Por onde anda? - <b>Killing Chainsaw</b>

Confira por onde anda uma das bandas mais importantes do underground brasileiro nos anos 90.

Por onde anda? - <b>Killing Chainsaw</b>

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Peça fundamental na cena alternativa brasileira no começo dos anos 90, o Killing Chainsaw foi responsável por sacudir a cena indie nacional e serviu de base para toda uma geração, seja  por sua mistura sonora de peso, noise e boas melodias, ou pela sua atitude  “do it yourself”.

A banda foi formada na cidade de Piracicaba (SP), no ano de 1989, mesmo ano em que o movimento grunge nascia em Seattle.  Sua formação contava com Rodrigo Gozo (guitarra e vocal), Gerson Razera (baixo), Rodrigo Cézar (vocal e guitarra) e Pedro Ross (bateria).

O primeiro disco do Killing Chainsaw, produzido apenas em vinil, foi lançado pela Zoyd Music em 1992, cujo título acabou levando o próprio nome da banda. O disco apresentava ótimas composições e riffs bem trabalhados que davam corpo e identidade ao grupo. Mesmo não tendo uma produção muito boa a favor, o debut da banda fez muito barulho no underground.

Em 1994 a banda lança em CD o aclamado Slim Fast Formula, repleto de riffs matadores e boas melodias, um disco para guitarrista nenhum botar defeito. Músicas como ‘’Passion’’, ‘’Evisceration’’ e ‘’Baby Eats the Teacher’’ são marcantes neste disco que ainda contava com os covers certeiros de ‘’Rocket Ride’’, do Kiss, e ‘’The Woke of Jo’’, dos insanos do DeFalla.  Lançado pela Roadrunner Records, o derradeiro álbum da banda contou com distribuição internacional e com boa repercussão lá fora, trilhando os mesmos passos de bandas como Ratos de Porão e Sepultura.

Vale lembrar, que em 1989, rolou uma famosa e elogiada fitinha demo, estitulada Early Demo(ns).

Quando tudo corria aparentemente bem, inclusive depois de participar de duas edições do festival mais importante no underground da época, o Juntatribo,  que revelou bandas como Planet HempRaimundosPin Ups, Little Quail, Garage Fuzz entre outras, a banda, por motivos da mudança de Rodrigo Guedes para Londrina(PR) e pelas dificuldades que as bandas alternativas dos anos 90 passavam, acabou suspendendo suas atividades em 1997, para surpresa e tristesa de seus fãs.

Rodrigo Guedes, que por certo tempo ainda teve foco no Killing Chainsaw, acabou rumando suas composições para seu projeto solo, Grenade, que começou como um projeto intimista, passou a ser banda e chegou a gravar 6 discos, com destaque para o álbum Grenade, o primeiro no novo formato.

O Grenade chegou a participar de grandes festivais, como o extinto Tim Festival, palco de shows como do Libertines e The Mars Volta. Atualmente, Rodrigo segue com o Grenade em um formato mais Folk.

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Os outros integrantes do Killing Chainsaw chegaram a formar outras bandas como o Plutonika, Cactus Rug e o power trio Powercord Attack que se encontra em plena atividade contando com Rodrigo Gozo na guitarra, Gerson no baixo e Kasali na bateria. Em seus shows, sempre rola uma ou outra do Killing Chainsaw. Portanto, quando você estiver em Piracicaba, consulte a agenda noturna.

O baterista Pedro Ross , atuou com diversas personalidades da música brasileira, dentre eles Ópera de Sabão,
Wander Wildner
, Júpiter Maçã, Mercenárias, Paulo Barnabé, Bocato, Sexo Explícito, Renato Godá,
Mário Manga, Jimi Joe, Tonho Penhasco, Luis Thunderbird, R. H. Jackson, Hateen, Pin-Ups.
Além da música se dedicou a literatura musical, lançando as revistas  “Bateria – Ritmos e História
(Booklink) e “Aprenda e Toque Bateria” (OnLine Editora), rendendo até uma excursão pela Europa.

Atualmente se dedica às letras tendo como estréia o romance ” Vida Começa no Verão” (Musa Editora).
Para 2012 prepara o lançamento das obras “Medo da Chuva” e “Teu Sorriso é Meu Sol” (Editora Livrus).

Assista abaixo à apresentação do Killing Chainsaw no festival BHRIF 94