Música

<b>Resenha:</b> Pinprick - misturando Rock Alternativo e Música Brasileira

Conheça o trabalho dessa banda do underground nacional que inova com seu trabalho de pesquisa musical.

Pinprick rock alternativo, progressivo, mpb

Pinprick é uma banda que de cara pode ser descrita como uma mistura interessante de MPB com Opeth. Sim, isso pode soar bem esquisito, como água e óleo talvez… mas só ouvindo é que se entende o material repleto de influências musicais e definitivamente sem um rótulo específico.

Para os fãs de metal, aqueles que gostaram do álbum “Damnation” de Opeth poderão encontrar na voz e nos dedilhados de Dominic Gourd, um inglês radicado no Brasil, similaridades musicais negadas pelo próprio, que não se diz um ouvinte dos Progressivos do Metal acima citados.

Em 2008 a banda lançou seu primeiro material autoral, um Ep de 6 faixas que nos mostram o quão vasto pode ser o trabalho de pesquisa musical e síntese de músicas que misturam ícones da música internacional como Radiohead e The Cure, com ícones importantíssimos da música de nosso país, como Lenine e Milton Nascimento. Uma mistura homogênea de rock alternativo acústico (e virtuoso) e bossa, samba, música brasileira.

Um exemplo dessa mistura bem sucedida está na faixa “Hieroglyphic” que é um samba/não samba que trilha por uma levada ritmada somada a instrumentais complexos e muito bem construídos no que se diz respeito a melodia.

A faixa de abertura, que traz o nome da própria banda “Pinprick“, já chama a atenção por sua qualidade musical. Tenho que dizer que os pontos negativos do Ep estão apenas nos momentos em que Dominic resolve fazer falsetes. Independente disso, o primeiro registro mostra em forma bruta o potencial dessa banda que, com certeza, ao passar dos anos, vai se aperfeiçoar cada vez mais.

Em 2010, a banda foi uma das duas representantes nacionais a serem selecionadas para fazer parte de uma coletânea internacional chamada Rock For Life. Ouça um sample da música que entrou na coletânea aqui.

O Ep fecha com a ótima “Meant To Be” que novamente remete fortemente à Opeth, mas desta vez também há aqui a forte influência de Lenine nos violões iniciais. A música segue uma variação melódica tensa e viajante, nos deixando perto de bandas de Rock Progressivo tradicional e impressionando novamente por sua ótima construção.

Ouça logo abaixo aqui o Pinprick e conheça o som dos caras.