seus quatro discos, a banda tocou durante todo o tempo com uma iluminação bem escura e performances comedidas, criticadas por uns e entendidas como característica da banda por outros.

Em sons como “Narc”, “Say Hello To The Angels” e “Hands Away” o público cantou e gritou junto e fez com que pela primeira vez naquela noite o festival tivesse uma banda que parecia realmente agradar a maioria dos presentes.

Após um set de 15 músicas a banda saiu do palco e foi a vez de dar espaço ao Beady Eye, de Liam Gallagher.

Beady Eye

O Beady Eye subiu ao palco com pouco mais de 5 minutos de atraso porque segundo os boatos, Liam Gallagher não queria subir ao local enquanto pessoas estivessem ali.

Apesar de contar com mais 3 ex-membros do Oasis, a banda é vista como “o grupo do Liam” e muitas das atenções ao show se deram por causa do cara.

Com um início matador onde o rock’n’roll das faixas “Four Letter Word”, “Beatles And Stones” e “Millionaire” fez muito barulho, parecia que a banda conquistaria o público, mas à medida que o show foi passando e as músicas ficando mais lentas, a apresentação perdeu seu apelo e as atenções se focaram à expectativa de que uma música do Oasis fosse tocada, o que não aconteceu.

Faltando 45 minutos para o início do show do Strokes, a banda deixou o palco com uma apresentação interessante mas que deixou uma impressão de que poderia ser melhor.

The Strokes

Subindo ao palco pontualmente no horário programado, o The Strokes foi ovacionado pelo público do palco principal que se amontoava para tentar ver um pedaço do palco ou dos telões, mesmo a vários metros de distância de onde a banda tocava.

Começando as atividades com a barulhenta “New York City Cops” e “Heart In A Cage” emendada, logo ao primeiro acorde já foi possível perceber que a noite seria especial.

Com a “sorte” de contar com fãs do indie, do rock, do pop, do punk e de tantas outras vertentes da música, todos que estavam ali e haviam esgotado os ingressos do evento ovacionavam cada uma das 20 canções tocadas pelo quinteto.

As clássicas “Someday”, “Is This It” e “Reptilia” foram cantadas em uníssono, enquanto “Under Cover Of Darkness” foi a única entre as faixas do último disco da banda, Angles, que foi realmente celebrada pelos fãs.

Ao final do set, “Juicebox” foi berrada e comemorada até mais do que “Last Nite”, que veio logo na sequência, antes do bis que teve “Under Control”, “Hard To Explain” e “Take It Or Leave It”.

Passeando por toda sua discografia rechada de hits, o Strokes fez um divertido show que contou até com improváveis interações de Julian Casablancas com a platéia, principalmente envolvendo Fabrizio, baterista “brasileiro” da banda que teve seu nome gritado mas depois levou vaias quando soltou um “I Love You”, corrigido prontamente por um “Eu te amo” para o público.

Sem dúvida alguma foi o melhor show do evento e fez jus a toda expectativa criada ao seu redor. Quem não esteve por lá, perdeu.

 

Com uma estrutura muito interessante montada dentro do Playcenter, em meio a brinquedos e contando com tendas de patrocinadores, bons stands de Internet, carga de telefones celulares e opções diversas, a estrutura do festival me agradou bastante e não teve grandes problemas de organização. Que venha a edição 2012!

Veja vídeos dos shows em HD clicando aqui.

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