Entrevista: <b>Hayley Foster</b> (<b>Twincest</b>)

Na entrevista <b>exclusiva</b> concedida ao <b>TMDQA!</b>, a australiana Hayley Foster explicou o projeto Twincest, cujo som é definido como "a selva encontrando o punk". Leia e conheça a dupla!

Entrevista - Hayley Foster (Twincest)

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Vocais poderosos, batidas tribais, melodias bem encorpadas e arranjos bem trabalhados. É assim que podemos definir o som bastante original, feito pela dupla Twincest.

Formado em Sydney, Australia, por Hayley Foster e Laura Noir, o duo começou as atividades em meados de 2011, logo após o término de suas excelentes e respectivas bandas, Chaingang e Creepers, que valem muito o clique.

Na última sexta-feira (23), o TMDQA! teve a oportunidade de conversar com exclusividade com Hayley Foster (à direita, na foto acima). Na entrevista, ela explicou o projeto Twincest; falou sobre suas influências; seu primeiro show; seu aguardo EP de estreia e muito mais.

Abaixo, confira a entrevista na íntegra e “duplique sua sorte”!

 

TMDQA!: Qual é a razão por trás do nome da dupla?

Hayley: Somos gêmeas que se amam de uma maneira especial, como somente gêmeos podem amar. Sim, você está destinado a ficar enojado. Ou estimulado.

TMDQA!: A ideia inicial era realmente formar uma dupla? Se sim, por quê?

Hayley: Quando eu comecei a minha última banda, Chaingang, a ideia inicial era formar uma banda liderada por duas mulheres, mas eu não consegui achar a garota certa. Eu conheci Laura através da banda, ouvi o quão incrível ela era e fui obrigada a sentir novamente essa vibe de duas garotas.

TMDQA!: Vocês definem o som que fazem como “a selva encontrando o punk”. Como que vocês fazem para concluir as ideias das músicas; chegar ao som certo que passe essa ideia? É algo fácil e natural ou vocês precisam pensar muito sobre isso?

Hayley: Isso surgiu de forma completamente natural. Eu estive ensaiando com um baterista incrível, chamado Reuben, essas coisas desarticuladas de vocal/bateria, então eu fiquei com batidas tribais na cabeça. Eu levei a Laura para uma dessas jams e nosso som simplesmente meio que surgiu a partir daí. Eu, desde então, fiquei totalmente alucinada para programar minhas próprias batidas, e nossas músicas sempre surgem a partir dessa base rítmica. Tornar as coisas “selvagens” ou “punks”, nunca é algo consciente/pensado.

TMDQA!: Quem compõe as letras e as melodias?

Hayley: É completamente colaborativo. A maioria de nossas músicas começa com uma de nós apresentando uma ideia, e entregando a canção para a outra, que irá adicionar sua parte, e assim por diante.

TMDQA!: Aliás, o que cada uma costuma ouvir e que serve de inspiração na hora de compor?

Hayley: Nosso gosto musical é bastante diferente um do outro, mas nós duas amamos as produções do Switch. Mais do que tudo que amamos demasiadamente, ritmos fortes e coros de poderosos vocais femininos.

TMDQA! entrevista  com exclusividade Hayley Foster, da dupla Twincest

TMDQA!: Falando em influências, circula na internet um video de vocês dançando e cantando a música “End of Time”, da Beyoncé. Ela é inspiração/influência para vocês ou aquilo foi só de brincadeira? Porque ficou demais!

Hayley: Beyoncé é a estrela pop suprema, nós fazemos uma versão bem ruim da coreografia de “Run The World“! “End of Time” foi, na verdade, uma sugestão de nossa incrível e amada amiga Kristina Miltiadou – as diversas partes de harmonias e arranjos rítmicos, fizeram sentido para seu projeto de covers. Retrospectivamente, eu queria ter levado alguma percussão comigo!

