Resenha e <b>fotos</b> exclusivas: <b>Criolo</b> no <b>LupaLuna 2012</b>

Cantor mostra que tem ele e sua banda têm talento de sobra em um dos melhores shows dos dois dias de <B>LupaLuna</b>.

Criolo no LupaLuna 2012

Fotos por Aline Krupkoski

“Ficou pequena a lona…”

Foi assim que Criolo descreveu perfeitamente o seu show no festival LupaLuna em Curitiba no último Sábado.
Escalado para o palco secundário Arena Mundo Livre, o cantor mostrou para as milhares de pessoas que se amontoavam em frente ao local que merecia um lugar no palco principal do evento, já que possivelmente fez o melhor e mais comentado show dos dois dias de festival.

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Apresentando um set baseado quase que completamente em seu mais recente disco de estúdio, o mega elogiado Nó Na Orelha, Criolo abriu os trabalhos com “Mariô” e bastou uma frase da música para o público ir à loucura e cantar palavra a palavra junto com o cara.

Em uma espécie de transe e parecendo estar sempre emocionado, Criolo fazia cara de choro, pulava, dançava, se contorcia, e ao lado de Daniel Ganjaman conduzia as milhares de pessoas durante músicas como “Subirusdoistiozin”, “Samba Sambei” e “Sucrilhos”, que contou com um grito ensudercedor de “Sou Brasileiro!” vindo da plateia.

Em uma das músicas que não estão no último disco de Criolo, “Para Mulato”, o saxofonista da banda, Thiago França,  mostrou uma performance sensacional em seu instrumento que só atestou o quanto a banda do cara é competente. Ao final da música, Criolo se jogou no chão e ficou ali deitado por um bom tempo, antes de dizer “Obrigado Pai por esse momento”, chamar o público de família e emendar “Freguês da Meia-Noite”.

Em “Não Existe Amor Em SP”, foi o guitarrista da banda, Guilherme Held, que mostrou seus dotes em um belo solo cheio de distorção que não está presente na versão de estúdio. Novamente emocionado, Criolo abriu uma garrafa de água e jogou o líquido para cima, como se estivesse celebrando uma vitória com uma garrafa de champanhe.

Antes de “Linha De Frente”, Criolo deu um conselho para aqueles que não conseguiram abrigo na tenda do show: muito chá porque ficar no sereno é preocupante. 

“Grajauex” foi outro som que teve uma baita resposta do público, assim como “Cerol”, que contou com a participação de Projota, outro rapper que havia acabado de lotar o GAZStage, logo ao lado do palco onde Criolo se apresentava.

Criolo agradeceu o público Curitibano, disse que é só mais um ser humano e que todas as pessoas são iguais. “Não tem papo de artista,” ele repetiu algumas vezes, dizendo também que a música é feita de ciclos, e que ele vai ser o primeiro a aplaudir quando aparecer alguém com talento para fazer seu som.

A mesma humildade foi repetida no final do show, quando Criolo e banda saíram do palco e voltaram em menos de um minuto para o bis, já que não queriam atrapalhar a próxima banda a se apresentar ali.

Vieram então Criolo, sua camiseta do Corinthians e “Vasilhame”, que encerraram uma noite que banda e público muito provavelmente não esquecerão tão cedo.

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