Resenha por João Mateus do blog O Musicófilo
Wrecking Ball é o décimo sétimo disco de estúdio do cantor, compositor e guitarrista americano Bruce Springsteen, acompanhado como de costume por sua banda de apoio, a E Street Band, porém com uma baixa no grupo, o saxofonista e membro fundador Clarence Clemons, falecido em junho do ano passado.
Do alto de seus 62 anos Springsteen ainda apresenta um amor pela música muito grande, produzindo ótimos discos (dos últimos 5 álbuns lançados, 4 ficaram em primeiro lugar da Billboard 200) e fazendo apresentações memoráveis a cada show.
“We Take Care Of Our Own” abre o disco com belas frases melódicas deixando claro seu potencial para ser o primeiro hit deste disco. O ritmo bem marcado serve de base para o instrumental muito bem elaborado que consegue mesclar partes delicadas, tocadas por cordas e teclados, com a sonoridade forte e marcante da guitarra do Boss.
“Jack Of All Trades” pode ser definida como uma música country moderna, colocando em uma mesma canção o ritmo característico do gênero com alguns elementos eletrônicos. Esta é sem dúvida uma das músicas mais bonitas do álbum graças a grande performance de Springsteen nos vocais e as belas partes instrumentais que o acompanham nessa faixa, incluindo a participação especial de Tom Morello do Rage Against The Machine na guitarra principal, o músico também participa da música “This Depression”, outra bela faixa deste novo disco.
“Death To My Hometown” lembra a música tradicional Irlandesa com uma batida eletrônica servindo de fio condutor para os inúmeros instrumentos presentes no arranjo criando harmonias muito interessantes. A faixa título “Wrecking Ball” foi composta em 2009 como uma homenagem ao Giants Stadium em New Jersey que foi fechado e demolido pouco tempo depois de uma série de cinco shows de Springsteen neste local em outubro de 2009.
Com esse disco, Bruce Springsteen deixa claro que não pretende parar tão cedo e que se mantém em forma e antenado ao que acontece no universo musical para continuar produzindo bons discos e ótimos shows, fazendo jus ao apelido de “The Boss”.