TMDQA!: E há também aquele video de “Gucci Gucci”… Ele chega a ser hipnotizante. Como decidiram fazê-lo? E por que escolheram fazer essa versão para a música da Kreayshawn?

Hayley: Eu nunca tinha ouvido a música antes! Laura começou a compor alguns vocais no computador, por pura diversão, um dia quando ela estava esperando por mim para finalizarmos uma de nossas demos. Era tão alegre e contagiante, que eu tive que participar. Ouvir a versão original, foi uma experiência bastante decepcionante. Desculpe, Kreayshawn.

TMDQA!: Agora sobre o clipe de “I Won’t Go”, achei incrível como ele valoriza vocês como cantoras. Por que decidiram gravá-lo em acapella e não na versão de estudio?

Hayley: Temos uma versão de estúdio se aproximando! Nós fizemos aquela versão varios dias antes da versão de estúdio ter sido gravada. Ter ficado naquela sala com todas aquelas garotas (e garotos), pirando na nossa humilde música, foi uma experiência bastante despretenciosa e incrível, o clima naquele lugar era mágico.

TMDQA!: Aliás, eu percebo que o Twincest é um projeto que foca nos timbres das vozes de cada uma. Como vocês se preparam para os shows e para manter a voz? Fazem algum exercício?

Hayley: Eu continuo perdendo minha voz o tempo todo! Nós fazemos juntas alguns exercícios vocais, mas, geralmente, nos aquecemos cantando juntas antes do show.

TMDQA!: E como foi o primeiro show de vocês? Houve algum momento curioso/engraçado, que poderiam compartilhar conosco?

Hayley: Nós tocamos um set despojado, dentro de uma loja de roupas antigas e atraímos um ótimo público de amigos e transeuntes. Foi uma noite cujo tema era Anos 60, então, como não poderia faltar, tocamos um cover do único hit da dupla Charles & Eddie (Would I Lie to You?), lançado em 1990.

TMDQA! entrevista  com exclusividade Hayley Foster, da dupla australiana Twincest

TMDQA!: Bem, você me contou que vocês estão preparando um registro e que ele, de fato, sairá. Vocês têm previsão de lançamento? E será um EP ou um disco completo?

Hayley: Estou digitando isto no estúdio, agora mesmo! Nós estamos gravamos um EP, embora eu não tenha certeza quando ele será lançado. Não irá demorar.

TMDQA!: Quais outras bandas australianas vocês acham que deveriam ser conferidas, além do Maniac e Operator Please (pois acho que iriam citá-las)?

Hayley: Há uma verdadeira explosão de deusas ferozes na cena, no momento. Twincest fala para checar Fingertips, Bossy Love, Kristina Miltiadou, The Preachers e Dampvamp! Também confira Camden. Não é de garotas, mas continua sendo feroz.

TMDQA!: O que vocês pretendem passar com o Twincest? Li que vocês queriam criar uma imagem de mulheres inspiradores e poderosas. Estou certa?

Hayley: Sim! Eu acho que a visão de nós dançando e dando grito de guerra em todos os lugares, fala por si. Ha!

 

Twincest na Web:

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English version

Powerful vocals, tribal beats, full-bodied melodies and well done arrangements. This is how we can define the truly original sound made by Twincest.

Formed in Sydney, Australia, by Hayley Foster and Laura Noir, the duo began its activities in middle 2011, shortly after the end of their excellent bands, Chaingang and Creepers, respectively.

Last Friday (23), we, from I Have More Records Than Friends!, had the opportunity to talk with Hayley Foster. In the interview, she explained the project, talked about its influences, the first show, the debut EP and much more.

Check out below the full interview and “double your luck”!

 

TMDQA!: What is the reason behind the name of the band?

Hayley: We’re twins who love each other in the special way only twins can. Yes you’re meant to be grossed out. Or aroused.

TMDQA!: The initial idea was to actually form a duo? If so, why?

