<b>ÀBrasa</b>: Resenha de "<b>OSSO!</b>" e lançamento <b>exclusivo</b> de show registrado em vídeo no Hangar 110

ÀBrasa põe sua identidade em <b><i>OSSO!</b></i>, fazendo jus ao falatório que cerca a banda na atual cena do hardcore brasileiro.

ÀBrasa: Resenha de "OSSO!" e lançamento exclusivo de show registrado em vídeo no Hangar 110
ÀBrasa: Resenha de “OSSO!” e lançamento exclusivo de show registrado em vídeo no Hangar 110

Depois de aquecer os amigos e fãs para a chegada de seu álbum de estreia, OSSO!, ao fornecer através do TMDQA! – claro – uma faixa inédita para audição (“Bem Passado“), a tão comentada banda de hardcore melódico e instrumental de São José dos Campos, ÀBrasa, liberou o registro na íntegra no final de agosto.

Gravado e produzido pelo guitarrista Diego Xavier – que integra o grupo ao lado de Frederico Stigliano (guitarra), Ascânio Andrade (bateria) e Filipe Annechino (baixo) – o quarteto entregou o material nas mãos do experiente Gabriel “Bil” Zander, do estúdio carioca Superfuzz, para deixar a sonoridade ainda mais quente, fazendo jus ao nome da banda. Nas palavras dos próprios: deu certo.

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A receptividade foi positiva logo de cara: disponibilizadas para download gratuito no bastante difundido site Trama Virtual, as faixas do disco lideraram disparadamente as primeiras colocações do pódio de músicas mais baixadas, isso já na primeira semana de seu lançamento, sem deixar de mencionar os 200 contatos inseridos na mailing list do grupo.

A ansiedade para conferir o material não poderia ter sido melhor correspondida: apesar da influência nítida e inegável de bandas como Hot Water Music, All e Noção de Nada, o quarteto prova que além de saber extrair o melhor que cada uma delas tem a oferecer, consegue inserir sua própria identidade e transmitir sua humildade através das canções, resultando em um registro criativo, objetivo, fugaz e, principalmente, agradável aos ouvidos.

O álbum, que ainda traz ao longo das 12 faixas elementos do metal (segundo “Cabrera“), rock experimental (“Bem Passado“, por exemplo), punk (usando “30 Segundos” como modelo), post-hardcore (conforme “Pega Eles, Tupi!“) e, até mesmo, reggae (caso de “Podia Ser Só Isso“), é justamente a tradução e a expressão em música dos altos e baixos que o grupo precisou passar para torná-lo real, podendo resumir todo o processo em uma simples [e robusta] palavra: osso.

E essa dificuldade acompanhou a banda desde os primeiros dias de sua existência, há 2 anos, quando não conseguiu encontrar um vocalista que tivesse conexão com o tipo de som proposto. Entretanto, a falta de voz é suprida nas últimas 4 faixas do disco, pelo vocalistas das bandas Bayside Kings (Milton Aguiar em “Traditions“), Leptospirose (Quique Brown em “Escada Rolante Beach“), Malvina (os gêmeos Vinícius e Bernardo Dias em “Parallax“) e Bullet Bane (Victor Franciscon em “Coffee and Weeds“, que está em versão ao vivo).

Mas esse elemento não faz falta, verdadeiramente. Pelo contrário; aliada à criatividade da banda já apontada neste texto, é justamente a ausência de um vocalista que torna o som da ÀBrasa mais precioso e atrativo, mantendo vivo e constatando aquele velho provérbio popular, onde “menos é mais”.

Nota: 8/10

Vale a pena avisar que o quarteto agora busca apoio de selos para lançar o álbum em formato físico (com a versão de estúdio da faixa “Coffee and Weeds”). Caso isso não aconteça, mais uma vez preponderá a filosofia e a atitude do movimento “faça você mesmo”.

E novamente os caras forneceram material para o TMDQA! lançar com exclusividade. Abaixo, confira na íntegra o show realizado no tradicional Hangar 110, em São Paulo, no dia 22 de julho deste ano. Quem registrou a apresentação foi Kaio Ramone, o mesmo que está por trás do futuro DVD ao vivo do Plastic Fire.

“Jaime, o Menino Está Com Sede”, “Podia Ser Só Isso” e “30 Segundos”

“Bem Passado”, “Cabrera” e  “Hot Chilli Beers”

“Chinela” e “Deu um Negócio na Minha Cabeça”

“Café com Ervas”

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