<b>Resenha</b>: Eddie Vedder "<b>Ukelele Songs</b>"

Leia a resenha do álbum solo do vocalista do <b>Pearl Jam</b> lançado em 2011.

Eddie Vedder é um cara bom. Canta com sentimento, algo que é difícil de se encontrar hoje em dia. Sem falar em suas peripécias acrobáticas escalando os palcos por onde passava e se jogando no público durante os shows. Vedder sempre foi pra mim um exemplo de vocalista de rock and roll. Ao lado de Chris Robinson, do Black Crowes, fizeram, na minha opinião, trabalhos de puro sentimento na década de 90.

Falei ontem mesmo na resenha do “Live On Ten Legs” do Pearl Jam a respeito de envelhecimento musical. Seria o “Ukelele Songs” de Vedder um demonstrativo dolorido de que ele está ficando musicalmente velho? Algo comportado demais, vazio e intimista demais. Um disco magro, que não empolga, gravado sem nenhum outro instrumento a não ser o pequeno violão do Hawaii, primo do cavaquinho, mas com cordas de nylon e afinação diferente (com a exceção de um cello aqui e uma guitarra ali).

Publicidade
Publicidade

O pior de tudo nesse álbum, acho, é na verdade o que não acontece. Um disco de Ukelele é, basicamente, algo que soe como música Hawaiana. Pode parecer um pouco de “quadradisse” minha, mas esse instrumento, sozinho, fica mais bonito quando utilizado para criar aquele clima leve e praiano que a música do Hawaii tem. No disco de Vedder, o Ukelele é apenas um instrumento usado para tocar rock. Descaracterizado.

A regravação de músicas do Pearl Jam ainda são momentos totalmente dispensáveis do disco. É melhor ouvir essas músicas com o próprio Pearl Jam.

Definitivamente um álbum que não indico, apresenta pra mim em seu único ponto positivo a belíssima capa e arte gráfica em um encarte grande com fotos e letras. Para fans, muito, muito fans.

Sair da versão mobile