<b>Resenha:</b> Lollapalooza Chile 2012 - <b>Sábado</b>

Veja fotos exclusivas e resenha do primeiro dia de <b>Lollapalooza Chile</b> com sua estrutura, palcos, atrações e shows, e já se prepare para o que veremos no Brasil!

Lollapalooza Chile 2012

Ontem, dia 31 de Março de 2012, foi o início dos festivais Lollapalooza desse ano pela América do Sul.
Com duas datas marcadas para o Chile, ontem e hoje, primeiro de Abril, a festa ainda irá passar por São Paulo, no Brasil, nos dias 07 e 08 de Abril.

Estivemos no Parque O’Higgins, em Santiago, a capital chilena, para conferir tudo que rolou de melhor no festival e antecipar para você, leitor do Tenho Mais Discos Que Amigos!, o que deve esperar da festa (e que festa!) no Brasil.

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Aproveite!

Estrutura

O Parque O’Higgins, em Santiago, é um belíssimo e enorme parque aberto, cercado de árvores e uma vista de tirar o fôlego para as cordilheirias chilenas. Com uma estação de metrô literalmente ao seu lado, é muito fácil chegar até o local do Lollapalooza de praticamente qualquer ponto da cidade.

Quem comprou os ingressos pela Internet os retirou em um stand que ficava próximo à entrada do festival, sem filas e incomodações. Era só levar a confirmação recebida por e-mail, um documento, e pronto. Um envelope com os ingressos e seu nome escrito nele lhe aguardava.

Os chilenos chegaram bem cedo ao local da festa e fizeram filas enormes para entrar e ver as atrações nacionais (e a Plebe Rude, brasileira), assim como o Gogol Bordello, primeira atração de mais renome do dia.

O lado chato foi que aqueles que compraram ingressos para os 2 dias tiveram que enfrentar uma fila imensa para pegar uma pulseira que dá acesso ao Domingo. E sim, você deve ficar com essa pulseira durante todo o Sábado, tomar banho com ela, dormir, e torcer para que ela não arrebente e você fique sem entrar no outro dia. Foi o único ponto negativo da questão dos ingressos.

Muito bem utilizado, o parque conta com vários stands desde marcas gigantes até pequenas ONGs locais, e só de passear por ali, sem pensar em nenhum show, você já se diverte por mais de uma hora.

A questão da reciclagem está presente em todos os cantos, e praticamente não se vê lixo no chão. Vários funcionários recolhem plásticos, garrafas e lixo orgânico dos recipientes próprios durante o dia, o que faz com que você nunca encontre uma lixeira “transbordando”.

Parece papo de brasileiro deslumbrado, mas os banheiros químicos, até mesmo à noite, estavam surpreendentemente limpos, com água, sabão e papel. Algo que, confesso, ainda não vi nos festivais brasileiros.

Os locais são bem sinalizados e há tendas de informações para todos os lados. A língua não é um empecilho, já que é fácil encontrar alguém que no mínimo enrole um portunhol. Há muitos funcionários que falam Português e em sua maioria, o Inglês é fluente.

Atrações

Além, claro, da música, há muito o que fazer no Lollapalooza.
As atrações das grandes marcas são muito bem boladas, e é possível desde jogar Super Mario Bros. em um fliperama localizado dentro de uma caixa de tênis gigante, até se casar simbolicamente com seu grande amor e concorrer a uma viagem para o Vale Nevado na lua de mel. Você ainda corre o risco de ganhar passagens para o Lollapalooza Chicago ao tirar fotos no stand da companhia de celular parceira do festival (fotos essas que você ganha impressas) ou de sair motorizado ao concorrer a um carro por lá.

Há também a venda de merchandising oficial do festival e das bandas, e uma camiseta original com o selo do Lolla custa 10.000 pesos chilenos, algo entre R$ 37,00 e R$ 40,00, o que é bastante justo.

Palcos

O Lollapalooza Chile tem 5 palcos no total, sendo 2 principais, onde as grandes bandas se revezam, a “tenda” eletrônica que na verdade é um domo gigantesco, o Huntcha Stage, também um domo mas de porte menor e o palco alternativo, que fica em um agradável canto do parque cheio de árvores e muita sombra. É o melhor local para se apreciar os shows.

