Resenha por Gabriel von Borell
Fotos por Rodnei Rosa
A segunda noite da edição carioca do WCT Music Festival foi realizada no último sábado (19), no Vivo Rio, pela GEO Eventos, e contou com a participação do Band of Horses, principal atração da noite, do grupo Tipo Uísque, do projeto Lance Herbstrong e do DJ Zegon, que ficou responsável por fechar a festa.
Tipo Uísque
O evento, marcado para começar às 21h30, atrasou por pouco mais de uma hora, quando os integrantes do Tipo Uísque, que tocavam em sua cidade natal, surgiram no palco para apresentar seu eletro-rock cheio de variadas influências.
O grupo, que também fez parte do line-up do Lollapalooza Brasil no mês passado, abriu o show com “How Could You Pretend I Wouldn’t Notice”, com a intenção de botar todo mundo para dançar. E o público, que comparecia em pequeno número, se não comprou a proposta de transformar o Vivo Rio em pista de dança, pelo menos parecia aprovar o início da noite.
E cheios de estilo no visual, Pin Böner (vocal), Joana Cid (baixo), Line Lessa (teclado), Gabriel Salazar (guitarra), Gabriel Ventura (guitarra) e Larissa Conforto (bateria), seguiram tentando animar a plateia com outras canções dançantes como “Factitous”, “Half”, “Fight It” e “Make This an Obligation”. Todas presentes nos dois EP’s lançados pelo grupo: Afague (2011) e Home, que saiu no último mês de março.
Com vocais e melodias interessantes, aliados a boas performances no palco, o Tipo Uísque cumpria o seu papel e prendia a atenção do público, que chegava aos poucos. E então vieram outras músicas do repertório da banda como “Eyes for Eyes”, “Bend Your Kees” e “She is Into Cotton Candy”.
Em determinado momento, Gabriel Salazar aproveitou para informar ao público de que eles tinham acabado de chegar de Nova York, onde o Tipo Uísque se apresentou ao lado do We the Kings no meio da semana.
Já na reta final do show, o grupo tocou “If You Go” e “Cristall Ball Eyes”. Enquanto isso, o mesmo Gabriel, que parecia mais à vontade na comunicação com a plateia, pedia aos presentes para puxar um coro de “parabéns para você” para a baterista Larissa, que estava fazendo aniversário naquele dia.
Com cerca de 45 minutos de apresentação, o Tipo Uísque se despedia dos seus conterrâneos e deixava o palco com a aprovação do público, que, em sua maioria, assistia à banda sem muito conhecimento prévio.
Band of Horses
Meia hora depois, o grupo indie de Seattle, nos Estados Unidos, Band of Horses entrava às pressas e sem muita apresentação.
Enquanto os mais distraídos se tocavam de que a maior atração da noite estava começando o seu show, o vocalista Ben Bridwell dizia: “boa noite, somos o Band of Horses”. E em seguida a banda tocou “Cigarettes, Wedding Bands”, para a alegria dos fãs cariocas que viam o grupo pela primeira vez ao vivo na cidade.
Se por um lado a falta de público prejudicava a interação plateia-banda, por outro deixava os fãs do Rio de Janeiro numa situação privilegiada, já que não era nada difícil chegar bem próximo à grade, e consequentemente ficar perto dos integrantes, sem o menor aperto. Sendo assim, o clima intimista se fez presente durante toda a apresentação.
Depois da abertura, o Band of Horses, conhecido por suas canções mais tranquilas, mantia uma vibe mais agitada com “Dilly” e “NW Apt.”, ambas de seu mais recente álbum, Infinite Arms (2010).
Apesar de trocar poucas palavras com os fãs, a banda se mostrava disposta no palco e contagiava a plateia com outros hits conhecidos como “Islands on the Coast”, “The Great Salt Lake”, “Is There a Ghost” e “Laredo”.
Mais tarde, “Older” fez as atenções do público se voltarem para o tecladista Ryan Monroe, que interpretou a canção e ao final revelou o quanto era bom estar de volta ao Brasil. O Band of Horses, assim como o Tipo Uísque, também tocou na edição brasileira do Lollapalooza em abril.
Em “No One’s Gonna Love You” os fãs se empolgaram com maior intensidade e tornaram a execução do hit um dos pontos altos da noite. O coro do público, que até então era bem tímido, se intensificou dessa vez.
“The General Specific” e “Weed Party” também mantiveram os fãs aquecidos. Mas somente em “The Funeral”, canção que deu fama mundial ao Band of Horses, é que a plateia reagiu com força novamente. E essa foi a última música antes de a banda deixar o palco do Vivo Rio.
Depois, o grupo norte-americano voltou para apresentar mais três canções para os fãs cariocas. Era a vez de “Evening Kitchen” e “For Annabelle”, também presentes no disco mais recente do Band of Horses.
E para fechar o primeiro show no Rio de Janeiro, Ben e Cia escolheram o cover de “Am I a Good Man”, do grupo de soul dos anos 70, Them Two. Dessa forma, os fãs da Cidade Maravilhosa, satisfeitos, aplaudiam a banda pela bela apresentação. Pena que muita gente que curte o Band of Horses perdeu.
Set list:
“Cigarettes, Wedding Bands”
“Dilly”
“NW Apt.”
“Islands on the Coast”
“The Great Salt Lake”
“Is There a Ghost”
“Laredo”
“On my Way Back Home”
“Compliments”
“Marry Song”
“Older”
“Shut In”
“No One’s Gonna Love You”
“The General Specific”
“Weed Party”
“Ode to LRC”
“Detlef Schrempf”
“The Funeral”
“Evening Kitchen”
“For Annabelle”
“Am I Good Man” (Them Two cover)
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