<b>Resenha</b>: Scion Rock Fest

Festival de Metal <b>gratuito</b> levou 26 bandas a 4 casas de shows diferentes na Flórida. Confira resenha e fotos exclusivas de <b>Down, Sleep, Saint Vitus, Church Of Misery</b> e mais.

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Por Alexandre Lopes

Imagine um festival de metal com 26 bandas espalhadas entre quatro casas de shows a poucos quarteirões de distância. Agora, adicione mais um importante detalhe: totalmente gratuito.
Esse foi o Scion Rock Fest 2012, que aconteceu no dia 2 de junho, em Tampa (Flórida). Uma iniciativa da Scion Audio/Visual – um dos braços da esperta divisão de marketing da multinacional automobilística Toyota Motor Corporation – , a quarta edição do festival reuniu grandes nomes da cena metálica como Down, Exodus, Repulsion, Origin, Suffocation, bandas influentes como Sleep e Saint Vitus e mais novas que tem chamado atenção, como Atlas Moth, Witch Mountain e All Pigs Must Die.

Como não seria possível conferir todas as atrações espalhadas pelos quatro palcos, preferi dar prioridade às bandas que tocariam no Ritz Ybor: Atlas Moth, Witch Mountain, Church of Misery, Saint Vitus, Sleep e Down – todas geralmente associadas aos rótulos sludge, stoner e doom . Considerando a massa de pessoas acumulada na porta antes da abertura da casa, não dava pra pensar duas vezes e o melhor era pegar seu lugar na fila sem pestanejar. Apesar do frenesi acerca do início do festival, a entrada no Ritz Ybor foi tranquila e sem problemas com seguranças.

Atlas Moth

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O Atlas Moth subiu no palco com a complicada tarefa de iniciar os trabalhos do dia. A banda sofreu um pouco com um som mal equalizado; os vocais de Stavros Giannopoulos e os teclados ocasionais do guitarrista Andrew Ragin ficaram em segundo plano no começo do show, provavelmente por conta do peso do ataque de três guitarras (sendo uma delas barítono). Mas, ao longo da performance, os problemas foram sanados e o Atlas Moth pôde mostrar um peso suingado em “Perpetual Generations” e os detalhes melódicos de “Your Calm Waters” com perfeição.

Witch Mountain

O Witch Mountain veio em seguida, capitaneado pela carismática e afinada vocalista Uta Plotkin. O guitarrista Rob Wrong fazia jus à sua tatuagem de Jimi Hendrix no braço esquerdo, destilando solos que alternavam modulações psicodélicas em seu pedal wah-wah com o peso característico do doom metal. O baixista Neal Munson também desempenhava suas funções com maestria, mantendo as bases nas linhas de baixo enquanto Wrong tinha seus momentos de virtuose.

O elo mais fraco da banda parecia ser o baterista Nate Carson, que optava por ritmos simples e se mostrava um pouco perdido em músicas com andamento mais acelerado. Ainda assim, sua técnica limitada não comprometeu petardos como “Beekeeper” e “Wing of the Lord”, e o Witch Mountain saiu ovacionado do palco.

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