Hayley: When I started my last band Chaingang the initial idea was to form a band fronted by two women, but I couldn’t find the right girl. I met Laura through the band, heard how amazing she was, and was compelled to kick off that double-girl vibe again.

TMDQA!: You define the sound you make as “jungle meets punk”. How do you do to complete the ideas of the songs and get to the right sound to transmit it? It’s something easy and natural or do you need to think much about it?

Hayley: It came completely naturally. I had been jamming with an amazing drummer called Reuben on this unhinged vocal/drum stuff so I had tribal beats on the brain. I brought Laura to one of the jams and our sound just kind of grew from there. I’ve since gone totally wild for programming my own beats, and our songs always spring from that rhythmic base, it’s never a conscious thing to make things ‘jungle’-y or ‘punk’-y.

TMDQA!: Who composes the lyrics and melodies?

Hayley: It’s completely collaborative. Most of our songs start with one of us putting down an idea, and handing the song over to the other, who will add another part, and so on.

TMDQA!: What each of you often hear, which serves as inspiration when you write?

Hayley: Our taste in music is pretty different from each other, but we both really love Switch‘s production. More than anything we love big, bold rhythms and choirs of mighty female vocals.

TMDQA!: Speaking of influences, there is on Youtube a video of you dancing and singing the song “End of Time”, by Beyoncé. She is an inspiration / influence for you or that was just for fun? Because it was awesome!

Hayley: Beyonce is the ultimate female pop star, we do a really crap version of the “Run The World” choreography! End of Time was actually a suggestion from our amazing goddess friend Kristina Miltiadou – the multi part harmonies and rhythmic arrangement just made sense for us to tackle for her Covers project. In retrospect I wish I brought some percussion with me!

TMDQA!: There is a video of “Gucci Gucci” cover too… How do you decide to make it? And why you chose to make this cover of Kreayshawn’s song?

Hayley: I had never heard the song before! Laura started layering vocal parts into the computer for fun one day while she was waiting for me to finish one of our demos. It was so joyous and infectious I had to get amongst it. Hearing the original track was a very disappointing experience. Sorry Kreayshawn.

TMDQA!: Now about the video for “I Won’t Go”, I think it’s amazing how it values you as singers. Why you decided to record it as an acapella version and not with the studio version?

Hayley: We have a studio version coming up! We did that version in the very early days before the actual studio version was recorded. Being in that room with all those girls (and boy) going wild on our little song was such a humbling, amazing experience, the vibe in that room was magical.

TMDQA!: I realize that Twincest is a project that focuses on the voices of each of you. How do you prepare yourselves for shows and to keep the voice? Do you make some voice exercises?

Hayley: I still lose my voice all the time! We go through some vocal exercises together but generally warm up by singing together before a show.

TMDQA!: How was your first show? There was a curious / funny moment you could share with us?

Hayley: We played a stripped-back set inside a vintage clothes store and got a sweet crowd of friends and passers-by. It was a 60s-themed night, so of course we busted out a cover of 90s one-hit-wonders Charles and Eddie.

TMDQA!: Well, Hayley told me that you are preparing a record. When do you expected to release it? It will be an EP or a full-length?

Hayley: I’m typing this in the studio right now! We’re recording an EP, not sure when it’ll be out though. Not too long.

TMDQA!: What other Australian bands you think should be heard, beyond Maniac and Operator Please (I think you would name them)?

Hayley: There is a veritable explosion of fierce female goddesses on the scene right now. Twincest says check out Fingertips, Bossy Love, Kristina Miltiadou, The Preachers and Dampvamp!  Also check out Camden. They’re not girls, but they’re still fierce.

TMDQA!: What do you intend to transmit with Twincest? I read that you wanted to create an image of “powerful and inspiring women”. Am I right?

Hayley: Yeah! I think the sight of us gyrating and war cry-ing everywhere kind of speaks for itself. Ha!

 

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