<b>Entrevista exclusiva :</b> Pavilhão 9

Conversamos com a banda sobre sua volta, performance no festival Lollapalooza, passado, futuro e muito mais! Confira nossa entrevista exclusiva.

<b>Entrevista exclusiva :</b> Pavilhão 9

 

Após um hiato de cinco anos, o grupo  Pavilhão 9 anuncia seu retorno aos palcos em grande estilo no festival Lollapalooza Brasil 2012 que acontece nos dias 7 e 8 de abril no Jockey Club, em São Paulo.

Com seis álbuns lançados e mais de 300 mil cópias vendidas, o Pavilhão 9 se prepara para lançar novo single e já pensa em novo álbum que irá suceder o pesado Público Alvo de 2005 , sexto disco da carreira do Pavilhão que consolida a sonoridade da banda com a mistura do hip hop e  hardcore .

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Em sua bagagem de 22 anos de estrada, o P9 mescla suas guitarras rasgadas de drives com as letras que falam sobre os problemas sociais enfrentados na periferia das grandes cidades e tocam nas feridas de nosso sistema, sem medo de medir palavras. O grupo conquistou seu auge na sua apresentação do Rock In Rio 3, abrindo para o Queens of the Stone Age e pela primeira vez tocando sem os capuzes e máscaras, uma referência da banda.
A banda volta aos palcos com força total com Rhossi e Doze (vocais), Marinho (baixo), Ortega (guitarra), Munari (guitarra) e Fernando Schaefer (bateria).

Nós do TMDQA! batemos um papo exclusivo com o Rapper Rhossi e seus comparsas do Pavilhão 9, para eles contarem sobre seus novos planos, Lollapalooza e muito mais.

 

 

TMDQA!:  O Pavilhão 9 estava/está fazendo muita falta em nossa cena atual e sua volta sempre foi muito aguardada. Conte-nos um pouco como foi este processo de reunião da banda, sobre os recentes ensaios e o convite para tocar no festival Lollapalooza? 

Fernando Schaefer – Na verdade a ideia da reunião da banda surgiu com o convite para tocar no Lollapalooza. Um amigo meu, Marcelo Beraldo, estava me perguntado quais eram os projetos e bandas em que eu estava envolvido (todos muito pesados… rsrs) e aí surgiu o nome do Pavilhão9 ! Ele perguntou se não queríamos voltar com a banda para tocar no Lolla …  sem pestanejar respondi que sim !!! Isso foi há 6 meses, então depois de conversar com todos da banda decidimos nos reunir um tempo antes do festival para começar os ensaios e etc…

Mesmo porque todos estavam envolvidos em outros projetos e tinham outras prioridades. A partir daí pintaram outras datas como o Tattoo Rock Fest em Goiânia dia 6 de julho e um show no Cine Joia em Sampa dia 2 de Junho.
A coisa de um mês voltamos a ensaiar, e está tudo indo muito bem. Parece que não paramos de tocar juntos!
A energia que o Pavilhão 9 passa é sensacional e todos podem esperam uma grande apresentação no Lollapalooza.

 

TMDQA!:  Após o lançamento de ”Público Alvo” em 2005 a banda entrou em hiato e alguns de vocês seguiram carreira solo. Quais foram estes projetos?

Rhossi –  Após a parada do Pavilhão dei inicio a minha carreira solo em 2008, lancei um EP, 3 singles e 3 clipes.

Marinho –  O Fernando está em vários projetos de hard core e metal, fazendo gravações e tocando com varias bandas como o Paura, o Ortega tocou no Orgânica, o Doze esteve trabalhando em sons próprios, o Munari tocou com vários grupos de rap como o Instituto e tocou em um projeto com o Marinho e o João Gordo chamado F.A.U.T. , ele também voltou a fazer sons comigo junto ao Yo-Ho-Delic .

 

TMDQA!:  Quando o P9 começou a tocar com banda rolaram várias críticas do pessoal do rap, em especial de alguns puristas. Hoje em dia os mesmos puristas tocam com banda. O que vocês tem a falar deste ”pessoal” ? 

Rhossi – Realmente na época o encontro de rap e rock com banda era uma parada inédita no Brasil. Muitos não entendiam o que queríamos com aquilo, por isso que rolavam as críticas mais a gente nem ligava muito, o que na verdade queríamos era fazer muita música, independente de estilos e classe social. Vejo que hoje muita gente gosta e nos comparam até com bandas como o Korn, Limp Bizkit, Linkin Park etc… ( risos ).

 


TMDQA!:  Vocês lançaram o celebrado “Reação” (2001) por uma grande gravadora, tocaram no
Rock in Rio, ganharam prêmios, mas logo depois voltaram a ser independentes. O que motivou essa volta?

Marinho – Não foi uma motivação, mas sim uma situação. Foi durante nosso contrato com a Warner, época em que teve  início um novo mercado musical, onde as grandes corporações da música perderam território para o alternativo, MP3, etc… ai o P9 voltou para o início, o independente.
Hoje este público se fortaleceu e consolidou, tendo uma cena melhor para bandas com personalidade.

 

TMDQA!: Qual a opinião de vocês sobre o Rap estar tão forte na mídia, com artistas como Criolo e Emicida ganhando prêmios e sendo destaque em vários canais de TV? 

Rhossi –  1° porque eles fazem um trabalho legítimo. 2° Todos nós estávamos esperando o próximo passo da música rap no Brasil e em minha opinião eles fizeram isto. O espaço na mídia que eles estão conquistando é mais que merecido. Estava praticamente extinto da grande mídia artistas de Hip Hop.

 


TMDQA!:   Vocês apreciam escutar um bom vinil ? O que tem tocado recentemente na vitrola de vocês?

Rhossi –  Tenho uma coleção de vinis e sou um humilde colecionador. Estava revisando os meus discos e notei que tenho mais de 4 mil álbuns catalogados. Entrem eles os que não saem da minha vitrola são: Jorge Ben ( A Tábua de Esmeralda ), Bob Marley & The Wailers ( Uprising ), The Police, Wild Style, Sly and The Family Stone, Average White Band.

 

TMDQA!: Para finalizar, vocês poderiam contar um pouco do que podemos esperar neste show do Lollapalooza e mandar um recado para os fãs que estão sintonizados e ansiosos para este show?

Rhossi – Muito som e atitude. Esperamos todos no dia 07 de abril  para celebrarmos juntos este retorno.

 

 

O retorno do Pavilhão 9 será no Lollapalloza 2012 ás 19:15 do dia 07 de abril, no palco Alternativo , abrindo o show do Foo fighters. Para saber mais detalhes sobre o retorno do Pavilhão 9, acesse  fã page da banda no facebook  aqui.

Confira abaixo a música ” Mandando Bronca “, vencedora de melhor video clipe de rap MTV Brasil onde
levou a banda as paradas de sucesso rendendo disco de ouro por mais de 100 mil cópias vendidas. Está
faixa faz parte do álbum Cadeia Nacional  e traz as ilustres participações de Max e Igor Cavalera e uma
dedicatória á ” Francisco Assis França – Chico Science ” reparem no clipe, a presença de Gilmar Bola 8
( tambor ) e Pupilo ( bateria ) Nação Zumbi

 

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