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Resenha: <b>Summer Soul Festival</b>, Rio de Janeiro (25/01)

Com atrações variadas, segunda edição carioca do Summer Soul Festival não deixou o público parado por um minuto sequer. Confira como foram todos os shows da noite!

Resenha: Summer Soul Festiva, Rio de Janeiro (25/01)
Resenha: Summer Soul Festiva, Rio de Janeiro (25/01)

Resenha: Summer Soul Festiva, Rio de Janeiro (25/01)

Texto por: Gabriel von Borell

 

A segunda edição carioca do Summer Soul Festival esquentou ainda mais a noite no Rio de Janeiro na última quarta-feira (25), de temperatura elevada por causa do verão.

Com atrações variadas e que prometiam levar muita música boa para o público da Cidade Maravilhosa, o evento empolgou a plateia o tempo inteiro e transcorreu sem problemas e incidentes.

No final da tarde, por volta de 19h de Brasília (no horário de verão), quando muitos ainda tentavam chegar às dependências da HSBC Arena enfrentando um complicado trânsito nas áreas próximas ao ginásio, Roxanne Tataei, a Rox, subiu ao palco para dar início ao evento misturando soul music e reggae em seu desconhecido repertório.
Simpática e distribuindo sorrisos para o público, a cantora inglesa apresentou músicas famosas suas como “I Don’t Believe”, “My Baby Left Me” e “Rocksteady”, assim como um cover de “Only Girl”, de Rihanna.

Já por volta das 20h foi a vez da afilhada de Amy Winehouse, Dionne Bromfield, de apenas 15 anos, surgir no palco da HSBC Arena para o segundo show do evento. A jovem artista, que também é britânica, chegou acompanhada de dois dançarinos e cantou sucessos como “Move a Little Faster” e “Yeah Right”.
Também houve espaço para interpretar canções de outros artistas como o mashup de “Ain’t No Mountain High Enough“, que ganhou fama mundial na voz de Diana Ross e foi gravada no primeiro disco de Bromfield, e “Tears Dry on Their Own”, música de sua falecida madrinha, Winehouse, que chegou a se apresentar no mesmo festival em 2011, meses antes de morrer.
Dionne ainda cantou o hit de Cee-Lo Green, “Fuck You”, em versão comportada, que acabou sendo adaptada para “Forget You”, talvez pela forte presença de crianças e pré-adolescentes na plateia.

Enquanto isso, a terceira atração da noite, Florence and the Machine, era quem mais destoava da proposta musical do evento, mas nem por isso deixou de ser aclamada pelo público.
Muito aguardada por seus fãs cariocas, Florence Welch iniciou seu show pouco depois das 21h e encantou o público com sua voz, ao mesmo tempo doce e potente, e seus movimentos suaves pelo palco.
Como se fosse um anjo em seu vestido longo e esvoaçante, a cantora inglesa entoou sucessos de seu pop/rock indie como “Only If for a Night”, “Cosmic Love”, sua versão para “You Got the Love” e “Shake it Out”, enquanto rodopiava ao redor do palco e pedia palminhas para a plateia.
Depois veio “The Dog Days Are Over”, que deixou os fãs ensandecidos e fez todo mundo surtar na HSBC Arena. “Rabbit Heart (Raise it Up)” e “No Light, No Light” foram algumas das composições que completaram a apresentação da cantora, que se despediu dos fãs com juras de amor e promessas de um breve retorno, com direito até a um coraçãozinho formado pelas próprias mãos.

Mais tarde, depois de um certo atraso, o único artista nacional dessa edição do Summer Soul Festival, Seu Jorge, que estava previsto para começar sua apresentação às 22h30, deu o ar de sua graça após uma animada introdução feita pelo DJ Cia e sua banda ao som de Snoop Dogg e Michael Jackson.
Cheio de molejo e carisma, o brasileiro entrou no palco com seu figurino elegante para abrir com “Dia de Comemorar”. Seu Jorge continuou o show passando por sucessos da sua carreira como “Chega no Suingue”, “Pessoal Particular”, “Tive Razão”, “Quem Não Quer Sou Eu” e “Zé do Caroço”, de Leci Brandão.
Em seguida o cantor aproveitou para comunicar a plateia sobre o triste acontecimento do desabamento de dois prédios, e um sobrado, no Centro do Rio de Janeiro, há poucas horas daquele dia. Seu Jorge, então, pediu para que o público fizesse um minuto de silêncio em respeito às vítimas da tragédia, que até esta segunda-feira (30) já contabilizava 17 mortos e 5 pessoas desaparecidas.
Depois da admirável iniciativa do cantor, a apresentação prosseguiu com outros hits de Seu Jorge como “A Doida”, “Carolina” e “Burguesinha”, que encerrou a sua apresentação sob calorosos aplausos do público.

Quando o relógio já passava um bocado de meia-noite, Bruno Mars surgiu no palco da HSBC Arena para levar os fãs à loucura após tantas horas de espera.
E o havaiano de 26 anos não decepcionou nem um pouco. Vestido com uma camisa 10 da seleção brasileira de futebol com seu nome escrito nas costas, o cantor, que sofreu com uma intoxicação alimentar durante o dia, agitou seus fãs com sua vibração e seu gingado.
Provando ser um grande showman, visivelmente inspirado no Rei do Pop, nosso saudoso Michael Jackson, Bruno arrancava gritos e suspiros das mulheres de todas as idades presentes na plateia com seus passos de dança e seus movimentos quase sexuais. O cantor iniciou a apresentação com “The Other Side”, e seguiu com “Top of the World” e o hit que compôs para Travie McCoy, “Billionaire”, que inclusive ganhou versão brasileira na voz de Claudia Leitte.
Em “Runaway Baby”, Bruno mostrou a sua interação com a própria banda e, juntos, todos eles botaram o público para dançar e pular. E a plateia continuou em clima de empolgação com “Marry You”, “The Lazy Song” e o cover do agora hit internacional de Michel Teló, Ai Se Eu te Pego”. Os fãs acompanharam o cantor, em tom de brincadeira, cantando o refrão em inglês e fazendo a característica coreografia da música.
Para manter o público aquecido, Bruno, que por enquanto só tem um álbum na carreira, prolongava sua apresentação com a ajuda dos outros músicos fazendo algumas “gracinhas” musicais, enquanto cantava para os fãs outros hits como “Nothing On You”, “Grenade” e “Just the Way You Are”. No seu retorno ao palco para o bis, Bruno deixou “Taling to the Moon” para o final e encerrou o show ovacionado pelo público, que não se cansava de manifestar a sua sensação de êxtase, fosse aplaudindo, assobiando, ou gritando desesperadamente.