<b>Florence Welch</b>, do <b>Florence + The Machine</b>, promete grandiosidade e muito estilo em shows no Brasil

Com as mãos sobre o rosto e cercada de assessores que pediam o fim dos cliques aos fotógrafos, a cantora britânica Florence Welch chegou ao salão do hotel onde se hospeda, em São Paulo, para sua primeira coletiva de imprensa no Brasil, na segunda-feira (23).

Florence está no país para três apresentações no Summer Soul Festival, que ocorre em São Paulo (nesta terça-feira, 24), Rio de Janeiro (25) e Florianópolis (28). De chapéu, short curto e salto alto, a ruiva ficou claramente tensa com a quantidade de fotógrafos, mas depois de alguns tímidos segundos de pose para as lentes, relaxou.

“Se eu soubesse que tirariam tantas fotos, e que haveria tantos flashes, teria escolhido uma roupa melhor, talvez um vestido. Vestidos para mim são como armaduras, eles protegem você”, explicou.

Aconselhada pela stylist Aldene Johnson, editora da revista Vice inglesa, Florence considera o visual uma peça-chave na sua carreira. “Gosto de peças antigas, com estilo vintage. Roupas são capazes de enfatizar certos pontos da sua personalidade”, afirma.

Welch é a líder do coletivo Florence + The Machine, que lançou Ceremonials no segundo semestre do ano passado. O disco é ainda mais épico e grandioso que Lungs (2009), o primeiro do grupo, que lançou o pomposo hit “Dog Days Are Over”.

A banda estreia em solo brasileiro ao lado de artistas pop como Bruno Mars, Dionne Bromfield eSeu Jorge. Florence, no entanto, não se preocupa com a possibilidade de destoar negativamente na escalação do evento.

“Eu gosto de tocar em festivais. Há sempre muitas opções de estilos musicais para todos os gostos, e mesmo que você não conheça todos os artistas, pode descobrir algo novo que irá te interessar”, declara.

Apesar de não ser fã de nenhum artista brasileiro, Florence se disse encantada com o país. “O que me chamou a atenção [a cantora aproveitou alguns dias de folga no Rio de Janeiro] foi a mistura entre cidades e florestas. O Rio é uma cidade de extremos, em todos os sentidos. Mas tudo combina muito bem”, elogiou.

Depois do Brasil, Florence leva o The Machine para uma turnê mundial fechada pelo menos até agosto. Antes disso, pretende começar a compôr, mas evita planejar a sonoridade do próximo trabalho.

“Tudo pode acontecer. Gosto de deixar [o processo de composição] mais livre, não quero fazer um álbum muito programado, conceitual. Estou ansiosa para voltar a escrever, mas veremos o que vai acontecer quando essa hora chegar”.