Raphael Mancini é a mente brilhante por trás do projeto Sempre Existe Um Porém, uma banda que ele começou a la Foo Fighters, gravando todos os instrumentos sozinho e que chamou a atenção de um montão de gente pela qualidade das suas composições.
Entrevistamos o cara e você pode conferir esse bate-papo logo abaixo.
TMDQA!: Fale um pouco sobre como surgiu o projeto e o processo de composição das músicas da banda.
Raphael: É um projeto novo e começou com um pé na bunda, parece clássico mas na época isso me afetou muito, tudo pra mim estava ruim! E foi por causa dessas músicas que obtive contato novamente com ela. Ela escutou uma música e me mandou mensagem perguntando “Foi pra mim que você fez essa letra né?”. Uma coisa levou a outra e no final das contas, a pessoa responsável por uma parte das letras virou a minha namorada! As músicas saíam de uma forma muito fácil, compunha em um dia e já gravava na sequência. Em 3 meses o disco ficou pronto.
TMDQA!: Porque gravar tudo sozinho e não chamar outras pessoas para tocar?
Há alguns anos comprei uma bateria eletrônica e acabei montando no meu quarto um Home studio em que costumo gravar umas demos frequentemente. Quando eu crio uma música, automaticamente meio que já vem tudo na minha cabeça (bateria, arranjos, etc). Como sei tocar um pouco de cada instrumento, acabei gravando por conta própria mesmo. Acho mais prático e soou exatamente como queria eu que soasse.
TMDQA!: Como é a resposta do público quanto ao fato das músicas terem sido gravadas por apenas uma pessoa?
Raphael: Acho que a maioria das pessoas não sabem disso na verdade (risos). Só ficam sabendo quando me perguntam ou quando veem alguma matéria sobre o projeto falando sobre isso.
TMDQA!: Rolam comparações com o Foo Fighters, principalmente pelo primeiro disco da banda ter sido gravado todo por Dave Grohl?
Raphael: Acontecem mais comparações sobre a influência do FF nas músicas do que por ter sido gravado só por mim. Apesar do primeiro deles ser meu disco favorito (podem acreditar), eu estava escutando bastante o último durante o período de composição do projeto. Inclusive no videoclipe aparece eu assistindo um pouco do documentário Back And Forth deles (risos).
TMDQA!: Como você recrutou os músicos para tocar com você? Foi um processo complicado passar a ideia do que você tinha colocado “em fita”?
Raphael: Foi bem tranquilo. O baterista toca comigo em outra banda que eu tenho, o Felter. O baixista e o guitarrista escutaram o som na internet e me procuraram pra papear sobre o projeto. No final das contas os convidei pra participar e eles toparam. Minha sorte é que todos possuem um ouvido muito bom, tiraram todas as músicas e eu só acertei alguns detalhes dentro do estúdio. Dessa vez não precisei ficar passando nota por nota, acho isso muito chato.
TMDQA!: Até o momento existem 7 músicas para download que você disponibilizou, você deve liberar outras músicas também ou o disco são apenas 7 músicas?
Raphael: Existem outras também que foram compostas pra esse disco, mas pretendo liberar posteriormente.
TMDQA!: O que você recomenda para as pessoas que estão querendo fazer música e acham o processo complicado?
Raphael: Composição é algo que se pratica. Eu componho desde os meus 13 anos, aos poucos você vai aprimorando o processo de composição de uma música. No final das contas o principal é você desenvolver a idéia que te tocou no momento da criação, pra mim isso é o que vale.
TMDQA!: Conta pra gente como surgiu a ideia do primeiro clipe da banda.
Raphael: O clipe foi nada mais do que o retrato do momento que eu estava vivendo. Estava naquele momento “nem ai” pra tudo. Só queria saber de fazer as músicas e gravar mesmo. Peguei um iPhone e registrei toda a minha rotina durante 3 dias. O resultado foi o clipe.
TMDQA!: Fora o Sempre existe um porém, você também possui outros projetos?
Raphael: Sim, tenho o Felter que em breve faz 7 anos já (tempo que estou morando em SP, sou de Belo Horizonte na verdade), e o ProjetoD que é o meu lado mais acústico.. O Sempre existe mostra o meu lado musical mais agressivo. Fora isso vivo tocando com amigos, as vezes bateria, as vezes baixo ou as vezes violão/guitarra.
TMDQA!: Tem pretensão de gravar coisas novas com os outros projetos?
Raphael: Sim, quero gravar um novo disco completo pro ProjetoD (dessa vez com mais instrumentos, sem ser só o violão). Regravar algumas demos antigas pro Felter que fiz há um tempo, quero fazer novas músicas pro Sempre existe um porém e compor algumas músicas pra uma garota que conheci recentemente que tem uma voz incrível.
TMDQA!: Você pretende levar essas músicas para os palcos também?
Raphael: Claro, o problema é que nesse caso não depende só de mim. Como pouca gente conhece essas músicas ainda, ninguém chama pra tocar (risos). Em SP pelo menos funciona assim: ou você tem público pra te chamarem pra tocar, ou você paga pra tocar, ou você conhece alguém influente que te coloca pra tocar ou você tá ferrado! Como sou um forasteiro em SP, acabo divulgando minhas músicas na internet mesmo e ensaiando em paralelo com a banda. Quando pintar algum show, vou estar pronto pra fazer.
TMDQA!: Um recado pro pessoal que está lendo a entrevista!
Aproveitando o espaço então pra propaganda: tem banda? Vem gravar comigo em SP no estúdio do Mineiro! É baratinho e fica legal! Tem só a carcaça da música sem arranjo nenhum? Não se preocupe não que eu te ajudo. Não tem outras pessoas pra gravar? Deixa que eu gravo pra você. Também chamem o Sempre existe pra tocar, prometemos fazer um ótimo show! (risos)
TMDQA!: Você tem mais discos que amigos?
Raphael: Não mais. Na minha casa tinha um baú do meu pai com uma renca de vinis (que ia do Roberto Carlos a Pink Floyd). Lembro que o primeiro que eu ganhei era um do Jaspion quando eu era pequeno (risos). Esse baú não sei onde foi parar, passaram ele pra frente! Agora… definitivamente tenho mais mp3 que amigos. Hoje em dia minha pasta “Música” do computador tem em torno de… 40 giga!
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