O Sábado começou cedo para alguns. Às 8:30, Sakamoto se apresentava ao lado do artista visual Alva Noto em um Sónar Hall muito cheio. Os presentes ficavam emocionados com as músicas do compositor japonês, que já recebeu um Oscar por suas famosas trilhas sonoras. Um som conceitual e bonito. Valeu a pena presenciar e aplaudir de pé este músico.
Com bastante atraso, o jovem produtor Rustie deu as caras no Sónar Village, que já estava praticamente lotado, para conferirem os sons de sua autoria. Com apenas um álbum lançado e diversos remixes, o escocês mostrou todo o seu peso nas misturas de rock, trip hop, metal, hip hop, idm e eletrônico, tudo muito rápido e com uma batida precisa. “Ultra Thizz” e “Hypertrust” fizeram aqueles que já conheciam sua música dançarem e os que não conheciam (meu caso) se tornarem novos adeptos.
Peso mesmo veio depois com a apresentação do Flying Lotus. Como no site do Sónar já dizia: Descrito pelo jornal norte-americano LA Weekly como “uma força da natureza“, o produtor californiano voltou ao Brasil para mostrar faixas de todos os seus álbuns e assumir o microfone no final de seu live. Começando o set mais morno, foi aumentando as batidas com o passar do tempo. Elogiou muito o público que mostrou muito respeito pelo produtor.
Uma das atrações mais esperadas deste sábado era Cee Lo Green, que se apresntou no Sónar Club. Com seu terno branco e uma entrada triunfal ao som de “The Lady Killer“. O show em si foi morno, tendo um up quando Cee Lo tirou sua atual banda do palco e apresentou seu antigo grupo Goodie Mob, com diversos MC´s. Com um setlist bem diversificado de suas várias épocas, Cee Lo brincou falando que já estava no mundo da música há 18 anos, mas poucos os conheciam. Os pontos altos, é claro, foram os hits ” Fuck You” e “Crazy“, do Gnarls Barkley. Cee Lo é uma grande show man, sempre muito empolgado e divertido, fazia piadas e dedicava bebidas à platéia, que respondia com muito fervor. Não posso admitir que todos estavam lá para prestigiar o músico pois boa parte do público guardava lugar para o que vinha depois, o duo Justice.
O palco estava montado com seus “amplificadores” cheios de led e a famosa cruz no centro do palco. O Justice entrou em cena para um Sónar Club bem cheio que vibrou do começo ao fim. Os hits “Civilization“, ” D.A.N.C.E.” e “DVNO” fizeram todos tirarem os pé do chão em uma sincronia única. O som não estava lá dos melhores, com um grave muito forte, mas isso parece não ter incomodado a maioria dos presentes. Diversas interações no telão, luzes fortes, um eletro/rock que revolucionou nossa época e com alguns mash-up, os franceses mostraram porque são mundialmente aclamados, fazendo o Anhembi tremer.
Outro espaço diferente do festival era o dos Stands, que ficava entre o Village e o Hall. O da Samsung, por exemplo que promoveu o Galaxy X durante todo o evento (além das fotos também twittamos e postamos no facebook através dele), possuía um telão com captura de movimento para dançarmos e nos vermos nele, como nos jogos de videogame mais modernos.
Somado a isso, pessoas com capacetes estilo Star Wars andavam pelo Anhembi mostrando as qualidades e recursos do novo celular. Também estavam lá ações da MTV, Instagram e outros. Era uma boa pedida para descansar longe dos artistas.
Uma boa estrutura, um bom line-up, poucos atrasos, uma boa organização. Permito-me dizer que o Sónar teve um resultado muito positivo.
Confira fotos exclusivas do evento logo abaixo.