O At The Drive-In surpreendeu a todos quando anunciou a sua volta esse ano, em um show aguardadíssimo que rolou no festival Coachella. No fim de semana passado, eles fizeram o décimo show de sua turnê de retorno, também em um festival mas dessa vez no Lollapalooza Chicago, e a Rolling Stone esteve lá para entrevistá-los a respeito do retorno, do futuro e muito mais.
Confira alguns trechos da entrevista com o baterista Tony Hajjar e o vocalista Cedric Bixler-Zavala logo abaixo.
RS: O que os motivou para voltar agora?
Bixler-Zavala: Para mim, reatar um velho casamento, de verdade. Nós meio que deiaxmos um velho casamento pra trás e nunca finalizamos o divórcio, então seria bom finalmente voltar pra dizer tipo, “Me aceite de volta, baby!” (risos)
RS: Tem sido difícil voltar para o velho ritmo?
Hajjar: Na verdade, tem sido muito mais fácil do que imaginamos. Em Novembro passado, nós decidimos entrar em um estúdio e não tocar nenhuma música antiga. Só fazer jams. Nós fizemos isso durante quatro ou cinco dias e foi maravilhoso. Foi aí que soubemos. Depois do quarto dia, fizemos uma ligação e eu disse sim para o Coachella. E foi assim que tudo começou . Sabe, nós temos sorte porque sempre tivemos muita química no estúdio quando estamos juntos, então sabíamos logo nos primeiros cinco minutos que estávamos prontos para começar tudo de novo.
RS: Como vocês descrevem a diferença entre os shows de agora e os da primeira fase da banda?
Bixler-Zavala: É um novo ritmo. Eu gosto de pensar que cuido do meu corpo um pouco mais, não estou gritando tanto. Gosto de pensar que é uma versão diferente do que fizemos 10 anos atrás. É um pouco diferente talvez; está claro para todo mundo. Eu acho que é necessário descobrir um novo jeito de voltar à maneira antiga. Eu tenho uma abordagem diferente agora.
RS: Qual tem sido a parte mais divertida de tocar de novo, ou que talvez tenha surpreendido vocês em estar nos palcos novamente?
Hajjar: A energia ainda está lá, a química ainda está lá, e não é forçado, é natural. Não há nada melhor do que poder subir ao palco depois de 11 anos e nada estar diferente. Temos muita sorte de nos sentirmos assim.
Bixler-Zavala: Além do fato da platéia estar sorrindo agora.
Hajjar: Antes eles nos vaiavam!
Bixler-Zavala: É, a gente tinha vários momentos de confronto onde éramos o moleque novo na escola. Chegamos a um ponto em que o moleque novo é bem-vindo. Pessoalmente eu nunca confiei no público. Então agora uma das coisas mais legais é ver a platéia sorrindo; isso é uma loucura pra mim.
RS: Vocês pensam nessa nova turnê como algo que irá solidificar o legado da banda ou vocês se preocupam que ela pode lhes afastar disso?
Hajjar: É outro capítulo, é isso que é. Se você pensar como outro capítulo, você fica bem. Se você pensar como uma tentativa de viver algo novamente, você está fodido. Em tudo na vida. Esse é só o nosso próximo capítulo, e pode haver outro capítulo na frente ou podemos fechar o livro. É isso que estamos tentando fazer, e nos divertirmos enquanto o fazemos.
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