No último dia 03 de Março aconteceu em Curitiba um show com Rancore e CPM22, além das bandas de abertura No Reply, Test Drive e Hipertensos.
Devido a problemas de logística, chegamos lá a tempo de acompanhar apenas as atrações principais, e logo abaixo você confere resenha dos shows e fotos exclusivas do evento.
Rancore
Fotos por Aline Krupkoski
Clique nas fotos para ampliá-las.
O Rancore começou seu show apresentando-se ao público da casa, que em sua maioria esperava pelo CMP22, mas que contava com muita gente ansiosa e/ou curiosa pelos sons do quinteto, principalmente pela ótima repercussão do seu mais recente disco de estúdio, Seiva.
Misturando sons desse álbum e do anterior, o clássico do underground Liberta, Teco Martins e sua trupe fizeram com que até quem estava ali para esperar outra banda ficasse vidrado no palco e começasse a cantarolar um refrão ou dois da banda.
Em sons como “Escravo Espiritual” e “Quarto Escuro”, muito próximas no set, rodas de pogo foram iniciadas e a empolgação foi ao extremo por quem não estava ali única e exclusivamente pela banda de “Regina Let’s Go”.
Falando nisso, a certa altura do show Teco disse que o Rancore costumava tocar covers de CPM quando começou, e a banda até arriscou um trechinho de um som dos caras. A ironia é que a banda teve que tocar toda espremida no palco devido ao equipamento de Badauí, Japinha e companhia, que já estava montado e ocupava boa parte do palco.
Ao final do show, o Rancore tocou “Escadacronia”, em homenagem a esse que vos escreve e que tinha pedido a música a Teco Martins naquela semana. Não é pra me gabar, mas ao lado de “Mãe”, foi a música que mais teve retorno do público quando foi anunciada.
O Rancore é daquelas bandas que te ganham pelo show. Se você não conhece o som dos caras, com certeza irá começar a fazê-lo depois de ir a uma apresentação da banda, e tenho certeza que foi isso que aconteceu com as centenas de pessoas que estavam lá e que além de terem visto sua banda preferida, ainda saíram com mais bagagem musical naquele dia.
CPM22
Fotos retiradas do perfil da banda no Facebook
O CPM22 subiu ao palco com o jogo ganho. Sinceramente eu não tinha tanta noção de como o público ainda ama a banda com tanto fervor, e na platéia estava uma interessante mistura de quase-trintões que passaram por seus 20 anos aos sons da banda, curiosos e pré-adolescentes que estão pegando a nova fase do grupo e descobrindo seus antigos trabalhos.
Com um início matador, repleto de hits como “O Mundo Dá Voltas” e “Regina Let’s Go”, foi só subir ao palco e ligar os amplis para que a abafada casa de shows (cadê ventilação?) viesse abaixo.
Todo mundo que estava ali parecia saber pelo menos um refrão da banda, e o vocalista Badauí não estava cantando sozinho, mas sim acompanhado de um coral de aproximadamente 1.000 pessoas.
Sons da fase mais nova da banda tiveram menos empolgação só por parte dos fãs mais velhos, porque aqueles que estavam lá e haviam arrastado seus pais até o show, cantavam fervorosamente.
“Tarde De Outubro” e “Um Minuto Para o Fim Do Mundo” são outros hits gigantescos do grupo, e quando tocadas no meio do set, parecem ter renovado o ânimo de todos que estavam ali exaustos. Novamente, em uma casa de shows como o Espaço Cult, lotada, ventilação não é mais que obrigação, mas não estava presente.
Se alguém acha o contrário, o CPM22 está mais vivo do que nunca, e shows lotados como esse de Curitiba só mostraram o quanto isso é verdade.
Parabéns à produção do evento, impecável e profissional ao extremo, e às bandas, que fizeram uma bela tarde de Março (rá!) em Curitiba. O único ponto negativo fica para a casa, que deveria ter o mínimo de ventilação e mais atenção à venda de bebidas para os fãs que estavam morrendo de calor. 10 minutos para comprar uma água é inadmissível.