Kidzapalooza

Sinceramente eu não achei que faria uma seção especial para o Kidzapalooza antes de ir ao festival, mas depois de presenciar a seção infantil do Lolla ao vivo, fui obrigado a fazê-lo.

O local destinado às crianças estava lotado por elas e seus pais, e tinha desde oficina de pintura até esculturas gigantes de Lego e uma pista de Skate onde instrutores ensinavam os primeiros passos do esporte aos pequenos aprendizes. Além de ser um espaço onde os pais roqueiros podem levar seus filhos para assistir a shows infantis e muito rock, eles ainda aprendem diversas atividades, fazem amigos e se divertem muito. Sensacional!

Shows

Em um dia repleto de atrações locais e a brasileira Plebe Rude (que infelizmente não pude ver devido ao horário), os destaques ficaram por conta das bandas mais esperadas mesmo.

Primeiro o Gogol Bordello com sua mistura de punk e música cigana, que fez sua costumeira festa em um dos palcos principais.

No palco alternativo o destaque ficou para o Crosses, a banda paralela de Chino Moreno, vocalista do Deftones que levou sua mistura de alternativo e música eletrônica ao Chile. É claro que 90% das pessoas estavam ali por causa de Chino, mas o show da banda começou a toda com o público cantando as letras das músicas presentes no primeiro EP dos caras.

Quando as músicas do segundo EP vieram, o show foi ficando cada vez mais morno, e só reacendeu ao final do set com “Option”, que quando terminou viu o público correr para o palco do Arctic Monkeys. A banda ainda tocaria mais uma música chamada “Years”.

O mais impressionante de tudo foi ver como o público chileno se espremeu à grade lateral do palco ao final do show para poder ver Chino de perto. Guardadas as suas devidas proporções, parecia que um Beatle estava no local, tamanho era o número de pessoas e seus gritos eufóricos. O líder do Deftones entrou na van mas mudou de ideia e voltou para apertos de mão aos que estavam ali.

Você pode encontrar o setlist da banda aqui.

O Cage The Elephant subiu a um dos palcos principais com vários gritos de um público empolgado e a loucura já costumeira do vocalista Matthew Shultz, que não parou por um minuto.

Em hits como “Aberdeen”, “2024” e “Shake Me Down”, as pessoas até cantavam com a banda, mas durante a maioria do show a impressão que tivemos foi de uma banda de rock sendo conhecida pela grande parte do público, que parece ter gostado do que viu.

Nos dois últimos shows do dia vieram, obviamente, os maiores públicos.

O Arctic Monkeys abriu seu set com o riff mais que marcante de “Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair” e foi até o final do show tocando praticamente sem parar. A interação com o público foi muito pequena e a banda passou por músicas como “The Hellcat Spangled Shalalala”, “The View From The Afternoon”, “Brick By Brick” e “Fluorescent Adolescent” em um set de 17 músicas mais 3 do bis.

Foi pra fã da banda nenhum botar defeito.

Você pode encontrar o set do show aqui.

Foto por Terra Chile

A última atração do dia foi a cantora islandesa Bjork, cujo público do Chile estava esperando ansiosamente, a ponto do recepcionista do hotel ter me falado a respeito. Com um show multimídia que envolve seu mais recente trabalho, Biophilia, a moçoila tocou 16 músicas e ainda voltou para um bis.

Mesmo para quem não gosta da música da cantora, valeu a pena ver o show, que contou com uma ambientação esplendorosa, equipamentos que “soltaram raios” em sua cabeça durante a música “Thunderbolt” e diversos outros efeitos visuais que fizeram do show da cantora, com quase 1 hora e meia, uma experiência única.

Você pode conferir o setlist do show clicando aqui.

Santiago já pôde ver grandes shows ontem e hoje ainda terá Foo Fighters, Joan Jett, Band Of Horses, TV On The Radio e tantas outras. Aguarde nossa resenha e já vá se aquecendo para o Lolla Brasil no fim de semana que vem!

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