Sempre polêmico ou com uma ideia maluca na manga, o jornalista André Forastieri ficou conhecido no meio musical em meados dos anos 1990 quando atuava como editor da saudosa revista Bizz. Como o mundo editoral das revistas de música não é mais o mesmo. Ele também não é.
Atualmente toca sua própria empresa, a Tambor Digital, como diretor editoral e trocou o mundo da música pela tecnologia dos videogames. No entanto, a paixão pela combinação de sons, acordes e silêncio continua viva e vira e mexe escreve algo sobre ela em seu blog pessoal hospedado no R7.
Admirador de discos de vinil, Forasta (como também é conhecido) tem mais 400 títulos guardados no armário. Isso mesmo no armário! Ele diz que há muitos anos não tem uma vitrola em casa. Para falar um pouco sobre seus gostos musicais e seus últimos flertes com o vinil, o convidamos para a entrevista abaixo. Quem sabe ela não o anima a comprar aquela vitrola que está faltando! Confira!
TMDQA!: Qual o disco de vinil mais importante da sua coleção?
Forastieri: Quando mudei de casa dei a maioria dos meus vinis. Sobraram os do coração, uns 400. Mas não tenho toca-discos em casa há anos. Nem favoritos! Mas tenho carinho especial pelos mais antigões, os que me abriram mais os olhos, e mais portas.
TMDQA!: O que você acha da volta dos discos de vinil?
Forastieri: Eles nunca foram embora. Mas acho que quanto maior a música digital, mais disponível e barata ou grátis, maior o valor de fetiche dos vinis.
TMDQA!: Qual foi seu primeiro disco (vinil/CD)?
Forastieri: Meu primeiro disco, pelo menos de música, foi um compacto com Quero Que Vá Tudo Pro Inferno, do Roberto Carlos, que ganhei da minha tia Lourdes quando tinha dois anos de idade.
TMDQA!: Que bandas tem ouvido ultimamente?
Forastieri: Esta semana: Dave Brubeck, Gerry and the Pacemakers, Fu Manchu, David Bowie, Clementina de Jesus.
TMDQA!: Você sente falta de tocar revistas de música?
Forastieri: Nenhuma! Been there, done that [Já fiz isso, não mais]. Mas tenho um projeto diferente, se alguém quiser bancar eu ajudo a editar. Chama CONTRA. Só pode publicar texto contra, paulada, maldade, crítica destrutiva etc.
TMDQA!: Como vê o jornalismo musical atualmente?
Forastieri: Bonzinho, nostálgico, covarde, com as exceções de praxe que confirmam a regra.
TMDQA!: Você tem mais discos que amigos?
Forastieri: Claro!
Foto: Arquivo Pessoal