Os melhores discos <b>nacionais</b> de 2011

Veja quais são os 10 melhores discos nacionais de 2011 na lista do <b>Tenho Mais Discos Que Amigos!</b>.

Rancore - Seiva

Rock, MPB, Rap, Indie, CDs, discos de vinil e DVDs.
A indústria da música no Brasil em 2011 foi bastante movimentada (viva!) e nos trouxe, literalmente, dezenas de boas surpresas ao longo do ano. Não foi fácil compilar uma lista com os dez melhores álbuns e creio que isso seja um bom sinal.

Segue abaixo a lista com os melhores discos nacionais de 2011 da equipe do Tenho Mais Discos Que Amigos!

10 – Matanza – Odiosa Natureza Humana

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Mais malvado, mais bêbado, mais intolerante, mais de saco cheio, com menos tempo para balela e com mais asco de seres humanos imbecis. Odiosa Natureza Humana é mais um soco na cara e um chute no pâncreas, dado pelo Matanza.

Ame ou odeie, a mistura de hardcore, country e sarcasmo faz do disco um dos grandes trabalhos do ano.

9 – Nevilton – De Verdade

Nevilton é pop, é rock, e é genuinamente brasileiro, tudo na medida certa. Diretamente do interior do Paraná, o trio consegue ser diferente sem exagerar no experimentalismo, mas é açucarado sem ser polido para o grande mercado. Se mais bandas nacionais seguirem o caminho deles, o rock tem um grande futuro no Brasil.

8 – Quarto Negro – Desconocidos

O Quarto Negro, banda de São Paulo, já surpreendia com seus EPs anteriores.
O lançamento de seu primeiro álbum completo deixou muita gente de queixo caído pela qualidade do material. Desconocidos foi gravado em Barcelona em 2010 e lançado esse ano, trazendo músicas com camadas de melodias e letras belas.

Um trabalho único que mostra que a banda não está compondo pra tentar entrar em qualquer tipo de estilo, modinha ou panelinha da atualidade, eles querem apenas ser eles mesmos.

De ponta a ponta, uma aula para a música brasileira do momento.

7 – This Lonely Crowd – Some Kind Of Pareidolia

Representante nacional do revival do shoegaze, e mais Smashing Pumpkins que a formação mais recente do Smashing Pumpkins, o This Lonely Crowd ganhou fãs logo de cara.

100% do trabalho desenvolvido em Some Kind Of Pareidolia é trabalho da banda. Composição, gravação, mixagem, produção, etc. As músicas apresentam estruturas pouco comuns no rock mais pop, trazendo andamentos mais complexos do que o conhecido 4X4 e canções que exigem mais atenção para serem aproveitadas em sua totalidade.

O Brasil precisa de mais bandas assim.

6 – Forfun – Alegria Compartilhada

Foi-se o tempo em que o ForFun era uma banda de hardcore.
Ao longo do caminho os caras utilizaram várias de suas influências, agregaram outras tantas e lançaram um disco que tem rock, MPB, samba, reggae e muita diversão.

Lançado de forma independente e para download grátis desde seu primeiro dia, Alegria Compartilhada deve ser apreciado sem moderação e na presença de seus melhores amigos, afinal de contas Alegria compartilhada é alegria redobrada.

5 – Agridoce – Agridoce

Quando Pitty e o guitarrista Martin literalmente correram para as montanhas para gravar um disco de folk, todos ficaram na dúvida de como seria esse trabalho.

O resultado é um belo disco com influências da sutileza de The Cure e Smiths (cuja faixa “Please, Please, Please, Let Me Get What I Want” conta neste registro, em uma linda versão), músicas serenas e bem arranjadas, cantadas em português, inglês e, até mesmo, em francês, e uma cativante experiência do álbum com o ouvinte, que fica preso à qualidade do duo como músicos e compositores.

4 – Jennifer Lo-Fi – Noia

Noia é um EP, tem apenas quatro faixas, mas fala mais do que muito full-length.

O trabalho lançado pelo Jennifer Lo-Fi lá no começo do ano chamou a atenção de todo mundo com músicas que viajam entre Mars Volta e Bjork e mais uma dúzia de tantas outras boas influencias para criar um trabalho que colocou a banda em evidencia entre os melhores desse ano.

Além de tudo, a banda ainda gravou um belo clipe para “Troffea”, que fechou com chave de ouro a divulgação do disco.

3 – Cícero – Canções de Apartamento

Cícero é, nitidamente, mais um filho da geração “Bloco do Eu Sozinho” e “Ventura”, e com certeza um dos mais talentosos.

Com letras inteligentes desenhadas por melodias lindíssimas, o carioca não fez história com Canções de Apartamento, mas elevou a alturas inimagináveis a expectativa pelos seus próximos trabalhos.

2 – Criolo – Nó Na Orelha

O nome de Criolo e de seu disco Nó Na Orelha foram uns dos mais comentados na música nacional durante 2011. E todo o falatório não é em vão.

Muito bem produzido por Daniel Ganjaman e aliando rap e hip hop à MPB e o indie, o disco tem letras pra lá de bem sacadas, o mega hit “Não Existe Amor em SP”, e é um verdadeiro presente para os apreciadores da boa música nacional.

1 – Rancore – Seiva

O Rancore era um dos gigantes do cenário underground nacional quando optou por assinar um contrato com a Deck.
Em seu primeiro trabalho pela gravadora, Seiva, a banda resolveu ousar e acertou em cheio ao usar guitarras recheadas com diferentes timbres, vocais poderosos, belas letras e frases que já viraram verdadeiros lemas entre os fãs da banda.

Com Seiva o Rancore se coloca em destaque no cenário do rock nacional com o melhor disco do ano e um dos shows mais intensos que podemos assistir em terras brasileiras hoje em dia. Sabe aquele lance de cantar com o coração? Uma performance da banda é uma verdadeira aula prática.

Parabéns Rancore. Olho vivo e faro fino!

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